Jaylen Brown critica opções de mensagens por causas sociais em camisa
Jogador do Boston Celtics diz que lista limita o posicionamento dos atletas; Mike Scott, dos Sixers, também fez críticas
Jaylen Brown, do Boston Celtics, não está satisfeito com a lista de opções de mensagens sobre justiça social que a NBA e a NBPA acordaram para as camisas dos jogadores quando a temporada 2019-20 for retomada neste mês de julho.
“Gostaria de ver mais opções disponíveis para colocar na camisa”, disse Brown em uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (6). “Para assuntos e causas como agora, acho que essa lista é um exemplo de uma forma de limitações. Fiquei muito desapontado com a lista”, completou.
Foi relatado na semana passada que a liga e o sindicato de jogadores aprovaram uma lista de 29 declarações de justiça social que os jogadores terão a opção de colocar na parte de trás de suas camisas. A lista não inclui referências a casos específicos de questões sociais, tais como brutalidade policial.
“‘Quebrar o ciclo’, ‘Resultados’, ‘Desigualdade por aparência’, coisas como essas que eu acho que podem ter um impacto mais profundo do que algumas das coisas que nos foram dadas”, disse Brown quando perguntado sobre as opções que ele teria gostado.
Não agradou
Mike Scott, do Philadelphia 76ers, concordou com Jaylen Brown e também fez críticas. “Eles nos deram alguns nomes e frases para colocar na parte de trás das camisetas. Isso foi terrível”, disse Scott, segundo Tim Bontemps, jornalista da ESPN norte-americana.
“Foi apenas uma escolha ruim. Eles não deram aos jogadores a chance de expressar nossas opiniões sobre isso, eles apenas nos deram uma lista para escolher. Então, isso foi ruim, isso foi terrível. Eu só queria fazer, ao invés de dizer e postar, ou colocar algo na parte de trás de sua camisa. Acho que isso não vai impedir nada, sabe?”, concluiu.
Jaylen Brown ainda acrescentou: “Temos que ir até lá e garantir que as pessoas não se esqueçam de George Floyd ou Breonna Taylor ou Philando Castile ou Ahmaud Arbery ou Trayvon Martin. E a lista continua”.
O jovem de 23 anos – que participou de protestos em sua cidade natal, Atlanta, em 30 de maio, após o assassinato de Floyd – disse que inicialmente tinha ressalvas quanto a jogar o reinício da NBA e que também estava lidando com alguns assuntos familiares. Mas agora ele está empenhado em usar sua plataforma.
“Muitos de nossos rapazes estão escolhendo ir para Orlando porque estamos jogando por algo maior do que nós mesmos”, disse ele.
Crédito da foto: Reprodução Twitter/Boston Celtics