NBA aprova punições mais severas para equipes que violarem regras durante free agency
Com a aprovação, multa máxima sobe para US$ 10 milhões e franquias podem perder escolhas de draft
O Conselho da NBA aprovou nesta sexta-feira (20) novas regras que impõem penalidades mais severas para as franquias que violarem as políticas de contratações, assédio a jogadores e adulterarem o período de free agency e abertura do mercado.
Segundo Adrian Wojnarowski, repórter da ESPN norte-americana, o comissário da NBA, Adam Silver, observou que as medidas foram aprovadas por unanimidade.
A proposta pedia que a multa máxima aplicada para as equipes fosse aumentada para US$ 10 milhões. Além disso, daria o direito da liga retirar escolhas de Draft das franquias em caso de violação.
Junto dessas mudanças, as novas regras também podem permitir que a NBA audite as comunicações entre agentes e jogadores de cinco equipes aleatórias por temporada.
A NBA também propôs a proibição de jogadores se comunicarem entre si para solicitar uma troca de seu time atual – uma reação ao que aparentemente aconteceu quando Kawhi Leonard se aproximou de Paul George em julho para levá-lo ao Los Angeles Clippers.
“Acho que é inútil no final do dia ter regras que não podemos aplicar”, disse o comissário Adam Silver a repórteres em julho.
“Dói ver a percepção de integridade em toda a liga enquanto as pessoas dizem: ‘Bem, você tem essa regra e é óbvio que as equipes não estão cumprindo totalmente, então por que você a tem?’ Acho que o sentido na sala era que deveríamos revisar essas regras”, completou na ocasião.
As supostas violações, principalmente no período de free agency de 2019, atingiram um pico com quase todos os principais novos contratos aparentemente sendo acordados antes ou rapidamente após a abertura do mercado.
Alguns acordos, como o de Kemba Walker com o Boston Celtics e o de Kyrie Irving com o Brooklyn Nets, foram noticiados bem antes das equipes poderem entrar em contato com esses jogadores.
“Há uma grande diferença entre ter conversas sobre como uma equipe quer construir seu elenco, o que prioriza na free agency e se eles têm interesse no seu jogador – ou ter um acordo feito em 20 de junho”, disse um agente a Wojnarowski. “Os dois lados estão no negócio de coleta de informações, essa é a natureza do trabalho”.
A aplicação de regras nesses casos sempre foi difícil. E tornou-se cada vez mais complicado durante a era das redes sociais, em que os repórteres põem as mãos nas informações e as divulgam em um instante.
Embora a “adulteração” do período de free agency fosse um mal necessário que todos mantinham a portas fechadas, nessa temporada ficou evidente que os proprietários ficaram frustrados, principalmente aqueles que perderam grandes estrelas.
Crédito da foto: Divulgação/NBA