Lucas Nogueira diz que temporada 2016/2017 é decisiva para sua carreira
Depois de dois anos de poucos minutos em quadra, Lucas Nogueira aposta em 2016/2017: “É tudo ou nada para mim”
Lucas Nogueira chegou à NBA em 2014. Em duas temporadas pelo Toronto Raptors, o pivô brasileiro de 24 anos e 2,13m não teve o espaço que gostaria com o técnico Dwayne Casey. Mas, no que depender dele, tudo será diferente em 2016/2017. Motivado, o brasileiro garante que está encarando os próximos meses como decisivos em relação ao futuro de sua carreira na principal liga de basquete do mundo.
“Estou levando essa temporada como tudo ou nada. É um ano para mostrar que sou capaz de ser o segundo pivô dos Raptors e que posso ajudar. Mas não levo isso como uma pressão a mais, afinal existem outros 29 times na NBA e um mundo de possiblidades fora. O Biyombo saiu e o time selecionou dois pivôs jovens no draft, mas não trouxe outros reforços para a posição. Isso mostra que estão apostando em mim, então agora só depende de mim, a oportunidade está nas minhas mãos”, comentou o brasileiro, durante teleconferência com jornalistas da América Latina para divulgar a partida dos Raptors contra o San Lorenzo, da Argentina, no dia 14 de outubro.
Lucas fez parte do elenco dos Raptors nas temporadas 2014/2015 e 2015/2016, mas só disputou seis jogos na primeira e 29 na segunda. Mais maduro e focado, o pivô tem convicção de que 2016/2017 será sua temporada na NBA.
“Os dois primeiros anos não foram exatamente como eu gostaria, com poucos minutos em quadra, mas muito aprendizado. Gostaria de ter jogado mais, mas acredito que tudo acontece na hora certa. Nesse ano tenho certeza de que tudo vai ser da forma que eu quero. Ralei muito no verão, não tive problemas físicos e fui bem nos primeiros jogos da pré-temporada. Ouvi coisas boas da comissão técnica e vou seguir nessa pegada até o fim. Não quero que pensem em me trocar com outra franquia ou que cogitem não exercer a opção do meu quarto ano de contrato”, garantiu.
Durante o bate-papo, Lucas revelou que seus planos para o futuro também incluem a seleção brasileira. Esquecido na lista dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o pivô explica que não foi tão presente quanto gostaria na seleção no último ciclo Olímpico por conta de seus compromissos na NBA. Para os próximos quatro anos, planeja recuperar o espaço e garantir-se no elenco que irá a Tóquio em 2020.
“Queria muito ter estado no Rio 2016, mas não aconteceu na maneira que eu gostaria. O começo na NBA é muito complicado, você não tem muita margem para negociar e precisava buscar meu espaço. Por isso não pude me juntar à seleção por dois anos. O chato é que as pessoas às vezes são maldosas e querem te crucificar por uma situação em que você não tem muito que fazer. Sou muito grato à CBB e se hoje estou aqui é porque pude ser visto nos torneios de base que joguei pela seleção. Espero ir a Tóquio 2020 com a geração nascida em 1992, que é muito forte e já tem três jogadores na NBA”, concluiu.
Foto: Facebook / Toronto Raptors