Chegou a hora da segunda edição do Power Ranking da temporada 2021-2022 do The Playoffs, avaliando todas as franquias da liga. É bem verdade que as últimas semanas estão sendo muito duras pelo enorme número de desfalques das equipes, mas, mesmo assim, é possível analisar o real nível de cada franquia.

O topo do Power Ranking segue com o Golden State Warriors, que está com o Phoenix Suns na cola. Outro destaque positivo é o Milwaukee Bucks, que estava no meio de tabela no primeiro ranking, mas agora já retomou o seu nível e entrou no top 3.

Outros destaques positivos são Grizzlies em 6º e Cavaliers em 8º. Entre os destaques negativos temos os Knicks no 21º lugar e os Blazers em 23º.

Antes de apresentar toda a lista, entenda como funciona o Power Ranking do The Playoffs.

(Foto: Christian Petersen/Getty Images)

COMO FUNCIONA

A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs é definida por um comitê do site que conta com Guilherme Rodrigues, Jorge de Sousa, Pedro Moreira, Piero Fiorelli  e Renan Dourado. Os cinco dão notas para as equipes levando em conta campanhas, a força dos elencos em geral (considerando lesões também), o desempenho em cada partida recente (além da força dos adversários) e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking. Ou seja, um time com melhor campanha pode estar atrás de outro de menos vitórias, pois analisamos diversos aspectos.

POWER RANKING THE PLAYOFFS – NBA 2021/2022 (Mês 2)

#1 Golden State Warriors (posição anterior: #1)

O “estilo” Warriors de jogar basquete está de volta. As constantes trocas de marcação e a liderança de Draymond Green colocam a equipe com o melhor rating defensivo da liga. Já no ataque eles lideram em assistências, com muito movimento fora da bola e muitos arremessos de três. Basicamente é a identidade sendo retomada e tudo com a cereja do bolo que é Steph Curry jogando como um real candidato ao prêmio de MVP. Ah, e daqui a pouquinho Klay Thompson estará de volta. Assustador.

Campanha: 24-6

#2 Phoenix Suns (posição anterior: #4)

A partir da liderança de Chris Paul e seu espetacular jogo de pick and roll e o poder ofensivo de Devin Booker, os Suns conseguiram uma sequência de 19 vitórias consecutivas, a melhor marca da história da franquia. Além da dupla, Ayton está mostrando que realmente o nível que ele apresentou nos últimos playoffs é verdadeiro e Mikal Bridges está jogando como um legítimo candidato ao prêmio de defensor do ano. Desde o inicio 2-3 os Suns só perderam duas partidas. Impressionante.

Campanha: 24-5

#3 Milwaukee Bucks (posição anterior: #14)

Os atuais campeões começaram muito mal, mas o motivo era apenas um: desfalques. Com o trio Middleton, Jrue e Giannis em quadra não tem muita competitividade no Leste. Quando os Bucks jogam de maneira focada, eles mostram que ainda são os favoritos na conferência.

Campanha: 19-13

#4 Brooklyn Nets (posição anterior: #7)

A temporada de Kevin Durant é absolutamente surreal. Está liderando a liga com 29,7 pontos por jogo, além de 7,9 rebotes, 5,4 assistências e um aproveitamento de 52% de FG. Simplesmente imparável, principalmente no jogo de meia-distância. Apesar de James Harden estar em segundo na liga em assistências não dá para negar que o principal motivo para os Nets estarem na liderança do Leste é o nível do KD. O time agora foi assolado por casos de Covid, mas deve ter o retorno de Kyrie Irving em breve, pelo menos em jogos fora de casa.

Campanha: 21-9

#5 Utah Jazz (posição anterior: #2)

É justo desconfiar do Jazz após as decepções nos últimos playoffs, mas não dá para fechar os olhos para o que eles estão fazendo. Melhor ataque da liga com sobras e melhor net rating da NBA. Perderam alguns jogos bobos que justificam a queda no ranking, mas as estatísticas apontam para um Utah Jazz muito dominante.

Campanha: 20-9

#6 Memphis Grizzlies (posição anterior: #16)

Poucos times pareciam depender tanto de um jogador ofensivamente como os Grizzlies dependiam de Ja Morant. Aí Ja Morant machucou e… Memphis não só continuou competitivo como melhorou! Desmond Bane e Jaren Jackson Jr. assumiram a responsabilidade, eles coletivamente deixaram de ser a pior defesa da NBA e agora estão em quarto no Oeste.

Campanha: 19-12

#7 Chicago Bulls (posição anterior: #3)

Chicago está sofrendo bastante com os casos de Covid-19 nas últimas semanas, mas, mesmo assim, continua tendo uma bela temporada. O encaixe de DeMar DeRozan com Zach LaVine no elenco está sendo espetacular. Lonzo Ball e Alex Caruso são carrapatos defensivamente e infernizam o perímetro dos adversários. No primeiro jogo no retorno pós jogos adiados, o time voltou a mostrar força diante dos Lakers.

Campanha: 18-10

#8 Cleveland Cavaliers (posição anterior: #12)

Os Cavs com certeza são a grande surpresa da temporada. Desde o início apostando em um time que joga muito alto, com Evan Mobley e Jarrett Allen brutais protegendo o aro e correndo a quadra. Além da dupla de garrafão, finalmente estamos vendo a melhor versão do armador Darius Garland. E como é divertido assistir Garland jogar! Um pouquinho de mais profundidade nas alas e esse time poderia sonhar com coisas maiores.

Campanha: 19-12

#9 Miami Heat (posição anterior: #8)

O Heat já entrou na temporada com um banco supercurto e com as constantes lesões durante a temporada, a situação está ficando ainda mais dramática. O trabalho de Erik Spoelstra é segurar esse time dentro dos seis do Leste e torcer para que Lowry, Butler, Bam e Herro cheguem saudáveis para os playoffs. Isso acontecendo, Miami é um time muito perigoso.

Campanha: 18-13

#10 Los Angeles Clippers (posição anterior: #9)

O trabalho do Ty Lue merece ser elogiado. O técnico mais uma vez está mostrando sua capacidade de jogar de diversas maneiras e sem ter medo de mexer na rotação. Mesmo nos jogos sem Paul George, os Clippers conseguem manter a identidade.

Campanha: 16-14

#11 Philadelphia 76ers (posição anterior: #6)

Philadelphia é mais uma equipe que poucas vezes conseguiu utilizar a sua força máxima na temporada. Os Sixers têm como estilo um jogo mais pausado, tanto que é um dos menores paces da liga, principalmente pela forma como gosta de atuar Joel Embiid, mas, mesmo assim, eles conseguem criar bons arremessos no ataque, mantendo o time dentro dos 10 melhores ratings ofensivos. A defesa definitivamente sente a falta de Ben Simmons, que até agora segue com situação indefinida.

Campanha: 15-15

#12 Los Angeles Lakers (posição anterior: #15)

Os Lakers vivem na gangorra, de uma grande vitória seguida de uma derrota emblemática. A realidade é que Frank Vogel não conseguiu ainda achar a rotação e o elenco atual não conseguiu manter o nível defensivo visto nas últimas duas temporadas. Para completar, o time não dever ter Anthony Davis nas próximas semanas com uma lesão no joelho. Casos de Covid-19 também vêm atrapalhando Los Angeles, que investiu agora no retorno Isaiah Thomas.

Campanha: 16-15

#13 Washington Wizards (posição anterior: #5)

Washington foi uma grande surpresa no início da temporada, mas dá para dizer que os resultados das últimas semanas estão mais dentro da realidade. Apesar de ainda estar com campanha de cerca de 50%, eles estão em 23º em rating ofensivo, 21º em rating defensivo e 24º em net rating. Aparentemente a briga de Washington será apenas por vaga no play-in.

Campanha: 16-15

#14 Dallas Mavericks (posição anterior: #11)

Incrível imaginar que aquela equipe que teve com Luka Doncic números históricos ofensivamente esteja apenas em 21º em rating ofensivo na temporada. Um dos motivos talvez seja a forma física do esloveno, que vem sendo muito questionado pela imprensa local. Uma lesão o tirou de ação ainda nas últimas rodadas. Outro motivo é o péssimo aproveitamento da equipe da linha dos três pontos( 33%).

Campanha: 14-15

#15 Charlote Hornets (posição anterior: #18)

Os Hornets sempre garantem o entretenimento. Seja com os passes geniais de LaMelo Ball, os arremessos malucos de Terry Rozier ou com Miles Bridges passando por cima de todo mundo. O problema é que a defesa é lamentável, o que acaba segurando as ambições da equipe.

Campanha: 16-16

#16 Denver Nuggets (posição anterior: #10)

Os Nuggets que já não contavam com Jamaal Murray, agora também não terão Michael  Porter Jr durante a temporada. Sem dois dos três melhores jogadores, o atual MVP Nikola Jokic está ainda mais sobrecarregado, o que não parece ser tanto um problema para ele, já que os números e as atuações seguem impressionantes. O problema é projetar se esse elenco será o suficiente para os Nuggets ficarem entre os seis primeiros e evitar o play-in no Oeste.

Campanha: 15-14

#17 Boston Celtics (posição anterior: #19)

Os Celtics passaram por muitas crises internas, mas a realidade é que a equipe tem potencial. Nem sempre eles mostram a sua melhor versão, mas Jaylen Brown, que jogou apenas metade das partidas na temporada, está de volta e com ele o time que já é bom defensivamente dá um salto ainda maior. A ausência de um armador mais cerebral faz falta ao elenco.

Campanha: 15-15

#18 Atlanta Hawks (posição anterior: #23)

Com tanto talento jovem e a confiança gerada com o segundo lugar do Leste na temporada passada, todos esperavam um Atlanta muito mais assustador que o atual. Ofensivamente as expectativas estão sendo cumpridas, com o segundo melhor rating defensivo e grandes atuações de Trae Young nas últimas semanas, mas é na defesa que o time está sofrendo mais, sendo a terceira pior de toda a liga. Young é mais uma estrela que entrou no protocolo de Covid-19.

Campanha: 14-15

#19 Toronto Raptors (posição anterior: #17)

Nick Nurse faz o que pode, então os Raptors mostram muita versatilidade defensiva e podem em uma noite inspirada vencer qualquer equipe da liga. Mas a realidade é que falta poder de fogo para Toronto punir as defesas adversárias de uma forma mais consistente. Pelo menos Scottie Barnes segue mostrando que foi uma bela escolha de Draft.

Campanha: 14-15

#20 Minnesota Timberwolves (posição anterior: #26)

Minnesota é aquela equipe que ainda não passa total confiança, mas que é bem provável que esteja muito melhor colocada no próximo power ranking. Towns e Edwards formam uma dupla interessante de assistir e jogadores como Jaden McDaniels e Jarred Vanderbilt estão elevando o nível defensivo da equipe. É incrível ver um time que foi tão horrível defensivamente nos últimos anos estar próximo do top 10 de rating defensivo.

Campanha: 15-15

#21 New York Knicks (posição anterior: #13)

Os Knicks estão sendo reféns do próprio sucesso. A expectativa gerada com a espetacular campanha de 2020-21 fez com que a equipe fosse agressiva na offseason e apostasse em jogadores para elevar o nível do ataque. O resultado foi que o time piorou defensivamente, o ataque não melhorou o suficiente e a principal contratação da equipe (Kemba Walker) nem faz parte mais da rotação (mas voltou a jogar, e bem, no sábado por conta de desfalques). Os Knicks com certeza vão se mexer no mercado de trocas.

Campanha: 13-17

#22 Indiana Pacers (posição anterior: #24)

A chegada de Rick Carlisle no comando da equipe talvez indicasse um projeto mais focado em ser competitivo em 21-22, mas a realidade é que o encaixe do elenco segue complicado e nas próximas semanas Indiana deve iniciar sua reconstrução, já que a diretoria está ouvindo propostas por Domantas Sabonis, Myles Turner e Caris LeVert.

Campanha: 13-18

#23 Portland Trail Blazers (posição anterior: #20)

Portland ainda está tentando forçar a barra para não trocar Lillard e McCollum, mas a realidade é que talvez o fim da linha chegou para o elenco dos Blazers. O técnico Chauncey Billups está sendo muito questionado e a possibilidade de playoffs parece cada vez mais longe, sobrando apenas sonhar com a última vaga de play-in no Oeste. Pouco para um time que três anos atrás pensava em título.

Campanha: 13-18

#24 Sacramento Kings (posição anterior: #21)

A era Luke Walton acabou e por enquanto Alvin Gentry está quebrando um galho como treinador. O time até passou a jogar mais rápido, mas a realidade é que a ambição de playoffs da diretoria não dever ser cumprida. Talvez o melhor caminho seja esperar mais uma temporada e usar o período de trocar para arrumar mais algumas peças para o futuro.

Campanha: 13-18

#25 Houston Rockets (posição anterior: #29)

Os Rockets começaram a temporada de forma constrangedora. A dupla Jalen Green e Kevin Porter Jr era uma máquina de turnovers e o time não parecia ter qualquer sentido em quadra. Após a lesão do seu rookie, os Rockets colocaram jogadores mais experientes para jogar e Houston parou de passar vergonha – até embalou uma sequência de vitórias. Mas a realidade é dura para a franquia.

Campanha: 10-20

#26 San Antonio Spurs (posição anterior: #25)

Dejounte Murray é muito bom, Derrick White e Keldon Johnson têm seus momentos, mas o time parece incapaz de acertar arremessos de três (30º em bolas de três convertidas). Claramente é um time voltado para o futuro, mas o elenco precisa de mais equilíbrio caso queira sonhar com coisas melhores.

Campanha: 11-18

#27 Oklahoma City Thunder (posição anterior: #22)

Levando em conta que o elenco parecia ser um dos piores da história da liga, a temporada é bastante positiva. Shai joga demais, Giddey é um ótimo talento jovem e Dort é um incrível defensor. Se o basquete fosse jogado em três o Thunder teria um belo futuro. Pena que na realidade ainda falta muito para eles serem competitivos.

Campanha: 9-19

#28 New Orleans Pelicans (posição anterior: #30)

É até difícil falar da temporada dos Pelicans, já que poucas semanas antes do início da temporada ficamos sabendo da lesão do Zion Williamson e até agora não temos uma data para o retorno da estrela. Além de não ter Zion, Brandon Ingram também perdeu muitos jogos na temporada, o que acaba sobrecarregando muito ofensivamente Jonas Valanciunas.

Campanha: 10-21

#29 Orlando Magic (posição anterior: #27)

Terceiro pior ataque, segunda pior defesa, pior net rating. Os números comprovam o teste do olho: o time do Magic é bem ruim. A boa notícia da temporada é que Cole Anthony está dando um passo adiante e mostrando que pode ser um bom jogador para o futuro da franquia.

Campanha: 6-25

#30 Detroit Pistons (posição anterior: #28)

Pior campanha da NBA e um dos times mais “sem sal” da liga. Tirando a curiosidade para ver a pick 1 Cade Cunningham, não existem muitos motivos para assistir os Pistons jogar.

Campanha: 5-24