O exame de autópsia apontou que o piloto Ara Zobayan não viajou sob efeito de álcool no voo que causou a morte de Kobe Bryant e outras sete pessoas em janeiro deste ano.

A autópsia ainda apontou que todos os passageiros morreram logo após a queda do helicóptero em uma encosta nos arredores de Los Angeles.

Zobayan estava pilotando quase por cima das nuvens, quando o helicóptero puxou abruptamente para a esquerda e iniciou a queda. Quando a aeronave atingiu o solo, ela caia a uma velocidade de 184 milhas por hora (296 km/h) e a 4 mil pés por minuto.

O impacto com o solo provocou uma cratera do tamanho de um campo de futebol, explodindo a aeronave e provocando lesões de queimaduras nos corpos dos passageiros.

Por isso, a identificação do corpo de Kobe Bryant teve de ser realizada por suas digitais. O futuro membro do Hall da Fama do Basquete foi encontrado em um dos lados dos destroços, enquanto sua filha Gianna estava em um barranco perto da queda.

Mesmo após a queda, as tatuagens de Kobe Bryant ainda foram vistas durante a autópsia. No ombro direito, uma coroa logo acima do nome de Vanessa, esposa de Kobe. Já no antebraço direito estavam o nome de três de suas quatro filhas: Bianka Bella, Natalia Diamante e Gianna Maria-Onore.

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (National Transportation Safety Board, em inglês) dos estados Unidos ainda não concluiu o que motivou a queda do helicóptero, apontando apenas que não há sinais de falha mecânica na aeronave.

O helicóptero em que Kobe Bryant voava não tinha um dispositivo que mostrava um alerta quando a aeronave tinha perigo de atingir o solo, sendo essa uma exigência apenas em equipamentos usados em resgates médicos.

Mas os senadores do estado da Califórnia já protocolarem um pedido junto à Administração Federal de Aviação (Federal Aviation Administration, em inglês) para ampliar essa obrigação para todas as aeronaves.

Durante julgamento, o irmão de Ara Zobayan, Berge Zobayan, relatou que Kobe Bryant sabia dos riscos de se viajar com helicóptero e por isso as famílias das vítimas não têm direito a cobrar indenizações da família do piloto.

Já a Island Express, companhia responsável pelo helicóptero, afirmou que não é responsável por possíveis danos na aeronave e que o acidente foi um “ato de Deus” e um “fato inevitável”.

Além de Kobe e Gianna Bryant e do piloto, também faleceram no acidente o técnico de beisebol da Orange Coast College, John Altobelli, sua esposa Keri e sua filha Alyssa, a técnica de Gianna, Christina Mauser, além de Sarah Chester e sua filha Payton.

Foto: Reprodução/Twitter Los Angeles