NBA Power Ranking 2020/2021 The Playoffs: mês zero
O atual campeão Los Angeles Lakers ficou no topo do ranking, com Clippers e Bucks na cola; confira como ficou nossa primeira lista
Com a temporada regular 2020-2021 batendo na porta, chegou a hora da primeira edição do Power Ranking da temporada 2020-2021 do The Playoffs, avaliando todas as franquias da liga antes da bola subir. Apesar de ainda não termos visto os elencos atuando de forma oficial, a proposta aqui é analisar o potencial dos times e como eles chegam para a temporada.
Levando em conta o desempenho no ano e o trabalho na offseason, o Los Angeles Lakers aparece como o grande favorito e ficou com a primeira colocação do ranking.
Em comparação ao último Power Ranking de 2020, Brooklyn Nets e Golden State Warriors são as franquias que mais ganharam posições. Já no caminho inverso, a franquia que mais despencou foi o Oklahoma City Thunder.
Vamos para o ranking!
(Foto: Douglas P. DeFelice/Getty Images)
COMO FUNCIONA
A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs é definida por um comitê do site que conta com Guilherme Rodrigues, Jorge de Sousa, Pedro Moreira, Piero Fiorelli (USA na Rede) e Thiago Passarelli. Os cinco dão notas para as equipes levando em conta campanhas, a força dos elencos em geral (considerando lesões também), o desempenho em cada partida (além da força dos adversários) e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking. Ou seja, um time com melhor campanha pode estar atrás de outro de menos vitórias, pois analisamos diversos aspectos.
POWER RANKING THE PLAYOFFS #0 – NBA 2020/2021
#1 Los Angeles Lakers
Buscando defender o título da última temporada, o Los Angeles Lakers não seguiu o padrão dos campeões e foi ao mercado buscando melhorar a equipe. Os principais destaques vão para Dennis Schroeder e Montrezl Harrell, os dois melhores reservas da última temporada que chegam para adicionar ainda mais poder de fogo ao ataque da equipe, já que o time foi apenas o 11º em eficiência ofensiva na última temporada, a pior marca de um campeão desde 2010.
Além deles, outra boa contratação foi a de Marc Gasol, pivô campeão com os Raptors em 2019, que chega para substituir Dwight Howard e JaVale McGee como o pivô que inicia as partidas.
Outra boa notícia para os Lakers é o excelente momento do jovem Talen Horton-Tucker, que teve médias de 20,5 pontos, 6,5 rebotes e 3 assistências, com 53,8% da linha de três nos quatro jogos de pré-temporada. Será que ele garantiu um lugarzinho na rotação?
Levando em conta as contratações, o nível absurdo que Anthony Davis apresentou no último playoff e a capacidade de LeBron James continuar no auge mesmo com 36 anos, os Lakers chegam para a temporada como favoritos destacados, só resta saber o quanto eles vão levar a sério a temporada regular.
#2 Los Angeles Clippers
Apesar da decepção que foi sofrer a virada para o Denver Nuggets na última pós-temporada, é difícil não imaginar os Clippers novamente como um dos melhores times da liga.
Buscando ajeitar as coisas no vestiário, Tyronn Lue, técnico campeão com os Cavs em 2016 e auxiliar de Doc Rivers na última temporada, assume o comando da equipe.
Já dentro da quadra, a principal contratação foi a de Serge Ibaka, experiente pivô ex-Raptors e Thunder, que vem da melhor temporada ofensiva da carreira (15,4 pontos por jogo, com 38,5% e aproveitamento nas bolas de três). O congolês naturalizado espanhol vai adicionar maior capacidade de proteção de aro, além de ajudar no espaçamento ofensivo da equipe
Entre as perdas, a mais sentida deve ser a de Montrezl Harrell, sexto homem da última temporada que foi para o rival Lakers.
#3 Milwaukee Bucks
A grande notícia para os Bucks foi a renovação do duas vezes MVP Giannis Antetokounmpo, que aceitou a oferta de 228 milhões de dólares por mais cinco anos de contrato.
Além de não precisar conviver com o drama da possível saída de seu astro, outra boa notícia foi a chegada de Jrue Holiday. Além de ser conhecido pela ótima defesa de perímetro (foi duas vezes seleção de defesa da liga), o armador adiciona maior capacidade de criação em meia-quadra para a equipe.
Se o time titular melhorou, o banco pode ser uma preocupação para a franquia, já que jogadores como Eric Bledsoe, George Hill, Wes Matthews, Ersan Ilyasova e Robin Lopez não fazem mais parte do elenco. Brook Lopez, por exemplo, não tem um reserva capaz de trazer uma proteção de aro confiável. O núcleo DJ Augustin, Bryn Forbes, Torey Craig, Pat Connaughton e Bobby Portis vai precisar desempenhar bem para os Bucks repetirem o nível da temporada regular de 2019-2020.
#4 Miami Heat
Mesmo mudando muito pouco em relação à última temporada, o Miami Heat merece estar entre os favoritos após o sensacional desempenho nos playoffs.
O Heat assinou o armador Goran Dragic por mais um ano, além de acertar a permanência do pivô Bam Adebayo por mais cinco temporadas. Entre as novidades do elenco estão Avery Bradley, que apesar de não ter participado da “bolha” de Orlando, fez parte do elenco campeão dos Lakers, e Moe Harkless, ala que chega para substituir Jae Crowder, que foi para o Phoenix Suns. Os dois são conhecidos pela defesa e devem encaixar bem na rotação de Erik Spoelstra.
A expectativa é que Jimmy Butler atue no nível da última pós-temporada e que Tyler Herro, Duncan Robinson e Kendrick Nunn evoluam ainda mais.
O Miami Heat é aquele típico time que ninguém vai querer enfrentar nos playoffs.
#5 Brooklyn Nets
Os Nets são uma incógnita, principalmente pela questão física de Kevin Durant, que não atua em uma partida oficial há 18 meses e que ainda se recupera de uma grave lesão no tendão de Aquiles. Olhando apenas o recorte da pré-temporada, o astro pareceu se movimentar com naturalidade e deu boas esperanças ao torcedor de Brooklyn.
Além da dupla Durant-Irving, outra questão interessante dos Nets estará no banco de reservas. O duas vezes MVP Steve Nash aceitou o desafio de ser o treinador da equipe e vai contar com seu antigo comandante nos tempos de Suns, Mike D’Antoni, como seu auxiliar.
O que também coloca as expectativas dos Nets tão altas é justamente o altíssimo nível do elenco de apoio da equipe, que inclui ótimos arremessadores (Joe Harris e Landry Shamet), capacidade criativa em meia-quadra (Spencer Dinwiddie e Caris Lavert), bons defensores de perímetro (Bruce Brown e Taurean Prince) e proteção de aro de bom nível (Jarrett Allen e DeAndre Jordan). Definitivamente o elenco dos Nets é um dos melhores da liga.
#6 Denver Nuggets
O Denver Nuggets, apesar de também não ter mudado muito, deve ser uma das equipes mais divertidas de assistir.
Nikola Jokic é um dos jogadores mais incríveis de se acompanhar. O pivô de 2,13m é um dos melhores passadores de sua geração e foi a peça central da virada contra o Los Angeles Clippers.
Outro grande talento jovem da equipe é Jamal Murray, que parece finalmente ter despontado como grande estrela. Em Orlando, o armador canadense teve médias de 26,5 pontos e 6,6 assistências por jogo nos playoffs.
Entre as perdas, a mais sentida será a de Jerami Grant, que foi o melhor defensor da equipe na última temporada. O ala vai se juntar ao pivô Mason Plumlee, que também deixou Denver rumo ao Detroit Pistons.
Para suprir as ausências, a expectativa é que a grande promessa Michael Porter Jr assuma um papel de maior protagonismo, sendo titular na ala.
Entre as chegadas, JaMychal Green chega para ser o reserva imediato de Paul Millsap, que renovou seu contrato com a franquia. Além dele, outra contratação intrigante é a de Facundo Campazzo, armador argentino que era um dos principais destaques do Real Madrid. O baixinho chegou com o aval do técnico Michael Malone, que ressaltou que o jogador é um dos melhores passadores do mundo.
#7 Utah Jazz
O Utah Jazz conta com um dos melhores grupos de arremessadores da liga e espaço não falta para eles, já que o pick and roll entre Donovan Mitchell e Rudy Gobert é um dos mais difíceis de conter na liga.
Utah conta com o retorno de Bojan Bogdanovic, que foi o segundo cestinha do time na última temporada com 20,2 pontos por jogo e que não atuou na “bolha” no ano passado por estar lesionado.
O time não teve nenhuma grande perda na offseason e contratou o velho conhecido Derrick Favors, que chega para ser o reserva imediato no garrafão.
Outro trunfo da equipe é Jordan Clarkson, que foi contratado durante a última temporada e teve médias de 15,6 pontos por jogo vindo do banco de reservas. Ele é um dos mais cotados para vencer o prêmio de sexto homem da temporada.
#8 Boston Celtics
Será que Jayson Tatum é capaz de melhorar ainda mais? Em sua terceira temporada na liga, o jovem já foi capaz de colocar médias de 23,4 pontos, 7 rebotes e 3 assistências por jogo, com 40,3% nos arremessos de três pontos. Em franca evolução, o próximo passo para a estrela pode ser aumentar a frequência de lances livres, já que bater apenas 4,7 lances livres por jogo não é um bom número para quem tem tantas obrigações ofensivas.
Além de esperar uma versão ainda melhor de Tatum, os Celtics contam com Jaylen Brown, um dos grandes defensores da NBA atualmente e com o astro Kemba Walker, que foi uma grande decepção nos últimos playoffs e que precisa provar que ainda tem gasolina no tanque.
O grande buraco do elenco na última temporada era a posição de pivô. Buscando melhorar a rotação da posição os Celtics trouxeram Tristan Thompson, experiente jogador que é um dos reboteiros mais consolidados da liga. Outra contratação foi a de Jeff Teague, armador que deve ter bons minutos no inicio da temporada, já que Kemba deve perder as primeiras semanas.
Apesar de ainda ser um time competitivo e ter em Brad Stevens um dos melhores técnicos da liga, Boston não possui um banco confiável e Gordon Hayward não faz mais parte do elenco.
Pensando em espaço para melhora, Danny Ainge, GM da equipe, tem uma trade exception gigantesca da sign and trade de Gordon Hayward e pode buscar melhorar o elenco dentro da temporada.
#9 Dallas Mavericks
Dallas é um dos times mais empolgantes da NBA, principalmente por ter em Luka Doncic, um dos favoritos ao prêmio de MVP da temporada 2021. O astro de apenas 21 anos teve médias de 28,8 pontos por jogo, 8,8 assistências, 9,4 rebotes por jogo e foi o jogador mais importante do time que teve a melhor eficiência ofensiva da última temporada, com 116,7 pontos por 100 posses de bola.
Pensando em melhorar em relação ao ano passado, os Mavs investiram em defesa de perímetro na offseason. Seth Curry foi trocado por Josh Richardson, Josh Green foi draftado na 18ª escolha e James Johnson, ex-Heat e Wolves, agora também faz parte do elenco.
A grande preocupação passa pela condição física de Kristaps Porzings, que mais uma vez vai desfalcar Dallas no inicio da temporada por ainda estar se recuperando de uma lesão no joelho direito.
Caso consiga manter o time saudável, os Mavericks podem ser a grande surpresa da temporada.
#10 Philadelphia 76ers
Agora com Daryl Morey (ex-GM dos Rockets) como presidente de operações da franquia, os Sixers buscaram adaptar melhor o seu elenco ao basquete jogado atualmente.
O time que sofria com espaçamento, o que dificultava as infiltrações de Ben Simmons e o jogo de garrafão de Joel Embiid, agora conta com ótimos arremessadores em seu elenco, como Seth Curry (45,2% de três pontos na última temporada) e Danny Green, que vem de uma temporada abaixo nos Lakers, mas que tem 40% de aproveitamento na carreira.
Para adicionar os dois, Philadelphia precisou se livrar de Al Horford e Josh Richardson, que foram trocados na offseason.
Buscando suprir a ausência de um pivô reserva no elenco, Dwight Howard foi contratado para ser o substituto de Joel Embiid.
O elenco dos 76ers é competitivo, resta saber se Doc Rivers, novo técnico da equipe, conseguirá de montar um time eficiente com Ben Simmons e Joel Embiid estando ao mesmo tempo em quadra.
#11 Toronto Raptors
Os Raptors vão precisar enfrentar o desafio de se manter competitivos mesmo perdendo a dupla de pivôs formada por Marc Gasol e Serge Ibaka, que deixaram os Raptors.
Para o lugar deles, o time foi ao mercado e trouxe o australiano Aron Baynes, conhecido pela ótima defesa e seus bloqueios que geram espaços para os companheiros. Em Phoenix, Baynes conseguiu aumentar o alcance do arremesso e teve aproveitamento de 35,1% da linha de três, algo fundamental para manter o espaçamento do ataque dos Raptors.
Além dele, Chris Boucher, que foi MVP e defensor do ano na liga de desenvolvimento em 2019, deve ter um papel maior vindo do banco.
O restante do time é basicamente o mesmo da última temporada: Kyle Lowry e Fred VanVleet como a dupla de armadores, com OG Anunoby e Paskal Siakam nas alas.
Vamos ver se o técnico Nick Nurse vai usar com mais regularidade o small ball Lowry-VanVleet-Powell-Siakam-OG que fechou alguns jogos na bolha.
Pensando em “upside”, vamos ficar de olho em Malachi Flynn, calouro que deve ganhar seus minutos como armador vindo do banco e teve boas atuações na pré-temporada.
#12 Golden State Warriors
A notícia devastadora da nova lesão de Klay Thompson foi um grande baque para a equipe, mas que não impediu que o dono Joe Lacob investisse uma boa grana na equipe. Após a contratação de Kelly Oubre Jr, os Warriors vão ter que gastar mais de 144 milhões de dólares em multas, já que o time ultrapassou por muito o teto salarial.
Além de Kelly Oubre, outra novidade aguardada para a temporada é James Wiseman, pivô que foi a escolha número 2 do último Draft.
Brad Wanamaker, armador ex-Celtics, e Kent Bazemore, ex-Kings, chegam para reforçar o banco de reservas e garantir maior profundidade ao elenco de Steve Kerr.
Apesar das chegadas, definitivamente o jogador capaz de elevar o nível dos Warriors é Steph Curry. O armador que foi duas vezes MVP e três vezes campeão da NBA jogou apenas cinco vezes na temporada passada e terá a obrigação de carregar o ataque do time na temporada.
#13 Portland Trail Blazers
Portland foi uma das grandes decepções da última temporada. Precisando de um grande reviravolta na reta final da temporada regular (incluindo a partida de play in contra Memphis), por muito pouco os Blazers não ficaram fora da pós-temporada.
Dentre os problemas do elenco, o mais grave estava na defesa, principalmente nas alas, ficando na 28ª colocação em eficiência defensiva. Pensando nisso, o time foi muito bem na offseason. Primeiro trocando por Robert Covington, um dos mais renomados “3 and Ds” da NBA, e depois assinando com Derrick Jones Jr, ala de 23 anos que teve uma boa temporada no Heat, também conhecido pela defesa e atleticismo acima da média.
Entre os pivôs, Enes Kanter volta para os Blazers para suprir a ausência de Hassan Whiteside, que assinou com os Kings. Além das novidades, Rodney Hood está de volta após um longo tempo lesionado e pode ajudar na profundidade de elenco. Vamos observar o desempenho de Carmelo Anthony, que renovou o contrato e aceitou o papel de sexto homem.
Se Damian Lillard continuar jogando no nível das últimas temporadas e realmente a defesa sustentar melhor o time, Portland vai dar muito trabalho em 2021.
#14 Phoenix Suns
Após o 8-0 na bolha de Orlando, o Phoenix Suns é um dos times mais esperados para a temporada 2020-2021.
Além de Devin Booker, que foi all-star pela primeira vez na temporada passada, os Suns trocaram pelo astro Chris Paul, que vem de grande ano no Thunder. Para conseguir o armador, a franquia do Arizona precisou enviar Ricky Rubio e Kelly Oubre Jr na troca, dois jogadores que foram fundamentais na temporada passada. Além deles, os Suns também perderam o pivô Aron Baynes, que foi para a Toronto.
Para suprir as lacunas, Jae Crowder foi contratado para dar experiência ao elenco. Langston Galloway e E’Twaun Moore também chegaram para reforçar o banco de reservas.
Além da dupla CP3 e Devin Booker, vamos ficar de olho no desenvolvimento de Mikal Bridges, jovem conhecido pela sua envergadura e ótima defesa, mas que está se desenvolvendo cada vez mais como uma arma ofensiva, e Deandre Ayton, pivô que foi a escolha número 1 em 2018 e que teve médias de 18,2 pontos e 11,5 rebotes por jogo na última temporada, além de ter claramente melhorado a defesa. Resta saber se o pivô será capaz de ser mais agressivo ofensivamente, já que a média de 2,3 lances livres por jogo é pífia para alguém com o perfil atlético dele.
Após 10 anos sem disputar playoffs, será que chegou a hora de Phoenix?
#15 Houston Rockets
Em condições naturais, o Houston Rockets estaria no top 10. O elenco continua muito bom e, apesar da decisão questionável de trocar Russell Westbrook, John Wall realmente pareceu saudável na pré-temporada e capaz de retomar um bom nível de basquete.
Além de Wall, os Rockets foram ao mercado buscando pivôs, já que os idealizadores do small ball (Daryl Morey e Mike D’Antoni) não estão mais em Houston. Christian Wood, que teve a temporada da vida com os Pistons, e o experiente DeMarcus Cousins chegam para o elenco.
Um quinteto com Wall, Harden, Tucker, House e Wood parece bastante interessante, né? Pois é, a questão central é justamente se eles vão atuar juntos durante a temporada. Além da preocupação com a saúde de Wall, a novela James Harden parece não ter fim. O jogador, que aparentemente está forçando uma troca para um contender, apareceu acima do peso e perdeu as primeiras semanas de treino por quebrar os protocolos sanitários.
Vamos ver se Stephen Silas, técnico novato que era auxiliar em Dallas, consegue controlar o vestiário e dar um sentido para a equipe.
Uma boa notícia para o basquete brasileiro é que Bruno Caboclo teve uma boa pré-temporada (9,8 pontos, 4,3 rebotes, 1,8 toco e 1 roubo por jogo) e pode ganhar um lugar no elenco.
#16 Indiana Pacers
A varrida sofrida para Miami nos últimos playoffs acarretou em mudanças no comando técnico dos Pacers. Nate McMillan foi demitido e Nate Bjorkgren, ex-assistente dos Raptors, foi contratado para comandar a equipe.
Buscando ser um time que joga mais rápido (Indiana foi 21º em pace na última temporada) e que arremessa mais de três pontos (foi o que menos chutava de fora, com 28 tentativas em média), os Pacers apostam mais na mudança de postura do que na mudança de jogadores, já que o elenco é basicamente o mesmo.
Vale ressaltar que Domantas Sabonis, que foi all-star na última temporada, não estava disponível para jogar na bolha de Orlando. Victor Oladipo que perdeu boa parte da última temporada, também não parecia estar inteiro como em 2019.
Vamos ver se os Pacers conseguem manter o elenco saudável durante toda a temporada, o que não vai ser fácil já que TJ Warren, um dos grandes destaques da bolha de 2020, desenvolveu fascite plantar, uma lesão no pé que costuma ser um grande problema para jogadores de basquete.
#17 New Orleans Pelicans
Os Pelicans são mais um time que mudou o treinador durante a offseason. Sai Alvin Gentry e chega Stan Van Gundy, conhecido principalmente por ser uma das grandes mentes defensivas da liga, além de sempre ser lembrado como o técnico que levou o Orlando Magic para a final da NBA.
Além da mudança no comando, o elenco também tem novidades. O armador Jrue Holiday foi para os Bucks e Eric Bledsoe chega para preencher a lacuna no elenco, principalmente na defesa, já que o armador ex-Bucks também é conhecido como um dos bons defensores de perímetro da liga. Outro que chega para ser titular é Steven Adams, pivô titular por muitos anos em Oklahoma e que deve liderar a defesa de garrafão dos Pels.
Entre chegadas e saídas mais uma vez a grande esperança de Nova Orleans está nos jovens jogadores Lonzo Ball, Brando Ingram e, claro, Zion Williamson. O oeste é feroz, mas os Pelicans podem brigar por uma vaguinha nos playoffs.
#18 Atlanta Hawks
Atlanta foi um dos times que mais se movimentaram na agência livre. Além de não perder ninguém importante, os Hawks se reforçaram com jogadores muito cotados pelos favoritos.
Bojan Bogdanovic, que esteve muito próximo dos Bucks, e Danilo Gallinari, especulado em várias franquias, assinaram contratos de longo prazo com a franquia e trazem maior arsenal ofensivo. Rajon Rondo, que teve papel relevante nos Lakers, chega para dar mais experiência e ser um mentor para Trae Young. Além deles, Clint Capela também vai estrear nos Hawks nesta temporada.
A questão agora é saber como usar os veteranos sem frear o desenvolvimento dos jovens, já que John Collins, Kevin Hueter, DeAndre Hunter, Cameron Reddish e Onyeka Okongwu foram escolhas de loteria da franquia.
De qualquer forma, mesmo se as coisas não derem tão certo como nós imaginamos, Trae Young é uma atração por si só e garante que a equipe seja agradável de assistir.
#19 Memphis Grizzlies
É importante lembrar que os Grizzlies ainda estão em processo de reconstrução, então é totalmente compreensível que o time não tenha sido agressivo na offseason e tenha voltado com o mesmo time da última temporada.
Mesmo com o núcleo jovem liderado por Ja Morant (vencedor do prêmio de rookie do ano) e Jaren Jackson Jr, Memphis surpreendeu na última temporada, inclusive chegando na bolha como oitavo da Conferência Oeste.
Para a atual temporada a aposta será em desenvolver seus jogadores e tentar mais uma vez surpreender. A principal novidade será Justise Winslow, talentoso jogador que foi trocado para os Grizzlies na temporada passada, mas ainda não teve a oportunidade de estrear.
Entre as preocupações, a maior delas é a saúde de Jaren Jackson Jr, que vai perder o início da temporada ainda se recuperando de uma operação no joelho esquerdo.
#20 Washington Wizards
Apesar de o time ter jogado mal em 2020, a temporada de Bradley Beal foi incrível. O armador teve médias de 30,5 pontos e 6,1 assistências, com 45,5% de aproveitamento nos arremessos de quadra, números excelentes para quem teve tanto protagonismo ofensivo.
Para ajudar o astro, os Wizards trocaram John Wall (que não atuou na última temporada) por Russell Westbrook, que mais uma vez foi all-star e esteve na terceira seleção ideal da temporada.
Além das estrelas, Washington renovou por quatro anos com Davis Bertans, que teve 15,4 pontos por jogo, com 42,4% de aproveitamento nos arremessos de 3 pontos.
Outro jogador para ficarmos de olho é o novato Dani Avidja, ala israelense draftado pelos Wizards que pode ser uma boa peça para o futuro da franquia.
Será que a dupla Westbrook-Beal será o suficiente para suprir a ausência de poder defensivo do elenco, já que Washington foi de longe a pior defesa da última temporada? Vamos aguardar, mas com certeza o time será legal de assistir.
#21 Minnesota Timberwolves
Anthony Edwards, pick 1 do último draft, é a grande novidade da equipe e, na teoria, é um bom encaixe com D’Angelo Russell e Karl-Anthony Towns.
Os Wolves possuem um núcleo talentoso, tem em seu pivô um dos grandes jogadores ofensivos da liga, mas mais uma vez devem sofrer com graves problemas defensivos.
Entre as contratações, Ricky Rubio está de volta à franquia que o draftou e pode ser um dos jogadores que ajudam a melhorar a defesa sem comprometer o ataque, já que é capaz de se adaptar ao estilo de Minnesota de jogar super-rápido (foi quarto em pace na última temporada).
Malik Beasley teve seu contrato renovado e é o grande arremessador para o futuro da franquia.
O grande desafio para o técnico Ryan Saunders é juntar os talentos e montar um ataque capaz de superar a total incapacidade que o time tem em defender.
#22 Orlando Magic
O Magic é aquele time que não empolga por ser extremamente travado ofensivamente, mas a realidade é que os comandados de Steve Clifford são sempre difíceis de encarar e chegaram até a tirar um joguinho dos Bucks no último playoff, mesmo com Aaron Gordon lesionado.
O grande talento ofensivo é Nikola Vucevic, pivô montenegrino que teve médias de 19,6 pontos e 10,9 rebotes na última temporada. Outro jogador para ficarmos de olho é Aaron Gordon, que já é conhecido pela sua defesa, mas que vem se desenvolvendo como um playmaker no ataque, aumentando consideravelmente o número de assistências a partir do all-star break da última temporada.
Além dos dois citados, o jogador do elenco com maior potencial de “estourar” é Markelle Fultz. Pick 1 em 2017, o armador parece ter deixado para trás os momentos sombrios de Philadelphia e pode ser o tão sonhado astro do elenco.
Além de Fultz, Cole Anthony (escolha 15 do último Draft) e Chuma Okeke (jogador draftado em 2019, mas que não atuou na última temporada por lesão) são os rookies do elenco e podem oferecer um fator novo. A notícia ruim fica por conta Jonathan Isaac, que lesionou o joelho esquerdo e não deve atuar na temporada.
#24 Charlote Hornets
Entre os times “ruins”, Charlote provavelmente será o mais divertido de assistir por um motivo simples: LaMelo Ball. O armador que foi a escolha número 3 do último Draft já entregou diversos lances geniais durante a pré-temporada, principalmente passando a bola. Ainda é cedo para afirmar se ele será um grande jogador de verdade, mas vale a pena ser assistido porque o entretenimento é garantido.
Além dele, os Hornets possuem outros jovens intrigantes: PJ Washington teve uma boa temporada de rookie e deve ter mais minutos como pivô na atual temporada; Miles Bridges decepcionou o ano passado, mas o ala é absurdamente atlético, tem boa visão de quadra para achar passes e é perigoso atacando em transição; Devonte’ Graham é outro que vale ficar de olho, já que o baixinho teve médias de 18,2 pontos e 7,5 assistências por jogo na última temporada e está jogando para garantir o próximo contrato.
A grande surpresa da offseason foi que os Hornets não se contentaram apenas em desenvolver seus jovens. O time foi agressivo e assinou um contrato de 120(!) milhões de dólares com o ala Gordon Hayward, que estava nos Celtics.
#25 Sacramento Kings
Os Kings mais uma vez vão entrar na temporada como o time com mais tempo sem disputar playoffs. Mesmo com a marca negativa, é possível imaginar um bom futuro para Sacramento, principalmente com a mudança no front office e a chegada de Monte McNair, ex-assistente de Daryl Morey nos Rockets, para ser o general manager.
De’Aaron Fox conseguiu a extensão máxima e é a grande cara da franquia para o futuro. O armador teve médias de 21,1 pontos, 6,8 assistências e 1,5 roubo por jogo na última temporada.
Marvin Bagley é outro que promete ter uma temporada de consolidação. Draftado em 2018, o jovem possui um grande arsenal ofensivo e parece estar finalmente saudável.
Outro destaque para a temporada é Tyrese Haliburton, jogador escolhido na pick 12 e que segundo avaliação interna foi uma grande surpresa ter “caído” para os Kings. A principal novidade no elenco é Hassan Whiteside, que jogou nos Blazers na última temporada.
Apesar de parecer ser um time muito caro, os Kings possuem talentos e podem surpreender. Vamos ver se Luke Walton consegue tirar o melhor de seus jogadores.
#25 San Antonio Spurs
Os Spurs ficaram de fora dos playoffs pela primeira vez no século. Com a quebra da marca, o time comandado por Gregg Popovich está caminhando para um processo de reconstrução, mas com a franquia ainda tentando colocar um time competitivo em quadra.
DeMar DeRozan e LaMarcus Aldridge mais uma vez serão as caras da franquia, tendo que liderar a pontuação da equipe.
Dito isso, os jogadores com maiores expectativas são os jovens. Será que caras como Dejounte Murray, Loonie Walker, Keldon Johnson, Derrick White e Devin Vassell podem se desenvolver como grandes jogadores? Vamos ficar de olho.
Caso as coisas não funcionem como o esperado e o time fique fora da disputa dos playoffs cedo, os Spurs podem usar o trade deadline para trocar seus veteranos e adicionar ativos para o futuro.
#26 Chicago Bulls
Chicago é mais um desses times que mudaram mais no comando que necessariamente dentro da quadra. O lituano Arturas Karnisovas deixou os Nuggets e chegou para ser o GM dos Bulls. Junto com ele veio Billy Donovan, treinador ex-Thunder que chega para substituir o muito criticado Jim Boylen.
O restante é muito parecido com o ano passado. Zach LaVine é o cestinha, Lauri Markkanen e Wendell Carter Jr formam a dupla de garrafão e Coby White é aquele cara sempre capaz de esquentar e mudar o rumo de uma partida.
Entre as novidades, a mais relevante é o rookie Patrick Williams, que foi uma grande surpresa saindo na pick 4 do último Draft.
Os Bulls claramente possuem talento, mas será que Billy Donovan conseguirá extrair o melhor de seus comandados já na primeira temporada?
#27 Oklahoma City Thunder
Sam Presti, GM do Thunder, está sendo bem-sucedido em possuir a maior quantidade de picks futuras possíveis da história. Brincadeiras à parte, o Thunder basicamente acabou com o time da temporada passada e mergulhou de cabeça na reconstrução.
A principal estrela da franquia agora é Shai Gilgeous-Alexander. O jovem canadense teve médias de 19 pontos, 5,9 rebotes e 3,3 assistências por jogo na última temporada.
Entre as novidades, o único experiente que deve ter espaço é o pivô Al Horford, que vai funcionar como uma espécie de tutor para os garotos. Quem também deve se beneficiar do rebuild são os rookies Aleksej Pokusevski e Theo Maledon, que chegam com a liberdade para arriscar.
Mark Daigneault, ex-auxiliar e técnico do time da G League da franquia, é o novo treinador do time.
#28 Detroit Pistons
É quase impossível decifrar quais as intenções de Detroit para a temporada 2021.
A franquia terminou o último draft com três jogadores dentro do top 20 (Killian Hayes, Saddiq Bey e Isaiah Stewart) e tem em Sekou Doumbouya, draftado ano passado, um bom projeto para as alas. A tendência era que os jovens tivessem tempo de quadra e o time embarcasse na reconstrução, não é mesmo? Resposta errada. Logo nas primeiras horas da abertura da agência livre, os Pistons já anunciaram Mason Plumlee, Jerami Grant e Jahlil Okafor por quantias consideráveis. Além deles, Delon Wright (velho conhecido do treinador Dwane Casey) e Rodney McGruder também chegaram.
O elenco como um todo não é ruim, mas é difícil imaginar como vai funcionar essa rotação com tantos jogadores querendo minutos (lembrando que os Pistons ainda contam com Derrick Rose e Blake Griffin, que pareceram saudáveis na pré-temporada). Trabalho complexo para Dwane Casey e sua comissão técnica.
#29 New York Knicks
Os Knicks mais uma vez tiveram uma offseason silenciosa, formando um time recheado de jogadores com contrato de uma temporada. Tom Thibodeau, uma das grandes mentes defensivas da NBA, chegou para ser o novo treinador e tentar montar um time competitivo.
Olhando para o elenco, os jogadores que mais despertam a curiosidade do torcedor são o rookie Obi Toppin e segundanista RJ Barrett, que foi um dos mais prejudicados do contexto complicado da equipe no ano passado.
Mitchell Robinson, Immanuel Quickley (rookie) e Kevin Knox também merecem serem observados. Resta saber o quanto o treinador vai privilegiar o desenvolvimento dos garotos, já que é conhecido por não ter tanta paciência com os rookies.
#30 Cleveland Cavaliers
A rotação de garrafão com Kevin Love, Andre Dummond, Larry Nance Jr e JaVale McGee é interessante. O restante do elenco é vários garotos tentando encontrar seu espaço na liga.
Collin Sexton é capaz de pontuar, resta saber se é capaz de dar o próximo passo. O rookie Isaac Okoro será o pilar defensivo da reconstrução e deve já iniciar a temporada com minutos consideráveis.
Além deles, os jovens Darius Garland, Kevin Porter Jr. e Dylan Windler merecem ser observados.
Vamos ver como o novo treinador J.B Bickerstaff vai trabalhar o elenco, mas definitivamente os Cavs são um projeto de longo prazo.