Em protesto por Jacob Blake, Raptors consideram boicote ao jogo 1 contra os Celtics
Elenco da franquia canadense se reuniu e considerou não jogar como forma de protestar contra ato ocorrido em Wisconsin
Nesta terça-feira, o elenco do Toronto Raptors realizou uma reunião para encontrar formas de protesto a favor do caso de Jacob Blake, que foi baleado por policiais de Wisconsin com sete tiros nas costas. Entre as diversas formas pensadas pelo grupo, uma delas incluía não disputar o jogo 1 da semifinal da Conferência Leste contra o Boston Celtics.
“Sabíamos que vir ou não aqui, não iria impedir nada, mas acho que jogar ou não jogar pressiona alguém”, disse o armador do Raptors Fred VanVleet após o treino de terça-feira dentro da “bolha” da NBA no Walt Disney World Resort.
Para o armador, além do seu time não atuar, o dono do Milwaukee Bucks deveria chamar a responsabilidade e pressionar os responsáveis pelo estado de Wisconsin, na tentativa de obter justiça após mais um caso escandaloso de abuso do poder da polícia americana.
“Eu sei que não é tão simples. Mas, no final das contas, se vamos sentar aqui e conversar sobre como fazer mudanças, então, em algum momento, teremos que colocar nossas vidas em risco e realmente colocar algo a perder, em vez de apenas dinheiro ou visibilidade. Estou superando o aspecto da mídia. É sensacionalista, falamos sobre isso todos os dias, é tudo o que vemos, mas parece pacificador para mim”.
Além do jogador dos Raptors, Marcus Smart e Brad Stevens, jogador e treinador dos Celtics, defenderam esse pensamento vindo dos canadenses. Os dois afirmaram que o time celta não chegou a cogitar o boicote, mas o armador disse que é necessário fazer mais além de usar camisas do “Black Lives Matter” e ajoelhar nos hinos.
O jogo 1 entre Toronto Raptors e Boston Celtics está marcado para quinta-feira (27). O vencedor da série garante vaga na final do Leste.
Foto: Reprodução Twitter/Toronto Raptors