RIO DE JANEIRO (RJ) – Depois da vitória do Orlando Magic por 90 a 73 sobre o Flamengo na noite do último sábado (17) pelo NBA Global Games no Rio de Janeiro, técnicos e jogadores das equipes foram à Sala de Imprensa e concederam entrevistas coletivas, comentando a partida, a experiência do jogo e as perspectivas para a próxima temporada. Scott Skiles, técnico do Magic, José Neto, técnico do Flamengo, Marquinhos e Marcelinho Machado, jogadores do Flamengo, e Victor Oladipo e Nikola Vucevic, jogadores do Magic foram quem conversaram com os jornalistas.

Primeiro a falar, Skiles foi perguntado sobre ter ido à HSBC Arena e encarado uma torcida flamenguista em polvorosa. “Com todo o respeito, não estávamos preocupados com o Flamengo, mas sim com a nossa preparação em si, como íamos nos portar no jogo”, respondeu o técnico, ex-armador na NBA. Questionado sobre o ala Mario Hezonja, recém-chegado via Draft, que saiu do banco para anotar nove pontos em 18 minutos, o técnico disse qua ainda não decidiu sobre como irá utilizá-lo. “Ainda não temos um plano de jogo definido para ele, vamos nos ajustar para a temporada quanto a isso”. Sobre o desempenho no jogo, Skiles foi direto. “Não estamos do jeito que gostaria ainda, mas estamos melhores”.

Técnico do Flamengo há mais de três anos, Neto mostrou-se satisfeito com o aprendizado do desafio, apesar de ter esperado mais de seu time. “Este é um jogo que agrega muito e o Orlando joga com muita intensidade, do jeito que eu entendo como deve ser o basquete, com muita movimentação sem a bola. Acho esse time melhor do que o que enfrentamos no ano passado, mais físico”, comentou Neto, “Acho que decidimos muitas das nossas posses de bola no um contra um e forçando muito o drible. Não passamos bem a bola e deveríamos ter espalhado melhor os jogadores pela quadra na hora de atacar”, disse o técnico sobre a performance da equipe brasileira. “No vestiário, falei que estava com um sentimento de quem esperava mais, imagina, contra o Orlando Magic, um time da NBA, só para você ver o nível com o qual nos acostumamos”, completou o técnico.

Cestinhas do Flamengo com 13 e 17 pontos, respectivamente, Marquinhos e Marcelinho comentaram o desempenho da equipe carioca na partida histórica para um clube brasileiro. “A gente sabia que a única chance de ganhar ou fazer um jogo igual para tentar surpreender no final era se a gente fizesse uma partida brilhante. Falei para eles no centro da quadra, depois do jogo, que tínhamos que nos sentir orgulhoso da forma como nos adaptamos ao jogo“, comentou o capitão Marcelinho, que fora homenageado no centro da quadra durante a partida. “Mesmo no meio da partida consegui me emocionar. Cresci no Flamengo torcendo pelo Zico e ser homenageado no meio da quadra, ao lado de outras estrelas da história foi muito gratificante”, finalizou o ala.

Oladipo e Vucevic, destaques do Magic falaram pouco mas comentaram a experiência de estadia no Rio de Janeiro. “Acho que a experiência foi muita boa para nós como equipe fora da quadra, passando um tempo juntos e conhecendo melhor os companheiros. As pessoas aqui são muito receptivas, fomos à praia, jogamos futevôlei e, apesar de não nos entendermos pela língua, conseguimos nos comunicar. A viagem foi uma grande experiência, espero voltar”, disse Vucevic.

Perguntado sobre o croata Hezonja, Vucevic, que é montenegrino, comentou já estar se entendendo com o calouro. “Viemos da mesma região e falamos praticamente a mesma língua, além disso ele é muito talentoso e um cara que gosta de aprender, sempre tem perguntas. Irei ajudá-lo o máximo que puder”, completou o pivô, cestinha da partida com 18 pontos.

* Pedro Moreira foi enviado especial do The Playoffs para o NBA Global Games Rio 2015.