Miami Heat buscará novo contrato de naming rights para arena após crise da FTX
Plataforma de criptomoedas apelou para a Lei de Falências nos Estados Unidos após anunciar quebra e renúncia do fundador nesta sexta-feira
O Miami Heat anunciou nesta sexta-feira (11) que buscará um novo contrato de naming rights para a sua arena após a FTX entrar com pedido de falência. A plataforma de criptomoedas apelou para a Lei de Falências nos Estados Unidos após anunciar quebra financeira e a renúncia de seu fundador, Samuel Bankman-Fried.
Em nota divulgada em suas redes sociais, a diretoria do Heat disse que não está satisfeita com as notícias relacionadas à antiga parceira de naming rights e suas afiliadas, e já trabalha em conjunto com o Condado de Miami-Dade uma solução para encerrar o contrato com a plataforma de criptomoedas. “As notícias sobre a FTX e suas afiliadas são extremamente decepcionantes. O Condado de Miami-Dade e o Miami Heat estão, imediatamente, tomando medidas para encerrar nossas relações comerciais com a FTX, e trabalharemos juntos para encontrar um novo parceiro de direitos de nome para a arena”, dizia o comunicado.
O objetivo do Heat, de acordo com a nota, é encontrar um parceiro que contribua com ações sociais para o Condado, focando no programa de proteção à violência para jovens na região dirigida pelo comissário de Miami-Dade, Keon Hardemon, que participou das negociações com a FTX em março de 2021.
“Estamos orgulhosos do impacto que nosso Plano de Paz e Prosperidade – patrocinado pelo Comissário do Condado Keon Hardemon e financiado pelo acordo original – já está tendo na prevenção da violência e na criação de oportunidades para os jovens em Miami-Dade, e esperamos identificar um novo parceiro para continuar a financiar esses importantes programas nos próximos anos”.
Miami-Dade County and the Miami HEAT have released the following statement pic.twitter.com/ERZo1IsZ2o
— Miami HEAT (@MiamiHEAT) November 12, 2022
Nesta sexta-feira (11), a FTX anunciou em seu perfil oficial do Twitter que apelou para o capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos da América, e informou também que seu fundador, Samuel Bankman-Fried, renunciou ao cargo de CEO da plataforma. “Como muitos sabem, a FTX Trading e aproximadamente 135 empresas afiliadas adicionais iniciaram procedimentos voluntários sob o Capítulo 11 do Código de Falências dos Estados Unidos no Distrito de Delaware para iniciar um processo ordenado para revisar e monetizar ativos em benefício de todas as partes interessadas globais”.
O contrato da FTX com o Condado de Miam-Dade, proprietário da arena e quem negociou o contrato de naming rights, tinha sido anunciado em março de 2021, passando de AmericanAirlines Arena para FTX Arena três meses depois. Como parte do contrato, o Heat receberia US$ 2 milhões por ano, com o Condado recebendo cerca de US$ 90 milhões ao longo do tempo de vigência do contrato como parte do combate à violência armada e à pobreza.
Além do Heat, a FTX tinha contrato com a equipe da Mercedes da Fórmula 1, que também anunciou que encerrará seu contrato com a patrocinadora durante o final de semana do Grande Prêmio do Brasil, que está sendo realizado no Autódromo de Interlagos desde sexta e indo até este domingo (13). A Major League Baseball, liga de beisebol norte-americana que possui contrato com a plataforma de criptomoedas em que os árbitros possuem a logo da empresa estampado em seu uniforme, ainda não se pronunciou sobre o caso.
Outros rostos do esporte americano profissional já tiveram acordos com a empresa americana, como o quarterback do Tampa Bay Buccaneers Tom Brady e o armador do Golden State Warriors Stephen Curry. O quarterback, junto com sua ex-esposa Gisele Bündchen, podem enfrentar um colapso no patrimônio conjunto de US$ 650 milhões, já que o ex-casal anunciou em 2021 que se tornaram investidores da empresa mas sem divulgarem o valor e, recentemente, foram anunciados como embaixadores da marca.
Foto: Reprodução Twitter/Miami Heat