No podcast “House of Strauss”, de Ethan Strauss do The Athletic, Andrew Bogut abriu o jogo sobre o que sentiu na derrota do Golden State Warriors contra o Cleveland Cavaliers, nas finais da temporada 2015-2016. O pivô, que se aposentou no ano passado, resumiu tudo em três palavras: “É uma droga”.

Vale lembrar que os Warriors desperdiçaram uma liderança de três jogos a um, em ano de campanha recorde da temporada regular, 73-9. “Não conseguimos colocar a cereja no bolo e ninguém vai verdadeiramente falar da nossa temporada como um sucesso mesmo sendo histórica em números. A forma como ocorreu, as circunstâncias. Dê todos créditos a Cleveland”, desabafou o ex-atleta.

Foi no quinto jogo que a história daquela final mudou. Os Warriors vinham melhor e eram amplos favoritos para serem os campeões com a melhor campanha da história, até que no jogo 4 Draymond Green foi suspenso após uma falta flagrante 1. O lance aconteceu quando Green foi derrubado por LeBron James e tentou revidar com um tapa no braço do ala, mas não acertou.

No jogo seguinte, Bogut teve uma lesão no joelho no segundo quarto, que o tirou do resto da série. Assim, Steve Kerr teve de escalar o inexperiente Festus Ezeli e os Cavs venceram pela segunda vez. 

Para a primeira escolha do Draft de 2005, foi aí que a chave virou a favor da equipe rival: “O momento das equipes mudou após esses lances”. O pivô australiano também reconhece que no basquete o imprevisível e o indesejável fazem parte. “Essa é a beleza de uma série de sete jogos, certo?”.

Bogut tinha um objetivo nítido nas finais — parar LeBron. Por mais que suas médias nos primeiros quatro jogos fossem de quatro pontos, três rebotes e 1,8 toco em 13 minutos, a estratégia estava sendo bem sucedida. De acordo com o veterano, a sua solidez defensiva no garrafão dava resultado.

“Eu sinto que estava fazendo uma ótima série de finais… Defensivamente eu estava jogando muito bem. Conseguia ter certeza que estava flutuando pelo garrafão e não deixava LeBron fazer cestas fáceis batendo para dentro e enterrando ou dando bandejas por cima de mim”. E detalhou: “Ou eu bloqueava o arremesso, chegando cedo e forçando uma tentativa um arremesso difícil ou uma jogada forçada, ou eu fazia várias faltas em cima dele. Eu sentia que tinha horas que ele ficava olhando para onde eu estava na quadra”.

O australiano ainda brincou sobre querer mudar de assunto. “Isso é amargo para mim até hoje, então eu agradeço se não falarmos muito sobre”.

Foto: Reprodução/Facebook Andrew Bogut