Estrangeiros comandam Spurs nas Finais da NBA
Splitter é um dos 9 estrangeiros do elenco de San Antonio em busca do principal título do basquete norte-americano
A NBA é a maior liga de basquete do mundo e os EUA um feudo de craques no esporte. Com predominância de atletas nascidos em território americano, o San Antonio Spurs vai na contramão da maioria dos times.
Com 9 atletas nascidos fora dos EUA, a franquia texana comanda por Gregg Popovich, descendente de sérvios e ex integrante da Academia da Força Aérea dos EUA, viajou com a equipe dos EUA de basquete enquanto assistente. Dentro dessas viagens, se caracterizou pelo apreço pela cultura do esporte nos países visitados.
Segundo o general manager da equipe, R.C. Buford, a receita do sucesso está nesta habilidade do técnico com outras culturas: “Para que o sucesso de qualquer jogador que você traz de fora seja razoável, você tem que ter o apoio do treinador.”, disse ao espn.com.
Parker e Diaw são da França, Bellineli da Itália, Baynes da Nova Zelândia, Ginóbili da Argentina, Joseph do Canadá, Mills da Austrália, Splitter do Brasil e Duncan das Ilhas Virgens Americanas são os estrangeiros do elenco. Existem ainda outros 8 jogadores estrangeiros que não estão na liga, mas possuem seus direitos vinculados ao time.
“No começo (a adaptação) é difícil”, disse Tiago Splitter. “Mas a coisa é que você tem um monte de caras na mesma situação, então todo mundo se ajuda. Todos os americanos são caras que pensam muito legal e são realmente abertos ao diálogo. Isso torna tudo mais fácil . Tiramos sarro dos franceses, que fazem o divertimento dos sul-americanos, mas no final do dia, todos realmente são bons amigos”.
Popovich participou da primeira seleção de um estrangeiro para o elenco dos Spurs, quando ainda era assistente de Larry Brown. Juntos trouxeram Zarko Paspalj, da antiga Iugoslávia. O atleta veio na primeira leva de estrangeiros vindos do Leste Europeu, liderados por Vlad Divac.
Do atual “Big 3” da equipe, todos são estrangeiros. Draftou Tim Duncan em 1997. Em 1999 trouxe Manu Ginóbili. Por fim, 2001 marcou o ano da seleção de Tony Parker. A política da seleção de determinados estrangeiros parece ser a mola propulsora das excelentes temporadas do técnico a frente do time.
O adversário dessa final, o Miami Heat não possui jogadores estrangeiros no elenco. As finais da NBA também podem ser intituladas como um confronto entre EUA x Resto do Mundo.