PRÉVIA NBA 2021-2022: #11 Atlanta Hawks
Depois de uma temporada surpreendente, Hawks entram agora com um novo status na Conferência Leste
O Atlanta Hawks provou que nada é definitivo na NBA. Após demitir o head coach Lloyd Pierce durante a temporada 2020-2021, mais precisamente em 1º de março, com a equipe em 11º da Conferência Leste, a franquia apostou interinamente no então assistente Nate McMillan e tudo mudou a partir dali.
Com Pierce, os Hawks tinham campanha 14-20. Com McMillan, venceram 27 e perderam 11, terminando em quinto lugar do Leste (41-31 no total) e alcançando o que parecia improvável meses antes: a pós-temporada. Só que mais surpreendente do que isso foi a campanha de Atlanta nos playoffs.
Trae Young e cia mostraram força ao eliminar com sobras o New York Knicks (4-1), deixar pelo caminho o time de melhor campanha do Leste, o Philadelphia 76ers (4-3), e fazer jogo duro na final da conferência, quando enfim caíram (4-2 na série) para o Milwaukee Bucks.
Como não poderia ser diferente, McMillan deixou para trás o status de técnico interino e agora é o treinador principal oficial dos Hawks, com uma missão que talvez seja mais difícil que a que teve anteriormente: fazer o time manter o mesmo nível e buscar algo mais agora sem o fator surpresa como aliado.
Uma das grandes vantagens de Atlanta para esta temporada será a manutenção da base do ano passado. Nenhuma grande perda e a permanência de John Collins, super cotado para deixar a franquia por ser um free agent restrito na offseason. O elenco é bastante homogêneo, com quinteto titular bom e reservas de nível parecido em quase todas as funções. Isso garante que os Hawks joguem do mesmo jeito ainda que em suas rotações, especialmente explorando transições rápidas e bolas de três, setor em que têm diversos especialistas.
O mais difícil é reproduzir o que Trae Young faz. Além de toda a personalidade que ele mostrou nos playoffs, seu talento é cada vez mais maduro para a NBA. Entrando em sua quarta temporada, já de contrato novo, espere um Young ainda mais agressivo e até entrando em conversas para MVP em breve. Sem exagero aqui.
Fora todo o arsenal ofensivo de Young, ter Clint Capela e John Collins como colegas de time o torna ainda mais perigoso. Enquanto o armador é sempre muito rápido e corajoso para bater pra dentro do garrafão, além de letal no pick’n roll, os dois grandões viram armas para pontes aéreas quase impossíveis de serem marcadas. Na última temporada, foram 160 assistências de Trae para enterradas de companheiros. Collins, facilmente a segunda estrela dos Hawks, que além de tudo é um excelente arremessador do perímetro (39,9% na temporada passada) e vira mais arma para as assistências do camisa 11 em passes também para fora do garrafão.
Duas coisas seguem preocupando a equipe: 1. defesa (a 18ª da liga em rating ano passado), que segue uma deficiência da maioria dos jogadores do elenco; 2. lesões, algo que prejudicou a equipe em diversos momentos e continua sendo preocupação em nomes como De’Andre Hunter, Bogdan Bogdanovic e Cam Reddish.
Outro ponto é a ambição dos Hawks para esta temporada. O elenco é bom no geral, mas ter apenas uma grande estrela dificilmente será o bastante para chegar novamente numa final do Leste e sonhar com final da NBA. O general manager Travis Schlenk é um dos mais elogiados da liga e fico curioso para saber se ele tentará arriscar alguma troca no meio da temporada em busca de outro nome de peso – e quanto precisaria gastar para isso.
Mesmo sem essa possível estrela adicional, o Atlanta Hawks chega para esta temporada com status de candidato a G4 no Leste, o que significaria uma importante vantagem de mando de quadra nos playoffs.
Principais chegadas: Gorgui Dieng (PF/C), Delon Wright (SG), Jalen Johnson (F, Draft)
Principais saídas: Kris Dunn (PG) e Tony Snell (SG/SF)
Ponto forte: Bola de três. Ainda que tenha fica apenas em 12º nesse quesito na temporada passada, os Hawks têm ótimos arremessadores do perímetro. São pelo menos cinco jogadores com aproveitamento acima de 35% de três na última temporada e o sexto nessa lista é Trae Young, que passou raspando com 34,3% e tem potencial para subir sua média.
Ponto fraco: Já foi pior, mas a defesa dos Hawks ainda não passa confiança. Falta principalmente um defensor de perímetro mais confiável. No garrafão, Clint Capela é um “porteiro do Enem” clássico e difícil de ser superado, mas que acaba sendo bastante queimado em jogadas de pick’n roll dos adversários.
Campanha em 2020-21: 41-31 (5º na Conferência Leste – eliminado na final do Leste pelo Milwaukee Bucks)
Provável quinteto titular: Trae Young, Bogdan Bogdanovic, De’Andre Hunter, John Collins e Clint Capela
Sexto homem: Danilo Gallinari
Franchise player: Trae Young
Head coach: Nate McMillan (27-11 como interino na temporada passada)
Briga por: mando de quadra nos playoffs
POWER RANKING THE PLAYOFFS
Atlanta Hawks: posição 11