Dono dos Timberwolves é processado por não impedir mudança de cidade
Sócio minoritário alega que Glen Taylor não incluiu cláusula no contrato, contrariando suas afirmações. Franquia foi vendida há duas semanas
Nesta quinta-feira (27), o proprietário do Minnesota Timberwolves, Glen Taylor, reafirmou que a franquia não será realocada depois de sua venda. Há cerca de duas semanas, a equipe foi adquirida pelo magnata do e-commerce Marc Lore e pelo ícone do beisebol Alex Rodriguez, por US$ 1,5 bilhão.
Taylor alega ter adicionado uma cláusula no contrato que impede mudanças de sede. Um dos sócios minoritários respondeu levando o caso à justiça, afirmando que essa condição não existe no documento.
O atual dono, que também comanda o Minnesota Lynx, na WNBA, cederá 20% da franquia ainda neste ano. A porcentagem dos novos proprietários irá aumentar progressivamente, até que na temporada de 2023-2024, eles estarão totalmente no comando. Meyer Orbach, um grande empresário do mercado imobiliário, foi quem moveu o processo aos tribunais. Atualmente ele tem as ações de 17% de ambas as equipes.
“Como uma política (das franquias), não comentamos questões legais”, destacou Taylor. “Eu mantenho a minha posição e o meu compromisso de assegurar que os Timberwolves e o Lynx não deixem Minnesota”, ressaltou.
Taylor tem 80 anos, e comprou os Timberwolves em 1994 para impedir a transferência da equipe para Nova Orleans. Desde o início das negociações deste ano, o proprietário ressalta que manter a franquia em Minneapolis é uma condição para a venda. “Não tem porque conversarmos se eles não concordarem com isso”, declarou em entrevista à Associated Press, no dia 10 de abril.
Orbach, que representa o grupo Orbit Sports, se sentiu lesado na negociação e processou as empresas chefiadas por Taylor na quarta-feira (26). O empresário alega que foi incluído nos “direitos de acompanhamento”, uma cláusula que obriga os acionistas menores a vender sua parte junto com a transferência de proprietário.
De acordo com o processo, a cláusula foi colocada sem seu consentimento, mas Taylor nega. O documento também destaca que as negociações com Lore e Rodriguez foram “estruturadas de forma confusa para tentar inscrever os direitos”.
“Taylor não só ignorou a Orbit como estabeleceu – ao contrário do que apontam suas declarações públicas – que não propôs uma ‘venda de controle’ com Lore e Rodriguez neste momento. Ao invés disso, Taylor afirma que qualquer controle sobre a venda poderá ser aplicado nos próximos anos”, denuncia o documento.
A ‘venda de controle’ seria a cláusula que impediria uma transferência das franquias para outras cidades. Logo, segundo a ação, uma transferência poderia acontecer de imediato. Em uma entrevista recente para a rádio WCCO de Minneapolis, Taylor destacou que acredita que a NBA pode barrar uma possível transferência dos Timberwolves para Seattle, cidade apontada como a próxima a receber uma franquia de expansão. Las Vegas é outro mercado cotado como uma das preferências da liga.
Foto: Reprodução Minnesota Timberwolves/Twitter