Agora nos Knicks, Michael Beasley reclama de ‘falta de oportunidades’ na NBA
Ala de muito talento mas também muitos problemas, Beasley reclama da falta de chances que teve na liga
O ala Michael Beasley, segunda escolha geral do Draft de 2008 da NBA, na época sendo selecionado pelo Miami Heat, é o que se pode chamar de clássico bust, não só por não conseguir comprovar seu talento, mas também por ter diversos problemas extra-quadra que atrapalharam seu desenvolvimento na liga. Apesar de tudo isso, o jogador pensa diferente da maioria e reclama da falta de oportunidades que teve, para sintetizar a não comprovação da plenitude de seu talento.
O jogador que assinou por um ano com o New York Knicks e terá uma nova chance de mostrar seu talento, garantiu que deverá ter uma pontuação consistente, só que impôs uma condição: que sua equipe lhe passe a bola.
“Vou mostrar o que vocês viram na faculdade, eu só preciso de uma oportunidade para isso”, disse Beasley para Marc Berman, do New York Post.
A situação parece óbvia, porém os números não parecem justificar a confiança que ele exige depositar. Em nenhuma de suas nove temporadas na NBA ele passou dos 20 pontos de média e apenas em duas ele conseguiu acertar mais de 40% nas bolas de perímetro, sendo que na última ele apenas compôs elenco com o Milwaukee Bucks.
Apesar das falas de Beasley, será difícil vermos em ação aquele jovem de Kansas State tendo um desempenho impactante no nível profissional a esta altura da carreira. Mas ele insiste. “Olhe para a minha carreira de nove anos, sempre fiquei perto de um ponto por minuto”, continuou. “Ninguém pode me parar, ninguém me parou em nove anos. Toda vez que eu toco na bola, o defensor fica assustado, eu estou no auge da minha carreira, só estou cansando de não receber o reconhecimento que mereço”, completou.
Com 12,6 pontos em média na carreira e 23,5 minutos por jogo, sua média não é exatamente de um ponto por minuto, mas sua capacidade de criar o próprio arremesso é notável e podemos dizer que seu ataque realmente é bom. Porém seu jogo com excesso de individualidade e por consequência pouco coletivo no geral, o impedem de provar todas essas habilidades. O outro lado da bola não ajuda muito, já que na defesa ele não é muito proativo e com isso em especial, no basquete atual, ele acaba tendo seus minutos limitados.
A solução para tudo isso pode ser justamente chegar sem expectativas em Nova York, um mercado grande mas que no momento deve passar por um processo de reconstrução. Na parte tática da equipe, a provável saída de Carmelo Anthony pode ajudar Michael Beasley, já que ambos têm uma característica de força ofensiva e habilidade para quebrar defesas. Agora só o tempo dirá se o ala conseguirá a sua tão desejada “oportunidade” na liga.
Na temporada 2016-2017, pelos Bucks, Beasley teve 9,4 pontos por jogo e 3,4 rebotes, em 16,7 minutos. Foram 56 jogos, com 6 apenas como titular.
(Foto: Scott Halleran/Getty Images)