Helicóptero que levava Kobe Bryant voava em ‘nível baixo’ antes de acidente
Em áudio divulgado pela imprensa americana, piloto conversa com torre de comando e fala de problemas de visibilidade
O helicóptero que caiu e provocou a morte de nove pessoas em Calabasas, na Califórnia, entre elas Kobe Bryant e sua filha Gianna, voava próximo ao solo e em “nível baixo para seguir o voo”, numa região montanhosa, segundo áudios obtidos pela imprensa americana da conversa entre o piloto e a torre de controle em Los Angeles.
O helicóptero modelo S-76, identificado como N72EX, levava Kobe, sua filha e mais sete pessoas (incluindo o piloto) para um jogo de basquete e voava em condições visuais especiais. A queda ocorreu quando a aeronave buscava fugir de uma neblina que dificultava o voo, segundo relatou o piloto, identificado como Ara Zobayan. Ele estava a 2.400 pés (741 metros) do solo durante o contato com a torre.
A colisão ocorreu a 1.400 pés (426 metros) do nível do mar, em uma colina, segundo dados do “Flightradar24”.
Zobayan fazia uma manobra para tentar ganhar altura, quando perdeu contato com a torre de controle, justamente por voar muito baixo para identificação visual e de áudio. Ao que tudo indica, o helicóptero não tinha quaisquer problemas mecânicos e colidiu com o solo inadvertidamente.
A aeronave partiu do aeroporto John Wayne em Orange County às 9h06 no horário local (14h06 de Brasília). A primeira ligação para a polícia relatando o acidente foi às 9h47. O último contato do piloto com a torre foi por volta de 9h39. “Você ainda está em um nível baixo para seguir um voo neste momento”, diz a torre em uma tentativa de contato.
LEIA MAIS
+ Atletas brasileiros falam sobre Kobe Bryant
+ Michael Jordan: Kobe era um irmão mais novo
A região estava mesmo com forte neblina naquele horário, que comprometia a visibilidade. Não há qualquer notícia que confirme que o voo não seria autorizado naquelas condições, mas Josh Rubenstein, porta-voz da polícia de Los Angeles, informou que os helicópteros policiais estavam pousados durante a manhã por conta da neblina. “A condição climática não atendia a nossos padrões mínimos para voo”, contou Rubenstein segundo a ESPN americana.
Além de Kobe e Gianna, o acidente vitimou mais sete pessoas: John Altobelli (técnico de beisebol), Keri e Alyssa (filhas de Altobelli), Christina Mauser (técnica de basquete), Sarah Chester e sua filha Payton, que a princípio seria colega de time de Gianna Bryant, além do piloto Ara Zobayan.
A investigação sobre o caso está em andamento, sem previsão para conclusão ainda.
(Foto: Getty Images)