O ala-armador do Los Angeles Clippers Lou Williams disse neste sábado (20) que está incerto se ele jogará o restante da temporada 2019-2020 da NBA. O sexto homem da franquia da Califórnia questionou os cuidados referentes à pandemia de COVID-19 e as manifestações anti-racistas na liga.

Em participação em uma live com os fãs através do site CoStar, Lou-Will afirmou que ainda não decidiu se será um dos atletas que não disputará o retorno da temporada em Orlando, dizendo que precisa pensar em seu lado familiar para se decidir. “São tempos turbulentos. Não sabemos qual é a decisão certa agora, estamos tentando descobrir isso rapidamente como todo mundo porque temos um trabalho a fazer. Temos meios de subsistência e temos famílias para alimentar. E tem também a maioria dos homens negros ao mesmo tempo”.

Sweet Lou aproveitou para comentar sobre os protestos anti-racistas gerados pela morte de George Floyd por um policial branco em Minneapolis, e concluiu ao dizer que espera que a NBA possa fazer algo para permitir as manifestações do movimento Black Lives Matter. “Se a gente fizer tudo da forma certa, quanto dessa plataforma a gente poderá realmente usar? Podemos ter algo simbolizando o Black Lives Matter nas camisetas? As nossas camisetas podem estar escrito Black Lives Matter? A quadra pode ter um desenho de Black Lives Matter? Poderemos usar esse meio para a melhor de nossas habilidades? É muito difícil falar sobre isso, honestamente. Para ser sincero, estou divido em 50% agora”.

Caso Williams e outros jogadores não desejem participar do restante da temporada 2019-2020, quando ela for retomada no ESPN Wide World of Sports Complex no Walt Disney World Resort, eles devem informar suas equipes e a liga até esta quarta-feira (24). Porém, caso a opção seja não entrar em quadra, os atletas não serão pagos pelas partidas perdidas. Alguns já declararam que não pretendem viajar para Orlando, como o armador do Brooklyn Nets Kyrie Irving, o pivô do Los Angeles Lakers Dwight Howard e o ala-pivô do Memphis Grizzlies Justise Winslow.

A NBA foi a primeira liga esportiva dos Estados Unidos a paralisar a temporada devido à pandemia de coronavírus, interrompendo as partidas no dia 11 de março, quando Rudy Gobert, pivô do Utah Jazz, registrou o caso zero de COVID-19. Donovan Mitchell, também do Jazz, Kevin Durant, do Brooklyn Nets, Marcus Smart, do Boston Celtics e Christian Wood, do Detroit Pistons, foram outros quatro jogadores 17 casos a terem os nomes confirmados como infectados pelo novo coronavírus, mas todos os quatro atletas estão recuperados, assim como outros três membros do elenco dos Nets e dois dos Lakers.

Os outros casos envolvem três pessoas no Philadelphia 76ers, um membro da direção do Denver Nuggets, Doris Burke, comentarista de NBA na ESPN estadunidense, e Patrick Ewing, ex-jogador de basquete. Ainda não se sabe se estes estão completamente livres do coronavírus.

Os Estados Unidos são o país com mais casos confirmados e com mais mortes no mundo, tendo mais de 2 milhões e 115 mil pacientes, mais de 117 mil óbitos e mais de 650 mil casos de americanos livres da doença.

Lou Williams está em sua 15ª temporada na NBA desde que foi escolhido na 45ª posição do Draft de 2005 pelo Philadelphia 76ers e em seu terceiro ano no Los Angeles Clippers, para onde foi trocado pelo Houston Rockets em junho de 2017 pelo Houston Rockets na negociação que levou Chris Paul para a franquia alvirrubra do Texas. Antes da temporada ser paralisada, o três vezes Sixth Man of the Year somava médias de 18,7 pontos, 3,1 rebotes e 5,7 assistências em 29,3 minutos disputados em 60 partidas.

Foto: Reprodução Twitter/NBA