Membros de equipes da NBA estão preocupados com retorno da temporada 2019-2020
Grupo de atletas, executivos e técnicos estariam com medo por torneio ser retomado durante a pandemia de COVID-19
A temporada 2019-2020 da NBA já tem data marcada para voltar, mas não são todos que parecem estarem confiantes com a volta às quadras. O jornalista da ESPN norte-americana Adrian Wojnarowski disse nesta quarta-feira (10) que alguns membros das equipes da liga estariam preocupados com a volta do torneio. Um grupo de atletas, executivos e técnicos parece demonstrar medo por estar acontecendo um campeonato durante a pandemia de COVID-19.
De acordo com o jornalista, a maior preocupação dessa “facção” é referente à adaptação dos jogadores para um ambiente fora do que eles estavam acostumados, sendo que as partidas seriam realizadas sem público nas arquibancadas. Parte desse pensamento também se deve a como os problemas de atuarem nas arenas isoladas dos torcedores podem afetar a competitividade do torneio entre as 22 equipes “remanescentes”, já que outras oito equipes estão eliminadas da disputa a uma vaga para os playoffs.
Outra preocupação que existe entre o grupo é de jogadores das franquias eliminadas da disputa furarem o bloqueio e encontrarem alguma maneira de descumprir o acordo, que é de permanecerem na bolha do Walt Disney World Resort em um prazo de 10 dias após sofrerem a derrota em uma das séries de playoff. Fontes da liga ainda disseram para Wojnarowski que os jogadores citam complicações familiares, a impossibilidade de saírem dos parques da Disney, a pandemia de coronavírus e os problemas de justiça social vivenciadas no país.
Mesmo com as implicações, os atletas pode optar em participar ou não dos oito jogos finais da temporada regular, mas sofrendo consequências. Caso um jogador tenha problemas de saúde que sejam enquadrados como grupo de risco de COVID-19, ele poderá ir atrás de um diagnóstico mais aprimorado para saber se será liberado da disputa ou não, mas correndo risco de não receber salários pelas partidas perdidas. O mesmo acontecerá para aqueles que decidirem não fazer parte da retomada da temporada, sofrendo com o corte salarial que já conta com a redução de 25% desde o dia 15 de maio.
Mesmo tendo algumas incertezas, a NBA e a Associação Nacional dos Jogadores de Basquete, a NBPA, analisam todos os detalhes para o retorno do torneio, que já tem data e local marcados: o primeiro dia de jogos será em 31 de julho e ocorrerá nas quadras do ESPN Wide World of Sports Complex. Fontes afirmam que esperam acertar um protocolo de saúde e segurança para atletas e equipes, divulgando o documento final ainda nesta semana.
A NBA foi a primeira liga esportiva dos Estados Unidos a paralisar a temporada devido à pandemia de coronavírus, interrompendo as partidas no dia 11 de março, quando Rudy Gobert, pivô do Utah Jazz, registrou o caso zero de COVID-19. Donovan Mitchell, também do Jazz, Kevin Durant, do Brooklyn Nets, Marcus Smart, do Boston Celtics e Christian Wood, do Detroit Pistons, foram outros quatro jogadores 17 casos a terem os nomes confirmados como infectados pelo novo coronavírus, mas todos os quatro atletas estão recuperados, assim como outros três membros do elenco dos Nets e dois dos Lakers.
Os outros casos envolvem três pessoas no Philadelphia 76ers, um membro da direção do Denver Nuggets, Doris Burke, comentarista de NBA na ESPN estadunidense, e Patrick Ewing, ex-jogador de basquete. Ainda não se sabe se estes estão completamente livres do coronavírus.
Os Estados Unidos são o país com mais casos confirmados e com mais mortes no mundo, tendo mais de 2 milhões e 39 mil pacientes, mais de 114 mil óbitos e mais de 606 mil casos de americanos livres da doença.
Foto: Thearon W. Henderson/Getty Images