NBA encerra relações com academia de basquete da China
A academia chinesa está sendo acusada de deixar aproximadamente um milhão de muçulmanos em campos de concentração
A relação entre NBA e China está abalada. A liga norte-americana encerrou uma parceria com uma academia de basquete chinesa que está sendo acusada de deixar aproximadamente um milhão de Uyghurs, uma minoria muçulmana, em um lugar que foi descrito como campo de concentração.
Em carta enviada à senadora americana Marsha Blackburn, a NBA falou sobre os motivos para o término da relação. Essa carta foi escrita em resposta a outra carta, da própria senadora. Ela questionava a relação da liga com a China e reportava essas acusações sobre a academia.
Mark Tatum, comissário substituto da liga, declarou em comunicado que a NBA não possui mais envolvimentos com a academia de basquete. “A NBA não possui envolvimento com a academia de basquete de Xinjiang por mais de um ano. E agora, a relação foi terminada”, comunicou.
A republicana também publicou uma declaração em suas redes sociais. Nela, Blackburn defende as acusações que estavam sendo feitas e ainda faz críticas ao governo chinês como um todo.
“A China é responsável pelas maiores violações aos direitos humanos em nosso tempo. A decisão da NBA em abandonar sua sede em Xinjiang, onde milhões de Uyghurs estão confinados em campos de concentração, é a maneira certa de condenar a opressão chinesa”, destacou a senadora.
Ainda em suas declarações, Tatum falou sobre o possível impacto que uma crise com a China pode gerar. Perda nas vendas de produtos e nos direitos de transmissão dos jogos irão gerar diminuições nas rendas da liga.
Desde outubro, a China não exibe jogos da NBA. Tudo começou por conta da crise que envolveu o Houston Rockets e o general manager da franquia, Daryl Morey, tweetou coisas que desagradaram o governo chinês.
Foto: Reprodução/ Twitter Los Angeles Lakers