Quase dois meses se passaram desde que os jogadores e funcionários do Milwaukee Bucks se reuniram pela última vez para um jogo de basquete. Apesar disso, todos continuam em contato constante por mensagens e chats.

As únicas exceções são os irmãos Brook e Robin Lopez, porque eles não possuem iPhones. “Eu tenho um Android. Então eu estou meio que fora de sintonia com algo assim”, disse Robin em meio à risadas durante uma entrevista por videoconferências com jornalistas, nesta terça-feira (05).

Quando os jogadores puderem voltar às instalações da equipe e jogar basquete, os irmãos Lopez perderão as piadas, as chamadas do FaceTime e outros comentários no bate-papo em grupo. Algo que não os incomoda nem um pouco. “Nós somos os gêmeos estranhos em nosso cantinho”, continuou o jogador.

Assim como outros times da NBA, os Bucks estão se mantendo em forma com exercícios em casa, enquanto a quarentena persiste, ao mesmo tempo que se mantêm otimistas com o retorno da atual temporada.

Caso a temporada não tenha um final, o armador Pat Connaughton não vê a situação como uma oportunidade perdida, porque ele acredita que a franquia está tentando sustentar o sucesso a longo prazo e não deve ser rotulada como apenas a maravilha de um único “hit”.

“A química que nós construímos durante os primeiros jogos, não foi construída para durar apenas isso. Eu meio que disse coisas semelhantes a isso. A situação contratual de todo mundo é diferente, mas eu acredito que Milwaukee e os Bucks em geral construíram algo que esperamos que durará nos próximos anos”, disse Connaughton.

“Então, eu acho que isso mantém todo mundo otimista. Óbvio que nós queremos terminar o que nós começamos este ano e nós queremos voltar lá e queremos tentar competir por um título, mas eu acredito que não é como se esse fosse o nosso ano. Acho que é maior do que isso. Isso está sendo construído para o futuro. Isso está sendo construído pelos próximos anos e anos e coisas dessa natureza. Então acho que todos nós estamos otimistas e esperançosos de que isso aconteça. A NBA está fazendo tudo o que pode para tentar fazer isso acontecer, assim como a associação de jogadores”, completou o armador.

Giannis, o ‘engraçadinho’ com um contrato máximo?

Durante a coletiva virtual, os jogadores revelaram que Giannis Antetokounmpo, estrela dos Bucks, é a pessoa mais engraçada do grupos de jogadores. “Giannis faz muitas piadas no nosso grupo”, afirmou Eric Bledsoe.

Os Bucks têm um grupo alegre, que até implementou uma rotina pré-jogo no estilo WWE (evento de luta livre americano) antes de cada partida. Portanto, faz sentido que eles gostem de se comunicar dessa maneira, em oposição a videochamadas formais como outras organizações.

“Estamos confiantes na química que construímos. Estamos confiantes nos relacionamentos que mantemos um com o outro na equipe e não acho que esteja vinculado a ter que fazer chamadas de Zoom toda semana para manter contato. Sinto que isso pode ser forçado de tempos em tempos”, falou Connaughton.

“Nunca houve realmente um momento em que você possa fugir sem saber o que vai acontecer. Então eu acho que, até certo ponto, talvez seja um pouco diferente das férias de Dennis Rodman, mas até certo ponto há uma coisa boa”, brincou o jogador.

O Milwaukee Bucks tem US$ 129 milhões em salário comprometido para a próxima temporada. Isso é cerca de US$ 10 milhões abaixo do limite, de acordo com Bobby Marks, da ESPN norte-americana.

Com esse cenário, a franquia pode oferecer a Antetokounmpo o contrato máximo imediatamente. E se ele não aceitar, poderá planejar a temporada 2020-21 com ele em um contrato vencido, a menos que exija uma troca. A equipe também tem decisões de free agent com vários jogadores. Kyle Korver, Marvin Williams e Connaughton serão free agents irrestritos. Wesley Matthews e Robin Lopez têm players options, enquanto Sterling Brown será free agent restrito.

Entretanto, os Bucks estão atentos a uma possível redução no teto salarial como resultado da perda de receita devido à pandemia.

Crédito da Foto: Divulgação/Twitter NBA