PRÉVIA NBA 2021-2022: #15 New York Knicks
Após uma ótima temporada 2020-21, o New York Knicks foi bem na offseason e chega como um dos favoritos por uma vaga nos playoffs
Mudança de patamar. Assim podemos definir a situação do New York Knicks para a temporada 2021-22 da NBA. Depois de anos de sofrimento e péssimas escolhas, a franquia nova-iorquina, finalmente, chega forte para disputar o maior campeonato de basquete do mundo.
Não que New York seja favorito ao título da liga ou da Conferência Leste, mas a equipe pode fazer mais uma ótima campanha e quem sabe até vislumbrar uma semifinal.
Mas não tem como falar do futuro sem relembrar o que aconteceu no ano passado. Graças a um trabalho impecável do head coach Tom Thibodeau, eleito o treinador do ano, o time surpreendeu todas as expectativas e chegou nos playoffs após seis temporadas, mais precisamente desde 2012-13.
Com Julius Randle em grande fase, inclusive eleito para o prêmio de MIP (jogador que mais evoluiu na NBA), Derrick Rose contribuindo bastante saindo do banco, e uma defesa poderosa, os Knicks alcançaram a quarta colocação do Leste e o mando de quadra.
Era difícil imaginar o New York Knicks (41-31) nesta posição antes do início da temporada. As projeções iniciais apontavam a franquia nova-iorquina brigando pelas últimas vagas do play-in, no máximo, e isso só evidencia o excelente trabalho de Thibodeau.
A aposta foi um sistema defensivo muito eficiente, marca registrada do seu técnico. Inclusive a franquia nova-iorquina teve uma das cinco melhores defesas da liga. Essa virtude deverá ser mantida e até aperfeiçoada.
Ofensivamente, New York costumava jogar em um ritmo mais cadenciado, preservando posse de bola e utilizando bastante os 24 segundos. Foram cerca de 96 posses de bola por partida em média, a menor marca da NBA. Vale destacar ainda o aproveitamento de três pontos com 39% (quarto no ranking geral), mesmo não explorando tanto esse fundamento.
No entanto, não tem como falar dos Knicks sem destacar Randle novamente. Com uma última temporada absurda com médias de 24,1 pontos, 10,2 rebotes, seis assistências e aproveitamento de quadra de 45% e 41,1% nas bolas de três, o ala-pivô será novamente o franchise player do time. Vale destacar ainda a temporada de Rose, que jogou muito bem saindo do banco. Ele deve manter as suas ótimas performances e importância na equipe.
Outro jogador que evoluiu bastante foi o RJ Barrett. O ala, que entrará no seu terceiro ano na liga, subiu muito de produção e deve seguir crescendo. Além deles, será interessante observar alguns jovens talentos como Obi Toppin e Immanuel Quickley, que vão para seu segundo ano na liga, e caso continuem evoluindo, devem ganhar minutos relevantes na rotação.
Visando à próxima temporada, a organização foi no mercado e além de manter peças importantes do plantel como Rose, Alec Burks e Nerlens Noel, fez duas contratações pontuais e que vão subir bastante o patamar do elenco. Chegaram o armador Kemba Walker e o ala-armador Evan Fournier, que chega para substituir o ala-armador Reggie Bullock, ambos vindos do Boston Celtics. Com certeza, eles serão titulares e melhorarão bastante um aspecto que ficou muito evidente nos playoffs do último ano, a criação dos arremessos.
Na eliminação para o Atlanta Hawks por 4 a 1, a franquia nova-iorquina foi muito bem marcada, principalmente Julius Randle, e isso anulou totalmente a equipe. Faltou mais recurso técnico para os jogadores criarem os seus próprios arremessos e isso será melhorado com as caras novas, caso Kemba se mantenha saudável.
Com boas contratações, os Knicks apostam na base mantida do ano passado e no aumento da qualidade com dois reforços certeiros. Vejo como objetivo principal uma vaga nos playoffs, com mando de quadra, e na pós-temporada brigar de igual para igual com os concorrentes diretos da Conferência Leste.
Principais chegadas: Kemba Walker (PG), Evan Fournier (SG), Quentin Grimes (SG, Draft), Miles McBride (PG, Draft), Rokas Jokubaitis, (PG, Draft) e Jericho Sims (PF/C, Draft)
Principais saídas: Reggie Bullock (SG)
Ponto forte: Difícil apontar apenas um ponto forte da franquia, mas como foi mostrado na temporada passada, a defesa será a base do jogo dos Knicks. Apesar de achar que o ataque irá evoluir muito com as contratações, o sistema defensivo criado por Tom Thibodeau será o suporte para todo o resto. Já no aspecto individual, Julius Randle continuará como o condutor da equipe e a tendência é ele crescer ainda mais com um time ainda mais entrosado e com os reforços de qualidade ao seu lado.
Ponto fraco: Apesar de ser uma equipe ainda em construção, não vejo grandes pontos fracos. Na última temporada, o ataque foi algo que deixou a desejar, principalmente nos playoffs, mas as aquisições de Kemba Walker e Evan Fournier poderão resolver esse problema. Talvez mais um jogador de nível All-Star no elenco subiria ainda mais o patamar da boa equipe da Big Apple.
Campanha do time em 2020-2021: 41-31 (4º na Conferência Leste – eliminado na primeira rodada dos playoffs).
Provável quinteto titular: Kemba Walker (armador), Evan Fournier (ala-armador), RJ Barrett (ala), Julius Randle (ala-pivô) e Mitchell Robinson (pivô).
Franchise player: Julius Randle
Sexto homem: Derrick Rose
Head coach da equipe: Tom Thibodeau
Briga por: classificação e mando de quadra nos playoffs.
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New York Knicks: posição 15
Fotos: Reproduções Twitter / New York Knicks