Com Trae Young inspirado, Atlanta Hawks bate o Golden State Warriors em casa
Além do cestinha Young, todos os titulares pontuaram em dígitos duplos
Em busca de recuperação após uma derrota no meio de semana, o Atlanta Hawks mostrou força e, nesta sexta-feira (25), bateu o badalado Golden State Warriors, em casa, por 121 a 110. O destaque da partida foi o armador Trae Young, que saiu de quadra com 33 pontos e 15 assistências.
Maestro, o craque foi cirúrgico durante o duelo e envolveu os companheiros de time, tanto que todos os titulares pontuaram em dígitos duplos, fator que decidiu a partida em favor da franquia: Danilo Gallinari (25), De’Andre Hunter (11), Clint Capela (19) e Kevin Huerter (20).
Os donos da casa foram superiores em critérios fundamentais do jogo: aproveitamento nos arremessos de quadra (51,7% a 47,8%), chutes de três pontos (37,8% a 34,1%) e lances livres (78,9% a 76,9%). Com o êxito, a equipe respira e volta a sonhar com uma vaga nos playoffs na acirrada Conferência Leste. A equipe ocupa a décima posição na tabela, com 37 vitórias e 37 derrotas.
Sem Stephen Curry, principal jogador da franquia, o Golden State Warriors tentou repetir o triunfo diante do Miami Heat no meio de semana, contudo, não soube parar as jogadas e combater a intensidade do Atlanta Hawks. Klay Thompson, que anotou 37 pontos, comandou a ofensiva ao lado de Jordan Poole, que saiu de quadra com 24 pontos. No entanto, os números individuais não supriram a necessidade de outras peças atuantes.
Os comandados de Steve Kerr ainda foram bem em assistências, onde empataram em 27 a 27 com os Hawks e rebotes ofensivos (47 a 44), mas não deu. O time vive sua pior fase na temporada 2021-22 e corre sérios riscos de perder posições e consequentemente os mandos de quadra nos playoffs, visto que atualmente está apenas três vitórias na frente do Memphis Grizzlies e Utah Jazz. A equipe está na segunda posição no Oeste e soma um recorde de 48 vitórias e 26 derrotas.
O jogo
Com bastante intensidade, o Atlanta Hawks já mostrou de início que tomaria conta do jogo. Embora Trae Young fosse o maestro do show, dividiu as atenções com os coadjuvantes e distribuiu bem as jogadas. Kevin Huerter, Danilo Gallinari e Clint Capela foram alguns dos beneficiados com os passes e liberdade geradas pelo camisa 11.
Trae's handle and assist here with the left hand 😳 pic.twitter.com/sxA5dnmQWO
— Atlanta Hawks (@ATLHawks) March 25, 2022
A movimentação dos Hawks sem a bola, praticamente quebrou a defesa dos Warriors no primeiro quarto, embora o time desse espaço nos contra-ataques. Pelos Warriors, Klay Thompson e Jordan Poole davam as cartas. Ambos eram os gatilhos ofensivos e corresponderam com boas cestas.
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— Golden State Warriors (@warriors) March 25, 2022
Quente no primeiro quarto, com três acertos de longa distância antes dos cinco minutos finais, Klay Thompson também conseguiu dificultar o jogo para Trae Young, entretanto, o armador atraia dobras e assim, fazia passes para seus companheiros castigarem o Golden State Warriors sem nenhuma marcação. Além disso, também levou vantagem nas jogadas mano a mano.
Ice step back pic.twitter.com/VeEKBANJZZ
— Atlanta Hawks (@ATLHawks) March 26, 2022
Os Warriors levaram a pior porque não souberam marcar Young e também exploraram demais a presença de Poole e Thompson no ataque. Os dois armadores praticamente carregaram o time nas costas.
Count 'em up
1⃣, 2⃣, 3⃣, 4⃣ pic.twitter.com/dOcvz4SOa5— Golden State Warriors (@warriors) March 25, 2022
Andrew Wiggins, Draymond Green e Jonathan Kuminga não estavam confiantes e erravam muitos arremessos – por vezes totalmente livres. Apesar do apagão, a dupla Thompson e Poole conseguiram colocar a equipe na vantagem e os visitantes venceram o período.
Fast paced first 12 pic.twitter.com/0Tx6ZTbi38
— Atlanta Hawks (@ATLHawks) March 26, 2022
Mais organizados e menos dependentes de Trae Young, os Hawks voltaram agressivos nas duas extremidades da quadra no segundo quarto. Independente da marcação cerrada de Draymond Green, De’Andre Hunter e Danilo Gallinari estavam quentes e chamaram a responsabilidade de marcar pontos no começo do quarto.
Good take Dre pic.twitter.com/dMoQTodLJ8
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O que dava vantagem para os Warriors eram os pontos de Jordan Poole. O jovem somava 17 pontos apenas até a metade do segundo quarto. Pontuava com chutes de três pontos, infiltrações, arremessos parado, estava com tudo. Nada nos Hawks parecia afetar a intensidade de Jordan Poole.
Jordan Poole's got 20 points
& we've got over a half to play ☔️📺 @NBCSAuthentic pic.twitter.com/oZevRckctu
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Quando não era Jordan Poole, Klay Thompson estava preparado para pontuar para o Golden State Warriors. O camisa 11 entrou de vez na partida e arremessou com muita confiança. Com Poole bem marcado, Draymond Green fez a diferença na movimentação de bola e também na briga por rebotes ofensivos, fato que facilitou os pontos de segunda chance para os comandados de Steve Kerr.
Mesmo com uma marcação pressionando todos os seus movimentos na quadra, Trae Young desequilibrou a partida nos minutos finais do quarto. O ligeirinho chamou os marcadores dos Warriors para dançar e converteu os últimos pontos do seu time. Assim, os donos da casa foram para os vestiários na vantagem. Atlanta Hawks 69, Golden State Warriors 67.
Tough and 1 Trae pic.twitter.com/q1HZ8usbBm
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Inspirados e com mais atenção no jogo coletivo, o Atlanta Hawks não deu espaço para os visitantes no início do terceiro quarto. A pressão foi tanta que os adversários ficaram rendidos e viram o time da casa abrir uma vantagem de 19 pontos seguidos, desde o fim do segundo quarto. Kevin Huerter, Danilo Gallinari e Trae Young estavam querendo jogo.
Logo de cara, Young chamou Klay Thompson para dançar, arremessou de três com tranquilidade e anotou sua bola de três número 700 na carreira, o que deixou a torcida maluca nos assentos.
700 career 3's ❄️ pic.twitter.com/GymTUl8XIA
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Ciente das dificuldades na rotação e trocas defensivas, os Warriors praticamente assistiram os Hawks jogarem no terceiro quarto. A marcação estava frouxa, assim como as jogadas em transição desconexas. Ninguém conseguia marcar Trae Young, que desfilou na etapa como quis.
All part of the plan pic.twitter.com/Ojs6iCXcMH
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Jordan Poole, destaque do primeiro tempo ao lado de Klay Thompson, não jogou bem na volta do intervalo e foi facilmente anulado pela defesa dos Hawks. As jogadas que funcionavam para os Warriors eram cestas fáceis ou jogadas isoladas. Mas o time não se encontrou. Em termos de produtividade, foi o pior quarto. Atlanta Hawks foi superior e venceu o terceiro quarto por 32 a 16.
Time to finish pic.twitter.com/gHyTJhmJAS
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Sumido no terceiro quarto, Jordan Poole ressurgiu no período final com bons passes, intensidade na marcação e sendo mais ativo nos bloqueios. Mas quem chamou a responsa foi Klay Thompson. O armador não teve medo de arremessar e liderou a reação dos visitantes com bons arremessos de três pontos e cuidado na defesa.
Defense ➡️ Offense
📺 @NBCSAuthentic pic.twitter.com/l5PoHLxtaZ
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Poole foi fundamental para a reação dos Warriors. Embora não participasse ativamente do ataque em busca de cestas, ele envolvia seus companheiros com passes e jogadas isoladas. Gary Payton II apareceu para o duelo, sendo um dos poucos a romperem a barreira de dois dígitos em pontos. Foi assim que a equipe encostou no placar faltando apenas cinco minutos no relógio. O cara do Golden State Warriors era Klay Thompson, que pontuava de todas as formas – e chegou a nove bolas de três convertidas.
SCARY HOURS
Klay Thompson has NINE threes ☔️ pic.twitter.com/5TFrSnQO1g
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Ao passo que era marcado por mais de dois jogadores, Trae Young foi inteligente e envolveu ainda mais seus companheiros no jogo. Assim, deixou Clint Capela, Kevin Huerter e De’Andre Hunter sozinhos para prolongarem a vantagem no placar.
Nos minutos finais, o armador ainda mostrou porque é considerado um jogador “frio” nos momentos decisivos. O armador serviu Kevin Huerter no corner e o ala matou a bola de três que sacramentou o duelo. Vitória do coletivo. Atlanta Hawks 121, Golden State Warriors 110.
HAWKS WIN! pic.twitter.com/9I8ME2W9r5
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Foto: Reprodução / Twitter Atlanta Hawks