Os piores times no Draft de 2022 da NBA
Depois de apontar os melhores, hora de analisar quem poderia realizar um trabalho melhor no Draft da NBA
Depois de apontarmos os três Drafts de destaque da NBA em 2022, hora de uma missão mais difícil. Quem foram as três piores equipes durante a noite de seleção de calouros da liga profissional de basquete? Não é difícil apontar que algumas equipes não atingiram as expectativas a partir das escolhas que possuíam.
Boas notícias, contudo, para todos os times que tinham picks na mão. Ninguém fez um Draft horroroso. Isso mesmo. Passamos lisos numa das classes mais complexas dos últimos anos. Não por ser boa/ruim. A oferta de posições estava bastante aberta com alguns atletas capazes de cumprir até mesmo três funções na quadra.
Dito isso, precisamos apontar algumas franquias que ficaram aquém. Como disse, ninguém fez um péssimo Draft. Porém, visto tantas escolhas, três times merecem uma leve atenção para o futuro. Evitamos apontar equipes que possuíam apenas uma escolha. Afinal, um tiro apenas traz muito mais risco do que vários. Sendo assim, sem este editor ser dono da verdade, estes foram os piores Drafts da NBA em 2022:
OS TRÊS PIORES DRAFTS DA NBA EM 2022
Minnesota Timberwolves
22. Walker Kessler (C, Auburn – trocado para o Utah Jazz)
26. Wendell Moore Jr. (F, Duke)
45. Josh Minott (F, Memphis)
50. Matteo Spagnolo (G, Itália)
Um Draft que pode não ter sido um desastre, com nomes bons, porém com as posições em que estava, dava para Minnesota ter saído da noite da recrutamento com um elenco um pouco mais forte.
Nenhuma escolha é ruim. O questionamento fica para os alvos escolhidos pela equipe. Tudo bem, ao selecionar o bom protetor de aro Walker Kessler, o time acabou o envolvendo numa troca por Rudy Gobert. E gastou muito nessa troca, incluindo o próprio Kessler. Minnesota veio até a acertar na sequência. Na escolha 26, Wendell Moore Jr faz sentido, mesmo sendo um jogador inferior a outros que poderiam ter sido escolhidos, apesar de características um pouco diferentes.
As escolhas por Josh Minott e Matteo Spagnolo são apostas. O primeiro trará força para o time, sendo um ala atlético e com bastante potencial de desenvolvimento. Já Spagnolo é o famoso chute no escuro. Foi bem na liga italiana, apesar de não ser tão constante nos arremessos.
Draft ruim? Longe disso. Porém, algumas escolhas poderiam ter sido melhores, com as opções que estavam disponíveis.
Memphis Grizzlies
19. Jake LaRavia (F, Wake Forest)
23. David Roddy (F, Colorado State)
38. Kennedy Chandler (G, Tennessee)
47. Vince Williams Jr. (G, VCU)
Memphis é aquela franquia difícil de comentar os Drafts. Quem sou eu para falar de um time que foi certeiro em Ja Morant (fácil essa) e em Desmond Bane (esse mais difícil). Contudo, precisamos falar sobre algumas opções na derradeira noite.
O time está no caminho do crescimento para se tornar um contender. Porém, ao abrir mão de duas escolhas de primeira rodada por Jake LaRavia na 19, algumas dúvidas surgem. Por que abrir mão de tanto por um jogador que, talvez, fosse possível buscar mais abaixo? É inegável que LaRavia é um atleta sólido, que sabe arremessar e defender com alguma consistência, mas saiu um pouco acima do esperado.
Porém, David Roddy, escolhido pouco depois na 23, foi uma opção ainda mais questionável. Muito acima do esperado, o antigo atleta de Colorado State ainda custou a ida de De’Anthony Melton para os 76ers. Roddy também não encarou os melhores durante sua carreira universitária, já que sua faculdade não figura entre as principais. A opção por Roddy foi ainda mais ousada do que LaRavia, trazendo alguns questionamentos por parte da mídia americana.
Conseguir Kennedy Chandler e Vince Williams Jr mais abaixo, por outro lado, foram boas tacadas da equipe. Os dois podem agregar bastante, principalmente Chandler, pelo preço que custaram a franquia. No geral, Memphis sai do Draft com mais questões do que certezas.
Washington Wizards
10. Johnny Davis (G, Wisconsin)
54. Yannick Nzosa (C, Congo)
Longe de mim dizer que Johnny Davis foi uma escolha ruim. Ela foi até boa, levando em consideração a dúvida que paira no ar pela milésima vez nos últimos anos: Bradley Beal é parte do futuro dos Wizards? Entretanto, partindo do ponto que uma franquia precisa confiar em sua capacidade de manter estrelas e renovou com Beal, acredito que Washington poderia ter atacado outro jogador no Draft.
Davis é versátil, defende muito bem e acrescentará um pouco de agressividade ao elenco. Pode jogar com ou sem Beal. Contudo, na décima escolha, ainda existiam algumas possibilidades bem interessantes para os Wizards. Principalmente, na minha visão, Ousmane Dieng.
Nunca é fácil draftar um jogador vindo de outra liga. Alguns vícios precisarão ser corrigidos, adicionar um pouco mais de força e, claro, paciência. Dieng entregaria à franquia tudo isso. Com um plus de ter um teto um pouco mais alto do que Davis. O time poderia ainda apostar talvez em AJ Griffin. Qualquer um dos dois tem potencial para entregar mais do que Davis.
Depois, Washington mirou muito no futuro ao selecionar o segundo jogador mais novo da classe com Yannick Nzosa. O atleta nascido no Congo tem muito potencial, mas um longo caminho até se tornar alguém muito relevante na liga.
Lances de Johnny Davis no March Madness:
Créditos:
Foto 01: Sarah Stier/Getty Images
Foto 02: Twitter / Minnesota Timberwolves
Foto 03: Twitter / Memphis Grizzlies
Foto 04: Twitter / Washington Wizards