NBA discute mínimo de jogos para premiações individuais
Adam Silver considera estabelecer que mínimo de jogos são importantes para os prêmios e para os fãs
A NBA promove uma série de prêmios individuais, os mais famosos são os prêmios de MVP (most value player), ROY (rookie of the year), COY (coach of the year), DPOY (defensive player of the year) e sexto homem do ano. Mas, para além desses mais famosos ainda há muito outros, como o cestinha da temporada, líder em assistências, entre outros. Porém, é comum que um jogador seja menosprezado em algumas disputas por conta do número de jogos da temporada.
Na temporada passada, Jayson Tatum reclamou que a mídia não votou nele para All-NBA, o que lhe daria a possibilidade de receber um salário super máximo. Tatum lamentou a falta de critérios como número de jogos na votação de prêmios. O comissário da NBA, Adam Silver, concordou com o ala do Boston Celtics: “Definitivamente, analisaremos um número mínimo de jogos para ser elegível para prêmios. Há um mínimo de jogos agora. Mas acho que potencialmente devemos aumentar isso”, disse Silver, à Rádio NBA SiriusXM.
O mínimo que Silver citou é um requisito para liderar a liga em pontos, rebotes, assistências, roubos de bola, bloqueios ou minutos por jogo; 70% dos jogos da equipe, 58 na temporada de 82 jogos. Porém, a NBA atualmente não possui um requisito de jogos mínimos para prêmios individuais, Joel Embiid, por exemplo, recebeu vários votos para calouro do ano em 2016-17 jogando apenas 31 jogos (ficou em terceiro lugar).
Outro ponto que Silver considera importante é que a NBA é um negócio, e que ela fica mais atraente com os principais jogadores que disputam os prêmios individuais: “Todos que fazem parte desta liga têm que entender que estamos no ramo do entretenimento e que, se os jogadores estiverem saudáveis, a expectativa é que eles joguem”, acrescentou Silver.
Colocar as estrelas em quadra com mais frequência é ótimo, todos querem isso, o interesse dos fãs impulsiona a receita e, portanto, os salários dos jogadores. Os fãs querem ver um produto melhor, não jogos cheios de ausência. Porém, a questão é que há um motivo para que nem sempre os jogadores queiram jogar muitos jogos: lesões acontecem. Essas lesões são mais prováveis quando os jogadores se expõem mais vezes em quadra.
Esse equilíbrio entre poupar jogadores de lesões e colocar um mínimo para prêmios, talvez seja eficaz quando o incentivo seja para os times jogarem mais partidas seriamente. É o que vem acontecendo com o play-in, que forçou algumas estrelas a atuarem aos finais das temporadas regulares quando possivelmente, sem o play-in, essas estrelas estariam se poupando para os playoffs.
Seja por motivo comercial, competitivo, para agradar os fãs ou quaisquer que sejam as razões, Silver deixou claro que deve aumentar a quantidade mínima (ou definir para as premiações que não tinham mínimo) para que os jogadores possam ser eleitos a determinados prêmios.
Foto: Reprodução Facebook / Adam Silver