Mock Draft NBA 2020 do The Playoffs: versão #2
Segunda versão do mock do The Playoffs traz as possíveis escolhas da primeira rodada do Draft da NBA 2020
Los Angeles Lakers campeão. Bolha tida como um sucesso. A temporada da NBA, enfim, teve seu destino selado. Agora, as atenções se voltam para o draft. A seleção de calouros na liga profissional sempre é uma das melhores formas de uma franquia se reconstruir. O que cada uma precisa? Teremos muitas trocas de posição na noite? O quanto as pausas e a pandemia vão influenciar em determinadas opções?
Assim, chegamos à segunda edição do Mock Draft do The Playoffs, depois de uma versão inicial ainda sem a ordem de escolhas definidas na época.
A classe de 2020 não é muito bem vista pela maioria dos analistas. Muito disso pelo movimento que explodiu este ano com algumas promessas optando por se tornarem profissionais em outros países a ficar no college sem receber dinheiro pelos seus talentos. São os clássicos casos de R.J. Hampton e LaMelo Ball que encontraram na Austrália, um refúgio.
O March Madness também foi cancelado e os atletas vindos da NCAA não puderam mostrar seus talentos num palco decisivo e de extrema pressão. Isso pode trazer um julgamento premeditado para alguns atletas, já que as comissões não tiveram ainda uma amostra de perto do que eles podem fazer. Muitos dos nomes da atual classe vão precisar de bastante tempo para lapidar suas habilidades.
Se na última temporada a escolha de Zion Williamson era uma certeza na posição número 1, o cenário em 2020 é um pouco mais complicado. Wiseman? Edwards? Ball? Incertezas pairam no ar e ainda não há um consenso sobre quem estará no topo. Espere muitos armadores na primeira rodada. Pelo menos no momento, são o que há de melhor.
Em todos os anos este exercício de futurologia é difícil. No mundo atual, torna-se ainda mais complicado. Lembre-se, o mock draft nada mais é do que uma aposta. Não vai ficar bravo com o editor aqui se a escolha não for do seu agrado… Vamos às apostas para a primeira rodada do Draft da NBA!
Foto: Twitter / Memphis
MOCK DRAFT NBA 2020: THE PLAYOFFS – versão #2
#1. *TROCA* Charlotte Hornets (via Minnesota Timberwolves): James Wiseman (C – Memphis)
Particularmente, não sou um fã de simular trocas. Já é difícil tentar prever o movimento de escolha de um jogador, imagina o de um GM subindo no draft. Porém, tudo que os Timberwolves querem é sair da 1 com algo a mais na mão. A troca da primeira escolha é um cenário REAL hoje. Apostaria que os Hornets subiriam até aqui para não deixar James Wiseman cair no colo dos Warriors. Wiseman pouco jogou no college, mas a pequena amostra foi boa. Charlotte precisa de um cara como Wiseman. Vai buscar os rebotes dos dois lados da quadra, porém precisa ler melhor o jogo defensivamente na NBA. Potencial há de sobra.
*As trocas aqui são simulações sugeridas pelo autor
#2. Golden State Warriors: Deni Avdija (SF – Maccabi Tel Aviv / Israel)
Aquela promessa que vem dos campeonatos europeus que faz os olhos brilharem, né? Quem vai perder a chance de um possível novo Doncic passar? Pois é, nem o Warriors. Wiseman se foi, então o israelense, melhor jogador do último europeu sub-20 é a opção. Apesar da altura, apresenta habilidades de armador, o que lhe trouxe bastante vantagem na carreira. Ambidestro, finaliza jogadas com extrema qualidade. É capaz de criar boas situações para os companheiros. E algo me diz que os Warriors não vão colocar suas fichas em Edwards, muito menos em Ball.
#3. *TROCA* Minnesota Timberwolves (via Charlotte Hornets): Anthony Edwards (SG – Georgia)
Edwards ainda tem o que evoluir. Precisa refinar seu arremesso e ter mais tranquilidade nos momentos decisivos. Porém, o trato com a bola, a facilidade para criar os próprios lances após os dribles não podem ficar para trás. É um cestinha nato. Será a opção segura para quando nem Russell, nem Towns conseguirem finalizar as jogadas. Fisicamente, pode se tornar um ótimo defensor na liga. Os Timberwolves podem o pegar na primeira escolha ou acreditar que ele cairá aqui.
*As trocas aqui são simulações sugeridas pelo autor
#4. Chicago Bulls: LaMelo Ball (PG – Illawarra Hawks / Austrália)
Esqueça a família por um segundo e deixe seu foco no que LaMelo pode vir a ser. É um dos atletas mais criativos que já passaram no draft nos últimos anos. Espere passes inesperados e quase impossíveis. Tem uma leitura de jogo de altíssimo padrão. Tem uma característica semelhante ao irmão: é até eficiente em recuperar rebotes, apesar da posição. Porém, ainda é necessário melhorar seus arremessos e sua disciplina em quadra. Os Bulls, apesar das últimas escolhas, querem alguém que comande o time. Querem um armador. Se Ball chegar até aqui, é uma escolha certeira. Ou, acredito que a franquia possa buscar Killian Hayes.
#5. Cleveland Cavaliers: Obi Toppin (PF – Dayton)
Obi Toppin foi um dos nomes que mais variou na seleção por um tempo. Alguns apontaram uma aparição na posição 2 ou 3, enquanto outros mocks o derrubam para 10 ou 11. Nas últimas semanas, Toppin parece ter encontrado sua casa em Cleveland. Explosivo, o protótipo de Dayton defende a cesta com muita garra. É ágil e mostra capacidade incrível nas enterradas. Letal no pick and roll. Para o seu tamanho, tem bons números nas bolas de três.
#6. Atlanta Hawks: Isaac Okoro (SF – Auburn)
Outra escolha chave no draft. Quem os Hawks vão buscar? Os rumores de uma possível troca por DeMar DeRozan irão se concretizar? Muitos times querem Okoro por sua capacidade defensiva. O jovem precisa melhorar seus arremessos de longa distância para se tornar o clássico 3-D que a liga tanto ama. É conhecido por sua versatilidade, podendo atuar em diversas posições de quadra sem perder qualidade. Para a atual condição da NBA, soa como nome perfeito em vários times, assim como no próprio Hawks que abrirão mão de levar Haliburton ou Hayes nesta escolha.
#7. Detroit Pistons: Tyrese Haliburton (PG – Iowa State)
Os Pistons, sem Okoro, talvez busquem alguém que crie algo na quadra para o time. E Haliburton é um dos atletas mais criativos desta geração. Domina bem os fundamentos do jogo, mas ainda precisa ganhar um pouco de força para suportar o peso da NBA. É o típico armador que faz com que os companheiros a sua volta cresçam de produção. Alguém que Detroit precisa no momento, ainda mais com todos os rumores sobre Derrick Rose.
#8. New York Knicks: Killian Hayes (PG – Ratiopharm Ulm / Alemanha)
O que os Knicks não precisam, certo? Hayes é muito bem visto por diversos olheiros da NBA. A principal característica do prospecto é a visão de jogo, sendo um canhoto extremamente habilidoso. Sua velocidade também é vista como um ponto muito forte. Na bola de três pontos precisa de um pouco mais de atenção, pois falta consistência. Ainda tem que evoluir alguns aspectos, mas tende a ser uma futura estrela.
#9. Washington Wizards: Onyeka Okongwu (PF/C – USC)
Capaz de receber bombas e amaciar com as mãos, Okongwu pode ser um bom complemento para um Wall saudável, se isso for possível, e para Beal. Apesar do tamanho, tem um ótimo manejo e pode trabalhar passes rápidos. Ainda precisa refinar a mecânica de arremesso e aumentar a massa muscular para não ser atropelado no garrafão.
#10. Phoenix Suns: Devin Vassel (SF – Florida State)
Vassell cresceu demais com a temporada pelos Seminoles. Com bom aproveitamento da linha de três, se consolidou como uma aposta alta principalmente pela forma com a qual defende. Consegue marcar os adversários de perto, utilizando muito bem o corpo. Entrará tranquilamente na rotação da equipe assim que for escolhido. É um socorro necessário para a evolução contínua do time de Pheonix.
#11. San Antonio Spurs: Patrick Williams (PF – Florida State)
Williams é uma máquina. Uma verdadeira parede de força. Por isso, pode fazer screens como ninguém. Arremessa do perímetro e usa todo seu poder atlético para levar vantagem nas jogadas. Para o seu tamanho, é bastante habilidoso. Precisa, com urgência, cuidar melhor da bola, desenvolvendo menos turnovers. Chega numa franquia que tem tudo para elevar seu jogo.
#12. Sacramento Kings: Kira Lewis Jr (PG – Alabama)
O veloz armador chega para auxiliar a vida de De’Aaron Fox. Lewis cerca o perímetro para arremessar sempre que possível. Espere belos crossovers, uma especialidade do atleta. Some a isso infiltrações, mas com alguns problemas defensivos. Espere muita eletricidade em quadra com o produto de Alabama nela. Nome para o futuro, que já pode auxiliar em certas situações. Os Kings podem ter um dos backourts mais rápidos da liga.
#13. New Orleans Pelicans: Aaron Nesmith (SF – Vanderbilt)
Nesmith é o típico cara necessário para várias equipes. Tem bom arremesso e abre espaços mesmo sem a bola. Precisa melhorar um pouco o passe em situações mais difíceis. Olho nos seus 52% de aproveitamento na linha de três na temporada. Atenção à saúde: vem de lesão na curtíssima temporada do college basketball. Com Zion, tudo que os Pelicans querem é um outro pontuador vindo de trás.
#14. Boston Celtics (via Memphis Grizzlies): RJ Hampton (SG – New Zealand Breakers / Austrália)
Os Celtics precisam de um nome para o futuro. Hampton quando saiu do high school era um recruta cinco estrelas e preferiu, como outros, atuar na Austrália ao invés de ir para o college. A passagem pela liga estrangeira não foi espetacular, mas Boston gosta deste tipo de atleta. Veloz, precisa melhorar o arremesso para se tornar um cestinha em potencial. Some a isso notícias que dão conta de um bom encontro do atleta com a franquia.
#15. Orlando Magic: Saddiq Bey (SF – Villanova)
A lesão de Jonathan Isaac força este movimento por parte do Magic. Bey é mais um clássico ala 3-D que a liga adora. Arremessa bem de fora e defende de forma incansável. Se melhorar o poder de reação, pode se tornar alguém ótimo para a rotação.
#16. Portland Trail Blazers: Jalen Smith (PF – Maryland)
Alguém que casa muito bem com o estilo dos Blazers. É muito bom nos rebotes e também traz consigo a capacidade de chutar do perímetro. As médias no college ficaram em 15,5 pontos e 10,5 rebotes por jogo. Além disso, registrou 36,8% de aproveitamento da linha de três. Para crescer na NBA, vai precisar se tornar um pouco mais ágil.
#17. Minnesota Timberwolves (via Brooklyn Nets): Precious Achiuwa (PF/C – Memphis)
Precisa de alguém que vá buscar os rebotes? Principalmente os defensivos? Foi assim que Achiuwa fez seu nome em Memphis. Nos 31 jogos pela equipe, conseguiu uma média de 10,8 sobras. Sendo que deste total, 7,8 foram no lado da defesa. Mesmo assim, também fez um bom trabalho em recuperar a posse após um arremesso do próprio time. Tem um potencial enorme, mas precisa melhorar as leituras, principalmente quando a equipe é atacada.
#18. Dallas Mavericks: Aleksej Pokusevski (PF – Olympiacos B / Grécia)
Seria aqui uma busca por um seguro para a saúde de Kristaps Porzingis? Pokusevski é um gigante que vem de longe e com diversas dúvidas. Altura de pivô e corpo de ala. O potencial é muito bom para Pokusevski, desde que se dê tempo ao tempo. Aposta arriscada da franquia, que pode ter um grande retorno se der certo.
#19. Brooklyn Nets: Josh Green (SG – Arizona)
Os braços compridos de Green ajudam muito na hora do arremesso. Some a isso a capacidade que o jogador mostrou de atuar em mais de uma posição por Arizona e temos mais um caso de atleta que chega em ótimas condições na NBA. Só que a transição geralmente é mais complicada do que parece. Precisa melhorar o passe e tomar cuidado com a cirurgia no ombro a que foi submetido no ano passado.
#20. Miami Heat: Cole Anthony (PG – North Carolina)
Um armador com algumas lesões, mas pode ser uma aposta válida. O atleta de North Carolina ainda precisa melhorar um pouco o aproveitamento nos arremessos, porém pode ser um alento para um time que ficou um perdido em alguns momentos sem Goran Dragic. A queda de produção, até natural, de Nunn pode fazer com que Miami olhe com carinho para Anthony.
#21. Philadelphia 76ers (via Oklahoma City Thunder): Desmond Bane (SG – TCU)
Bane é um daqueles casos de caras que ficaram quatro anos no college. Seria natural pensar que ele não estaria na primeira rodada. Só que os números estão a favor do atleta de TCU. Forte na linha de três, é alguém que os 76ers precisam com urgência. Sua mecânica de arremesso é pouco ortodoxa e pode chamar atenção.
#22. Denver Nuggets (via Houston Rockets): Tyresse Maxey (SG – Kentucky)
Maxey parecia decolar nos boards. Havia expectativa de quem sabe até aparecer no top 10. Só que seu desempenho em Kentucky ficou um pouco abaixo do esperado. Contudo, é preciso se respeitar a presença defensiva do armador. Consegue ter boa leitura para se antecipar aos adversários. Jokic e Murray agradecem o apoio que Maxey dará ao time.
#23. Utah Jazz: Nico Mannion (PG – Arizona)
Fique atento durante todo o ataque. Mannion é capaz de no último segundo encontrar um passe que desestabiliza a defesa. É um dos melhores passadores da classe. E quando precisa, consegue se virar bem com seu arremesso. Traz muita velocidade durante as transições. Será necessário lapidar alguns fundamentos e pode ser uma boa aposta para o Jazz em um futuro sem Conley.
#24. Milwaukee Bucks (via Indiana Pacers): Tyrell Terry (PG – Stanford)
Terry tem crescido nos mocks mundo afora. Tem velocidade e consegue encontrar os espaços necessários para atacar a cesta. Quando tem o caminho fechado, sempre procura encontrar o companheiro livre para não desperdiçar um ataque. Mais um atleta que precisa ganhar massa para não ser devorado na NBA. Os Bucks não o deixariam cair mais do que isso se estiver disponível aqui. Talvez num próximo mock, ele aparecerá mais acima.
#25. Oklahoma City Thunder (via Denver Nuggets): Zeke Nnaji (C – Arizona)
Com Shai Gilgeous-Alexander se desenvolvendo, é natural que o Thunder busque mais peças para o futuro. Nnaji tem bastante qualidade no ataque, podendo usar a força natural que tem atacando o aro. Não faz feio quando precisa manejar a bola, entretanto ainda procura afinar alguns pontos em sua defesa.
#26. Boston Celtics: Leandro Bolmaro (SF – Barcelona / Espanha)
Bolmaro tem sido ligado aos rivais Celtics e Lakers. Vantagem na posição do draft para a equipe de Boston. Os Celtics, que buscaram Hampton nesta simulação, fazem nova aposta para o futuro. O argentino usa as duas mãos para encontrar os companheiros livres para pontuar. Consegue ter bons momentos na defesa e mostra muita inteligência para ler o jogo. Ao redor da liga, existem críticas quanto seu arremesso. Não mostrou força nas bolas longas.
#27. New York Knicks (via Los Angeles Clippers): Isaiah Stewart (C – Washington)
Isaiah Stewart é o famoso pivozão. Se quer alguém brigando embaixo da cesta, incomodando e coletando rebotes, Stewart é o nome. Foram 8,8 rebotes por jogo na passagem por Washington. Mostrou certo controle de bola, apesar do tamanho. O passe ainda é algo que precisa melhorar bastante, além de alguns especialistas apontarem a falta de velocidade lateral como um problema.
#28. Los Angeles Lakers: Jahmi’us Ramsey (SG – Texas Tech)
Algumas indefinições sobre a free agency fazem com que os Lakers possam apostar no bom jogador de Texas Tech. Sem Rondo, Ramsey pode assumir o posto vindo do banco, pontuando. Espere que o jogador vá para a pontuação ao invés do passe. Conseguiu 43% nas bolas de três na NCAA, porém apenas 64% na linha de lance livre, trazendo dúvidas quanto ao seu arremesso. Terá tempo para se desenvolver?
#29. Toronto Raptors: Malachi Flynn (PG – San Diego State)
Flynn é um cara que subiu bastante nos boards. Por enquanto, decidi manter o jogador aqui nos Raptors, mas acredito em seu crescimento futuro. Em San Diego, mostrou ser um grande líder em quadra para o time, trazendo boas perspectivas para Toronto numa posição tão baixa. O que o futuro reserva para Lowry e VanVleet? Por via das dúvidas, vamos apostar em um armador aqui.
#30. Boston Celtics (via Milwaukee Bucks): Xavier Tillman (PF – Michigan State)
Com mais uma escolha na primeira rodada, Boston pode fazer movimentos interessantes na noite do draft. Caso mantenha as duas escolhas mais baixas, pode buscar Tillman. Brigador, vai ser o cara para recuperar a posse de bola na luta pelos rebotes, apesar da altura.