NBA só irá discutir retorno da temporada após 1° de maio
Adam Silver deixou claro que no momento não tem nenhuma previsão para o retorno dos jogos
Com a crise mundial gerada pela pandemia do coronavírus, os esportes em todo mundo ainda não têm data para retornar, mas já ganham ao menos prazos mínimos.
Na NBA, o comissário da liga, Adam Silver, deixou claro que nenhuma decisão de retorno dos jogos deverá ser tomada antes do dia 1° de maio.
“Não necessariamente significa que nessa data teremos uma posição, mas ao menos sei que isso coloca todo mundo um pouco mais calmo. A liga e nossos atletas estão observando diferentes cenários, mas penso honestamente que é ainda cedo para projetar algo para poucas semanas”, explicou Silver ao repórter Ernie Johnson, da TNT.
A temporada da NBA foi paralisada no dia 11 de março após Rudy Gobert testar positivo para o novo coronavírus (Covid-19). Na sequência diversos atletas da liga como Donovan Mitchell, Kevin Durant e Marcus Smart, além da comentarista e repórter Doris Burke, foram diagnosticados com a doença.
“É duro imaginar que após três semanas nós continuamos a não ter um conhecimento melhor de onde estamos. O fato é que temos que ouvir os especialistas médicos, apontando que o vírus se move rápido e com isso talvez atinja o pico mais cedo. Mas voltarmos no final da primavera ou no início do verão (Hemisfério Norte) ainda é desconhecido para mim”, prosseguiu Silver.
O prazo para o retorno da temporada também será decisivo para que a liga avalie qual o melhor cenário para a finalização da temporada. Para Silver, o melhor cenário seria retomar de onde se paralisaram os jogos, mas o comissário admite a possibilidade de mudanças na tabela. “Nós temos nossas prioridades em termos de saúde e segurança. Mas tudo isso será decidido em maio? Quando tivermos a oportunidade de coroar um campeão, qual será o simbolismo de uma grande liga começar para toda a nação?”, questionou Silver.
O retorno da NBA e de outros esportes terá grande impacto dentro da sociedade mundial. Mas essa volta também impacta toda uma cadeia de empregos, que em muitos casos contou com a ajuda de atletas para conseguir ter renda durante essa paralisação.
Nomes como Giannis Antetokounmpo e Zion Williamson foram alguns dos jogadores da NBA que doaram dinheiro para os funcionários de suas equipes. Em toda liga, são cerca de 55 mil empregos gerados e muitos deles não têm renda garantida sem a realização das partidas.
“Estamos nos dando conta do quanto sentimos falta de esporte ao vivo. Nós vivemos e morremos com isso. Consumimos muito disso e estamos em algo jamais visto. Sabemos que a NBA faz parte da vida de muitas famílias, mas a segurança de todos vem em primeiro lugar e estamos vendo todas as possibilidade de termos os atletas de volta a quadra”, pontuou Silver.
Além das decisões sobre o futuro próximo da NBA, Silver ainda está diretamente impactado pelo coronavírus. Sua esposa, Maggie Silver, está grávida da segunda filha do casal e tem programada a gestação para o meio de maio. O grande problema é que ambos moram em Nova York, um dos maiores centros da pandemia nos Estados Unidos.
“Existe uma carga extra de ansiedade em irmos para os hospitais de Nova York no meio de tudo isso. Então veremos as circunstâncias e se fará sentido ela ir para um hospital na cidade, mas eu penso que Maggie ainda está muito calma e isso será apenas um fator adicional”, explicou Silver.
Foto: Divulgação/NBA