Kevin McHale defende time dos Pistons que ficou conhecido como ‘Bad Boys’
Ex-jogador dos Celtics defendeu os atletas de Detroit e disse que os jogadores dos Bulls 'reclamavam demais'
O documentário “The Last Dance” está trazendo diversos assuntos antigos à tona. A produção da ESPN e da Netflix, que conta a história do Chicago Bulls de Michael Jordan, separou um bom tempo para abordar a rixa daquele time com os Bad Boys do Detroit Pistons. Porém, nem todos concordam com o que é apresentado. Para o ex-jogador do Boston Celtics Kevin McHale, os atletas dos Pistons tinham um estilo de jogo e isso também é válido.
“Primeiramente, você consegue perceber por que os Pistons não gostavam dos Bulls. Chicago reclamava demais, o tempo todo. Viviam dizendo que aquele estilo não era basquete e que era bruto. Mas eu penso que os Bulls desrespeitaram o que aquele time de Detroit conseguiu fazer”, destacou McHale, em entrevista dada ao jornalista Steve Bulpett, do jornal Boston Herald.
A discussão volta após o documentário explicitar a rivalidade entre as duas franquias no início da década de 1990. Os Bulls e os Pistons protagonizaram grandes confrontos nos playoffs da NBA. Até Chicago finalmente conseguir vencer os seus rivais por 4 a 0 nas finais da Conferência Leste, em 1991. E na última partida daquela série, os jogadores de Detroit deixaram a quadra antes do fim da partida e sem cumprimentar os adversários, algo que ficou marcado na história.
Os Celtics de McHale fizeram algo parecido no jogo 6 das finais de conferência em 1988. Porém, o próprio ex-jogador e técnico diz que eles fizeram aquilo não por conta da derrota, mas sim para evitar confusão com a comemoração dos torcedores, já que o jogo era em Detroit.
Apesar da ressalva, ele ainda não vê nenhum problema na atitude tomada pelos jogadores dos Pistons. McHale defende que o comportamento dos atletas naquela época era algo totalmente diferente e essa era a cultura da própria NBA.
“Eu vou falar uma coisa. Nos anos 80, depois de uma partida acirrada, a não ser que você passe por algum jogador que você conhecesse e tivesse alguma amizade, a gente nunca falava nada. Você até poderia parabenizá-los depois, mas após os jogos não tinha isso de ficar conversando. A gente só ia para o vestiário. 90% das séries em que ganhei eu não falei com ninguém”, ressaltou McHale.
Photo by Focus on Sport via Getty Images)