O ex-pivô de Toronto Raptors e Miami Heat Chris Bosh disse nesta quinta-feira (09) que tem interesse em se tornar técnico no futuro. Mesmo assim, o 11 vezes All-Star e bicampeão da NBA afirma que não tem pressa para cumprir este objetivo.

De acordo com Ira Winderman, do South Florida Sun-Sentinel, Bosh afirmou que não descartaria a opção de comandar uma equipe de basquete ou fazer parte do front-office de alguma franquia da NBA, mas que não deseja correr atrás do tempo para cumprir seu objetivo e visando estar perto de sua família após anunciar sua aposentadoria em fevereiro de 2019. “Não quero colocar um ponto final nessa história. Alguma situação no front-office ou comissão técnica seria interessante, mas não quero deixar a situação pior e dizer ‘é isso’. Tudo o que eu posso falar agora é que estou concentrado em ser um bom pai e cuidar dos meus filhos. Um dia, se eu tiver mais tempo livre, definitivamente consideraria algumas opções na situação certa e tempo certo”.

Entre os jogadores que fizeram parte do Big Three do Heat entre 2011 e 2014, Bosh é o único que ainda não decidiu se vai seguir carreira no basquete após se aposentar. Dwyane Wade, que se aposentou do basquete após a temporada 2018-19, passou a ser proprietário do Utah Jazz em abril de 2021, e LeBron James, que foi o MVP dos dois títulos conquistados pela franquia de Miami em 2012 e 2013, pretende seguir carreira no empreendedorismo esportivo. Quem também fez parte dos títulos conquistados após quatro anos seguidos indo às Finais foi Udonis Haslem, mas o capitão da equipe da Flórida já disse que não pretende ser técnico após encerrar sua carreira dentro das quadras.

Ao ser perguntado o motivo do desejo que tem em se tornar técnico, Bosh afirmou que deseja colocar suas ideias em prática, mas que gostaria muito de contribuir com o crescimento de alguns jogadores da atual e futuras gerações mencionando seu livro Letters to a Young Athlete, onde traz um tributo à quem o ajudou a sair de baixo para poder fazer parte do Hall da Fama do basquete a partir deste sábado, quando será apresentado por Pat Riley, proprietário do Heat que esteve no front-office na passagem do ex-pivô em Miami, e por Ray Allen, que foi quem recebeu passe do camisa 1 para levar as finais da NBA de 2013 ao jogo 7. “Quero ser capaz de escrever essas ideias. Mas o mais importante para mim é ajudar os jovens atletas e todos em todos os lugares. É isso que estou tentando fazer. Então, eu desejo ajudar às gerações atuais e as gerações que estão por vir”.

Bosh disputou 13 temporadas na NBA após ter sido escolhido na quarta posição pelos Raptors no Draft de 2003, e se aposentou do basquete em 2019 após ter sido dispensado pelo Heat em 2017 devido a coagulação de seu sangue e a NBA ter declarado que a lesão do pivô era uma lesão de fim de carreira, o que permitiria que seu contrato fosse retirado da folha salarial da equipe. Em sete anos em Toronto e seis em Miami, o camisa 4 e 1 registrou médias de 19,2 pontos, 8,5 rebotes, 2 assistências, 1 toco e 0,8 roubo de bola em 35,8 minutos jogados em 893 partidas, o que lhe rendeu 11 seleções ao All-Star Game, dois títulos da NBA, a seleção para o segundo time ideal da temporada 2006-07 e a seleção ao time ideal de novatos da temporada 2003-04 além da entrada no Hall da Fama do basquete na classe de 2021.

Foto: Streeter Lecka/Getty Images