PRÉVIA NBA 2021-2022: #14 Boston Celtics
Equipe decepcionou em 2020-21 e teve mudanças profundas no elenco e nos bastidores
O 2020-21 do Boston Celtics foi um grande passo atrás nas pretensões de curto e médio prazo da franquia. Depois de uma presença na final de conferência em 2020, os celtas tiveram uma campanha de 50% e foram obrigados a disputar o torneio play-in, de onde passaram. No entanto, a eliminação para o Brooklyn Nets na primeira fase dos playoffs revelou o abismo que havia entre a equipe e o topo do Leste.
A temporada foi tão alarmante que obrigou a organização a se mexer. Depois de 18 temporadas à frente do front office de Boston, Danny Ainge saiu. Conhecido por sempre procurar trocas e acordos que fossem extremamente vantajosos para a franquia, o diretor tinha um caráter bastante conservador nos negócios, o que tornou sua imagem manchada entre os torcedores.
Para seu lugar, um nome caseiro. Brad Stevens, então treinador, assumiu o posto e Ime Udoka, que era assistente de Steve Nash nos Nets, foi contratado para o cargo de HC deixado. Stevens, ao contrário de seu antecessor, foi bastante agressivo no mercado nos seus primeiros meses como presidente de operações e resolveu dois dos principais problemas apresentados em 2020-21: a defesa e o banco.
Ele negociou os retornos Al Horford e Enes Kanter, também adquiriu Josh Richardson e Juancho Hernagomez, e contratou o agente livre Dennis Schroder, pela exceção de nível médio (US$ 5 milhões), considerado um valor bastante baixo. Em contraponto, nomes importantes saíram, como Evan Fournier, Kemba Walker e Tristan Thompson.
O time, apesar das muitas mudanças, manteve sua dupla forte, com Jaylen Brown e Jayson Tatum. Os dois jovens, juntos, garantem mais muitos anos de sucesso para Boston. Brown fez um 2020-21 que o elevou a outro nível, visto que os Celtics sofreram com a Covid-19 e com lesões, perdendo, por exemplo, Tatum e Kemba por vários jogos. Nestas situações, coube a Brown chamar a responsabilidade de conduzir o time.
Tatum, por sua vez, desde os playoffs da temporada retrasada, se consolidou como o grande nome ofensivo do time. Para muitos, o ala de 23 anos já é um dos 10 melhores jogadores da liga e pode, inclusive, brigar pelo prêmio de MVP neste ano. A tendência é que, de fato, o ataque seja mais centrado nos dois por conta da saída de Walker, que dividia a responsabilidade com ambos.
Do outro lado da bola é que as maiores mudanças podem ocorrer. Ime Udoka é da escola de treinadores de Gregg Popovich e se notabilizou por montar boas defesas por onde passou, mesmo que sempre como auxiliar técnico – esta será sua primeira oportunidade como head coach. Apesar de estreante, Udoka já é um nome bastante reconhecido na liga e, há anos, sempre aparecia nas especulações para substituir treinadores demitidos.
No Brooklyn Nets, onde estava até pousar no Boston Celtics, era o responsável por coordenar a defesa, o que era uma tarefa árdua, visto que o time tem bastante estrelas que participavam pouco quando precisavam defender. Mesmo assim, os Nets mostraram boa capacidade de defender durante os playoffs. Em Boston, as coisas tendem a ser mais fáceis, uma vez que por lá há bons defensores, como Brown e Marcus Smart, e os reforços Al Horford e Josh Richardson.
Com a boa mão de obra, é justo esperar que os Celtics se ergam pela defesa em 2021-22 e construam um ataque voltado para Jaylen Brown e Jayson Tatum. Dennis Schroder é um curinga nesta equação. Em baixa, após uma temporada frustrante no Los Angeles Lakers, pode ser uma excelente adição vindo do banco e voltar a concorrer ao prêmio de melhor sexto homem, como em 2019-20.
Foto: Matthew J. Lee/The Boston Globe via Getty Images
Principais chegadas: Ime Udoka, Al Horford, Dennis Schroder, Josh Richardson, Juancho Hernangomez e Enes Kanter.
Principais saídas: Kemba Walker, Evan Fournier, Semi Ojeleye, Jeff Teague e Tristan Thompson.
Ponto forte: a dupla Jaylen Brown e Jayson Tatum. São dois dos jogadores jovens mais promissores da NBA. Já mostraram uma boa química desde 2017 e ambos parecem comprometidos com o seu futuro em Boston. Enquanto os dois estiverem por lá, os Celtics são competitivos.
Ponto fraco: o banco de reservas. Melhorou, mas ainda depende de alguns saltos. Robert Williams tem melhorado e inclusive pode ser titular, mas precisa mostrar mais consistência. Romeo Langford e Aaron Nesmith chegaram cercados de expectativa do Draft e ainda não deram uma resposta definitiva. Já Schroder deve ser o principal nome, enquanto Hernangomez e Kanter podem ser adições importantes.
Campanha no ano anterior: 36-36 (7º na Conferência Leste)
Provável quinteto titular: Marcus Smart, Josh Richardson, Jaylen Brown, Jayson Tatum e Al Horford
Sexto homem: Dennis Schroder
Franchise player: Jayson Tatum
Head coach: Ime Udoka
Briga por: mando de quadra nos playoffs
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Boston Celtics: posição 14