NBA discute mudanças nas regras do teto salarial da liga
Medida visa frear a onda de times que ultrapassam o cap atual e têm que arcar com multas
Assunto constante nos bastidores da liga, o salary cap (teto salarial), voltou a ganhar manchetes nesta semana. Executivos da NBA e alguns donos das franquias tem discutido a possibilidade de incluir um aumento do teto no próximo acordo trabalhista, assinado em conjunto com a NBA Players Association (NBPA), a associação dos jogadores da liga. A informação é de Marc Stein, repórter da ESPN americana.
Ainda segundo Stein, a liga tem visto o possível aumento como um ‘limite superior de gastos’ para evitar que as equipes tenham que usar o ‘hard cap’, parte do valor salarial que pode ser utilizada em situações emergenciais, como em contratos de mid-level exception, exceções bi anuais e sign-and-trade. Essa quantia, uma vez acionada, não pode ser ultrapassada, e pode limitar os gastos das equipes.
De acordo com o repórter Adrian Wojnarowski, também da ESPN americana, espera-se que a associação de jogadores se posicione fortemente contra a mudança. Caso uma mudança de posicionamento aconteça, as partes têm até 15 de dezembro para romper o atual acordo coletivo, que assim terminaria em junho de 2023, um ano antes do previsto.
Atualmente, dez times estão pagando a luxury tax, multa aplicada às franquias que ultrapassam o tax level, limite de gastos total sem que a equipe sofra a punição, que é de US$ 150 milhões. Golden State Warriors, Los Angeles Clippers e Brooklyn Nets se destacam nesse quesito, com cada uma das franquias pagando mais de US$ 100 milhões apenas em multas.
Joe Lacob, acionista majoritário dos Warriors, já havia sido multado pela liga por críticas feitas a luxury tax. Hoje, o teto salarial é de US$ 126,3 milhões. No entanto, as discussões sobre o aumento já vinham ganhando força há mais tempo, com rumores confirmados inclusive pela própria liga.
Foto: Divulgação/NBA