5 motivos para acreditar que o título do Milwaukee Bucks é possível
Lesão de Giannis Antetokounmpo mantém sinal amarelo em Milwaukee, mas equipe tem armas para conseguir desafiar o Phoenix Suns
Phoenix Suns e Milwaukee Bucks fazem uma das finais mais equilibradas da NBA neste século, mas as dúvidas sobre as condições físicas de Giannis Antetokounmpo acabam por dar o favoritismo nessa decisão para a franquia do Arizona.
Mesmo assim, Milwaukee chegou nas finais da NBA com Jrue Holiday e Khris Middleton sendo decisivos nesses playoffs e com uma defesa que conseguiu ser fundamental para eliminar o Brooklyn Nets de Kevin Durant e o Atlanta Hawks de Trae Young.
O The Playoffs lista agora cinco motivos para acreditar no título do Milwaukee Bucks.
Foto: Reprodução Twitter/NBA
GIANNIS ANTETOKOUNMPO
O primeiro ponto chave nessa série é justamente o artigo mais nebuloso dentro dessa final. Giannis sofreu uma hiperextensão no joelho esquerdo após uma dividida com Clint Capela no garrafão, mas desde a última semana voltou aos treinamentos em Milwaukee.
Segundo o repórter Shams Charania, do The Athletic, o ala está listado como dúvida para o primeiro jogo desta final, algo que de certa forma é animador para o torcedor dos Bucks.
A presença de Antetokounmpo é fundamental nas duas pontas da quadra. Nos dois confrontos entre Suns e Bucks na temporada regular, o ala foi o cestinha dessas partidas, com 80 pontos somados nesses jogos.
Mesmo com Jae Crowder como um defensor regular para o grego, Giannis fisicamente deve encontrar espaços dentro do garrafão dos Suns, que não deve usar dobras no grego o tempo inteiro justamente pelo perigo adicionado que Jrue Holiday dá aos Bucks.
Se no ataque a presença de Giannis é fundamental, na defesa não fica por menos. A presença do grego permite que Brook Lopez possa jogar mais perto do aro (movimento de drop) e sem o ala, o pivô teria que atacar mais acima as infiltrações dos Suns, um confronto que deve ser muito favorável aos arremessos de média e curta distância de Chris Paul e Devin Booker.
DEFESA
Até pelas lesões nos elencos do Los Angeles Lakers e do Los Angeles Clippers, a defesa do Milwaukee Bucks é o principal desafio defensivo que o Phoenix Suns vai enfrentar nesses playoffs.
A dificuldade já começa com a presença de Jrue Holiday, possivelmente o melhor defensor de perímetro da NBA. Mike Budenholzer pode utilizar essa agressividade de Holiday de diversas formas, podendo o armador marcar tanto Chris Paul quanto Devin Booker.
Já P.J. Tucker demonstrou contra Kevin Durant quão duro pode jogar dentro de uma quadra de basquete. Como os Suns não atuam muito com um ala de força, Tucker pode ser utilizado mais livre na defesa, seja como reforço dentro do garrafão ou como complemento nas dobras no perímetro.
Dentro do garrafão a presença de Giannis Antetokounmpo por si só já é desafiadora, mas Brook Lopez perto do aro também é um defensor de elite e vai proporcionar uma batalha interessante para Deandre Ayton.
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REBOTES
Esse é mais um item em que a presença de Giannis Antetokounmpo se torna fundamental. Milwaukee está na frente dos Suns em rebotes totais (49,9 a 44,1), rebotes ofensivos (12,7 a 8,3) e rebotes sofridos (42,2 a 42,6) na pós-temporada.
Por mais que os Suns tenham toda a potência física de Deandre Ayton, os Bucks têm uma série de jogadores agressivos na tábua para punir o adversário dessa forma, muito por Giannis ‘puxar’ o reboteiro primário das equipes e permitir que nomes como Brook Lopez e P.J. Tucker possam ‘flutuar’ para atacar a bola.
Por isso, Monty Williams vai precisar traçar um plano de jogo detalhado dentro do garrafão. Na defesa, para não permitir pontos de segunda chance e conseguir rapidamente pontuar na transição. Já no ataque, o Miami Heat adotou uma tática interessante contra Milwaukee nos playoffs do ano passado, que foi justamente deixar de buscar o rebote ofensivo em toda bola para rapidamente regressar à defesa e impedir o ataque em transição. Essa tática pode ser uma opção para os Suns em alguns momentos dessa final.
ROTAÇÃO DO GARRAFÃO
A profundidade do núcleo de armadores e alas de Phoenix é notável, mas o mesmo não acontece no garrafão da equipe de Arizona.
Por mais que Torrey Craig e Dario Saric sejam jogadores regulares, nenhum deles pode servir de complemento na defesa ou no ataque. Caso Deandre Ayton e Jae Crowder sofram com problemas de faltas, Milwaukee deve castigar o poste baixo dos Suns nessas ausências.
Diferente do que foi visto na série contra o Brooklyn Nets, Mike Budenholzer deve utilizar mais a presença de Bobby Portis em quadra. Mesmo sendo um defensor apenas regular, o ala-pivô tem sido uma grata surpresa no ataque e tem liderado a segunda unidade dos Bucks em pontos.
O desafio para os Suns é justamente ser agressivo contra Brook Lopez, forçando as jogadas de mid-range contra a lentidão do pivô e tentar jogar contra ele o mínimo possível, fazendo assim com que Milwaukee tenha que apostar em um time mais baixo em quadra.
Foto: Stacy Revere/Getty Images
BATISMO DE FOGO
Por mais que Jae Crowder seja o único atleta em quadra com experiência em uma final de NBA, o elenco de Milwaukee carrega maior experiência em decisões nos playoffs que o do Suns.
Chris Paul tem uma larga experiência em playoffs, mas Devin Booker, Deandre Ayton, Mikal Bridges, Cam Payne e cia estão disputando pela primeira vez a pós-temporada e em todas as séries conseguiram evitar momentos de grande pressão, fugindo dos fatídicos jogos 7.
Já o elenco de Milwaukee foi literalmente batizado no fogo nas últimas temporadas, com Giannis Antetokounmpo e Khris Middleton passando por eliminações traumáticas e tendo com Jrue Holiday a vitória heroica contra Brooklyn Nets no jogo 7 das semifinais da Conferência Leste neste ano.
Essa falta de experiência decisiva para os Suns pode ser um fator chave dentro da série, ainda mais se Milwaukee conseguir manter os confrontos parelhos.