5 motivos para acreditar no título do Boston Celtics nas finais de 2022
Equipe de Boston chega às finais após 12 anos e busca motivos para acreditar na vitória sobre o Golden State Warriors
A partir desta quinta-feira (2), Golden State Warriors e Boston Celtics se enfrentam para decidir o campeão da temporada 2021-22 da NBA. As equipes já protagonizaram uma decisão antes, em 1964, e Boston venceu por 4 a 1.
Na atual temporada, os Celtics não eram tidos como favoritos ao título, e começaram mal a competição. Em janeiro, a equipe tinha campanha negativa até iniciar uma das mais surpreendentes reviravoltas da história recente e buscam, agora, fechar essa história com chave de ouro.
O The Playoffs lista agora cinco motivos para acreditar no título do Boston Celtics.
(Foto: Twitter/Boston Celtics)
VANTAGEM FÍSICA
Um dos pontos mais fortes e característicos da equipe de Boston, ao longo de toda a temporada, é sua fisicalidade.
No quinteto titular, Robert Williams III e Al Horford formam a dupla de pivôs do time. Juntos, são responsáveis por defender o garrafão da melhor defesa da liga, sendo ainda vitais para os rebotes defensivos e ofensivos.
Do banco, Boston conta com Grant Williams, excelente defensor e que tem um físico capaz de limitar o estrago até de Giannis Antetokounmpo, e com Daniel Theis, pivô que não atuou muito na última série, mas que deve receber alguns minutos nas finais, especialmente se Rob Williams continuar sentindo dores.
No restante do elenco, em comparação com os Warriors, Boston também leva vantagem. Jayson Tatum, Jaylen Brown, Derrick White e Marcus Smart são capazes de se impor fisicamente contra jogadores de todas as posições.
Com isso, os Celtics podem explorar matchups no ataque contra Stephen Curry, Klay Thompson e Jordan Poole, jogadores mais frágeis defensivamente.
Para os Warriors, os rebotes ofensivos vêm sendo cruciais na campanha durante os playoffs, e Kevon Looney e Andrew Wiggins lideram a pós-temporada em números totais. Porém, Golden State ainda não enfrentou um adversário com a estatura de Boston, e não deve ter o mesmo sucesso.
Porém, a maior vantagem aparece do outro lado da quadra, e é o segundo motivo de uma possível vitória celta.
DEFESA
Em complemento com a parte anterior, a defesa de Boston foi a melhor da temporada regular e vem sendo ainda mais eficiente na pós-temporada. Com base na fisicalidade de seus jogadores, o time tem uma defesa mais completa que a dos Warriors, e é capaz de se ajustar a diferentes estilos de ataque.
Com a força de Horford e Williams III no garrafão, a equipe protege muito bem o aro. Nesse sentido, isso deve ajudar a conter os cortes e infiltrações do ataque de Golden State, que se utiliza muito desses movimentos para conseguir vantagens lá dentro.
No perímetro, o elenco se completa muito bem, e isso faz com que Boston seja capaz de trocar a marcação sem muitos problemas, fator crucial contra os Warriors, que utilizam muita movimentação e screens para encontrar arremessos livres de três pontos.
Com as trocas na defesa, a tendência é que os Celtics tirem essa vantagem, e a equipe da Califórnia deve ter maiores dificuldades para encontrar um bom arremesso.
Outro importante fator que a fisicalidade proporciona é que não há ninguém no elenco celta que possa ser explorado por um ataque, como pode ocorrer com Curry e, principalmente, Poole.
O único elo fraco da defesa celta está no reserva Pritchard, jogador que destoa do restante do elenco. Mesmo assim, os Warriors nunca foram, sob o comando de Steve Kerr, uma equipe que “caça” um jogador, tentando explorar suas fragilidades.
O ponto forte da equipe é sua filosofia ofensiva de muito movimento, screens e cortes, gerando bons arremessos independente de quem os marca.
Por isso, Pritchard não deve ser um peso para Boston e, mais do que isso, deve voltar a ter mais minutos do banco do que teve contra o Heat, sendo utilizado como um bom arremessador e que pode aliviar a pressão de possíveis dobras em Tatum.
RETROSPECTO RECENTE
Apesar da sequência impressionante da equipe de Boston desde janeiro, não é dessa sequência que falamos, e, sim, do sucesso recente que a equipe possui quando enfrenta os Warriors.
Desde que Steve Kerr se tornou técnico de Golden State, em 2014, os Celtics são a única equipe com um recorde positivo contra a equipe da Califórnia. Nesse período, foram 16 confrontos, com nove vitórias celtas e sete para os Warriors.
Além disso, nesta temporada a equipe de Boston foi a única a conseguir segurar o ataque liderado por Curry a menos de 100 pontos por partida.
Não significa que isso se repetirá nos jogos das finais, mas demonstra que, ao longo dos últimos anos, o Boston Celtics vem sendo a equipe que melhor enfrenta os Warriors e, no momento decisivo, a equipe não vai ter medo de encarar Curry e companhia.
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Apesar de não possuir o mando de quadra para a série que definirá o campeão da temporada, Boston não deve sentir tanta diferença.
Se de um lado os Warriors ainda não perderam na pós-temporada jogando no Chase Center, do outro os Celtics já venceram sete partidas jogando longe do TD Garden, incluindo o jogo 6 em Milwaukee, quando perdiam por 3 a 2 na série, e o jogo 7, em Miami, na final do Leste.
AL HORFORD
Todos sabem que as estrelas de Boston são Jayson Tatum e Jaylen Brown, cestinhas da equipe e jogadores mais importantes. Além deles, Smart geralmente é o terceiro jogador de maior destaque. Porém, o fator que pode ser decisivo nessa série chama-se Al Horford.
Em sua primeira final da carreira, quebrando a marca de jogador com mais partidas disputadas em playoffs até alcançar a série decisiva, o dominicano é fundamental para o sucesso de sua equipe. Por sua liderança e versatilidade no ataque e na defesa, não é exagero nenhum afirmar que sem ele Boston já estaria eliminado da pós-temporada.
Para essa série, Horford ganhou um descanso maior entre as partidas, crucial para o veterano, e deve retomar o bom ritmo que tinha no ataque até o final da disputa com o Miami Heat.
Para além de sua contribuição no ataque, o pivô é chave na leitura do ataque adversário, protegendo o garrafão, cortando linhas de passes que buscam possíveis infiltrações e até mesmo trocando marcação no perímetro, podendo diminuir o estrago causado pelas bolas de três dos Warriors.
Por fim, a liderança. Em um elenco tão jovem, mas que já passou por tantas adversidades, a voz de liderança e experiência de Horford será crucial para enfrentar uma equipe tão acostumada a esses momentos, como os Warriors.
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