Brittney Griner, bicampeã olímpica pelos Estados Unidos, segue detida em Moscou, na Rússia, onde foi acusada de tráfico internacional de drogas. A estrela do basquete americano enviou uma carta para Joe Biden, o presidente dos EUA, em busca de uma solução para voltar para casa. Já faz cinco meses que ela está no país europeu.

“Enquanto estou sentada aqui, numa prisão da Rússia, sozinha com meus pensamentos e sem a proteção da minha esposa, família, amigos, o uniforme olímpico ou qualquer conquista, estou aterrorizada porque posso ficar aqui para sempre”, diz um trecho da carta enviada de Griner à Casa Branca, que foi divulgada por seus representantes.

Segundo informações de autoridades, o presidente leu a carta. Porém, a esposa de Griner, Cherelle, disse nesta terça-feira (5), em um talk show, que não sabe de notícias sobre alguma atitude de Biden na situação.

“Sei que você [Joe Biden] está passando por muita coisa, mas, por favor, não se esqueça de mim e dos outros detentos americanos. Por favor, faça o que puder para nos trazer para casa. Eu votei pela primeira vez em 2020 e votei em você. Eu acredito em você. Eu ainda tenho tanto de bom por fazer com a minha liberdade, que você pode ajudar a restabelecer”, destacou a jogador na carta.

Ela vem recebendo homenagens nos jogos da WNBA. Além do mais, o comissário da NBA, Adam Silver, já se manifestou sobre o caso e revelou que está trabalhando para libertar Brittney Griner. O julgamento da atleta teve início na última sexta-feira (1) e existe a possibilidade de uma condenação por dez anos de prisão.

Karine Jean-Pierre, secretária de imprensa da Casa Branca, não revelou sobre os planos de Biden no caso, mas ressaltou que o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conversaram com a esposa de Griner recentemente: “Vamos usar todas as ferramentas possíveis para que isso aconteça”, garantiu ela.

Griner é pivô e está com 31 anos. Ela foi draftada e campeã no Phoenix Mercury, da WNBA. A jogadora atuou também pelo basquete russo, no UMMC Ekaterinburg, além de ter conquistado a medalha de ouro no Rio 2016 e em Tóquio 2021, e o título mundial com a seleção americana em 2014 e 2018.

Foto: Reprodução Twitter/Phoenix Mercury