Com LeBron por trás, quais seriam os 12 ‘ideais’ dos EUA para Paris 2024?
Considerando o recrutamento de LeBron e um elenco equilibrado, veja quem o The Playoffs conta para o Team USA em 2024
A Copa do Mundo de Basquete 2023 da FIBA terminou amarga para os EUA, reconhecidamente o mais talentoso país para o esporte, com a seleção caindo nas semifinais para a campeã Alemanha e perdendo a disputa do bronze para o Canadá, que conseguiu a primeira medalha em sua história na competição.
Com a decepcionante campanha no torneio, aliado ao bom timing do discurso do velocista Noah Lyles, que questionou o porquê dos campeões dos campeonatos nacionais dos Estados Unidos serem considerados “campeões mundiais”, muitos questionamentos recaíram sobre as montagens dos elencos norte-americanos, especialmente os últimos, para as competições internacionais de seleções, especialmente a Copa do Mundo.
Os Estados Unidos são a seleção mais vencedora da Copa do Mundo e das Olimpíadas, mas, claramente, há uma aproximação distinta entre as duas competições. Dono de 16 medalhas olímpicas de ouro de 20 possíveis (contando as Olimpíadas de 1980, que os EUA boicotaram), o Team USA tem levado times com jogadores, ao menos, mais experientes dentro da NBA.
Na Copa do Mundo, a coisa é diferente. Campeã em 2010 e 2014 e dono de cinco ouros no total, mas sem pódio nas últimas duas edições, a seleção das copas comumente tem levado jogadores menos experientes e também na própria NBA. Para se ter uma ideia, Steve Kerr convocou somente três all-stars para a edição de 2023: Anthony Edwards, Tyrese Haliburton e Jaren Jackson Jr., todos pela primeira vez na última temporada, além de todos os atletas não terem experiência na carreira com a seleção principal.
Pensando nas dificuldades apresentadas pelo time dos EUA no histórico recente das Copas do Mundo e contando com as últimas informações sobre LeBron James estar organizando uma “última dança” com a seleção olímpica, tentando recrutar grandes nomes da NBA para Paris 2024, o The Playoffs lança seu potencial “elenco ideal” do Team USA para a disputa das próximas Olimpíadas, dentro das possibilidades e informações mais recentes do que pode se desenhar no próximo ano.
(Foto: Reprodução FIBA Basketball)
Os 12 “ideais” da seleção dos EUA para as Olimpíadas de 2024
Para não simplesmente elencar os 12 melhores da NBA, divididos por posição (armadores, alas e pivôs), pensamos em alguns critérios minimamente plausíveis para termos como resultado uma seleção “ideal”, mas dentro das possibilidades e contando com todas as informações mais recentes, inclusive o recrutamento de LeBron e a própria vontade do astro de fazer parte dessa última corrida.
Além disso, optamos por levar em conta somente jogadores com alguma experiência na seleção principal dos EUA; não considerar o pivô Joel Embiid, camaronês, mas com cidadanias estadunidense e francesa e que se encontra em meio a um “cabo de guerra” pra ver quem leva; e incluir, pelo menos, dois jogadores que participaram da campanha da última Copa do Mundo.
Ouro nas Copas do Mundo de 2010 e 2014, Stephen Curry não tem nenhuma participação em Olimpíadas pelos EUA. O armador do Golden State Warriors parece ter sido o alvo número 1 de LeBron no recrutamento. Não é por menos, já que estamos falando do melhor arremessador da história, que, aos plenos 35 anos, ainda parece viver no auge. Campeão olímpico em 2020, Devin Booker tem se colocado como uma das grandes estrelas da liga abaixo dos 30 anos e teria expressado “sério interesse” em integrar a seleção olímpica. Outro veterano, Jrue Holiday, ouro em 2020, segue como, discutivelmente, o melhor defensor de perímetro da NBA, algo substancial em uma equipe que almeja o título. Mesmo aos 33 anos e com uma player option para lidar na próxima offseason, Holiday seria uma peça indispensável.
Dois jogadores de destaque dos EUA na última Copa do Mundo foram os armadores Tyrese Haliburton e Anthony Edwards. Vindo do banco, Haliburton teve muito minutos e se notabilizou por ser um grande facilitador, ao mesmo tempo que possui também facilidade para pontuar, algo já mostrado na NBA. Edwards, por sua vez, mostrou ter o espírito de representar o país em uma competição internacional, tendo como grande destaque a presença ofensiva nas horas decisivas.
Nas alas, além do bicampeão olímpico (2008 e 2012) e grande nome histórico da NBA e do basquete, LeBron James, o time dos EUA poderá ter um dos principais nomes de sucesso da seleção dos últimos anos em Kevin Durant. KD terá 35 anos na época dos jogos, mas ainda é um ala proeminente na liga e se provou ser um dos grandes jogadores internacionais norte-americanos, com três ouros olímpicos (2012, 2016 e 2020). Jayson Tatum já é uma grande estrela na NBA e um dos poucos que tem uma “carreira” dentro da seleção, com vitórias em mundiais sub-17 e sub-19, além do ouro olímpico em 2020. Fechando o time, Mikal Bridges foi outro destaque no último mundial e poderá ser um desafogo na ala dos dois lados da quadra.
O garrafão foi o grande desafio dos EUA na Copa do Mundo. Com Jaren Jackson Jr. como grande destaque (negativo), os EUA sofreram dentro do garrafão com rebotes e mesmo com proteção de aro, grande trunfo do atual melhor jogador defensivo da NBA, que conviveu constantemente com problema com faltas. Como solução para esses problemas, Anthony Davis, campeão da Copa em 2014, aparece como nome imediato, trazendo um leque completo dos dois lados da quadra.
Os EUA sofrem com pivôs na NBA. Dos 10 primeiros pivôs em pontuação e rebotes da liga, na última temporada, somente dois são norte-americanos: Anthony Davis e Julius Randle. Como Randle não tem experiência na seleção principal, o negócio foi correr para outro bom nome: Bam Adebayo. O ala-pivô do Heat teve médias de 20,4 pontos (oitavo entre pivôs) e 9,2 rebotes (16º entre pivôs), oferecendo defesa consistente, agilidade e capacidade para pontuar próximo ao garrafão. Fechando a lista, ninguém menos do que Draymond Green, amigo e recrutado por LeBron, mas que oferece algo extremamente valioso ao jogo: experiência nos grandes palcos e espírito vencedor.
A equipe final conta com um equilíbrio interessante entre experiência e juventude, com seis jogadores abaixo de 30 anos e seis acima, sendo todos grandes estrelas de suas equipes. Um fato a se observar é que o time não conta com nenhum jogador extremamente jovem, algo comum nas seleções dos EUA para as Olimpíadas.
Minha seleção americana para Paris 2024:
Armadores
Stephen Curry (Golden State Warriors) – 36 anos nas Olimpíadas
Devin Booker (Phoenix Suns) – 27 anos nas Olimpíadas
Jrue Holiday (Milwaukee Bucks) – 34 anos nas Olimpíadas
Tyrese Haliburton (Indiana Pacers) – 24 anos nas Olimpíadas
Anthony Edwards (Minnesota Timberwolves) – faz 23 anos no meio das Olimpíadas
Alas
LeBron James (Los Angeles Lakers) – 39 anos nas Olimpíadas
Kevin Durant (Phoenix Suns) – 35 anos nas Olimpíadas
Jayson Tatum (Boston Celtics) – 26 anos nas Olimpíadas
Mikal Bridges (Brooklyn Nets) – 27 anos nas Olimpíadas
Pivôs
Anthony Davis (Los Angeles Lakers) – 31 anos nas Olimpíadas
Bam Adebayo (Miami Heat) – 27 anos nas Olimpíadas
Draymond Green (Golden State Warriors) – 34 anos nas Olimpíadas
(Foto: Reprodução Twitter / USA Basketball)