A derrota cai nas graças brasileiras pela 1° vez no Mundial de Basquete
Em quadra, Brasil assiste a Espanha vencer com 19 pontos de diferença
As esperanças brasileiras de medalha neste 17° Mundial de Basquete podem estar com os dias contados. Isso, caso o Brasil tenha a mesma postura que teve nesta segunda-feira (01/09) nos próximos jogos. Apesar de cotado como uma das prossíveis finalistas e ter vencido os dois primeiros jogos, a seleção foi massacrada pelos espanhóis com um placar de 82 a 63.
Com a maestria do grande jogador (em todos os sentidos) Pau Gasol, dono dos 2,15m de altura e de 26 pontos no jogo, os anfitriões literalmente pisaram nos brasileiros. Foram 10 cestas de 3 pontos espanholas.
Era reclamação de um lado, era de outra. E o Brasil não soube ter a calma e a determinação de ignorar essas distrações espanholas. E indo na onda deles, os brasileiros não impuseram o ritmo verde amarelo. Mais uma vez, os lances-livres fizeram falta. O aproveitamento que vinha crescendo nos dois últimos jogos (67% e 58%), caiu novamente. Foram 53% de acertos nesta segunda-feira. Mas esse não foi o pior.
O maior erro brasileiro foi ter deixado a Espanha fazer 30 pontos no primeiro quarto, sendo 12 de Pau Gasol. Fato que deu moral ao jogador que destruiu fazendo 26 pontos (só não foi mais do que contra o Irã em que ele converteu 33). A verdade é que o Brasil tem que fazer as pazes com os primeiros minutos dos jogos da Copa do Mundo de Basquete. Começou perdendo todas partidas até o momento. Foi assim contra a França, o Irã e, agora, a com Espanha.
No segundo quarto, a história parecia mudar. Com uma marcação forte e precisa, até conseguiram segurar um pouco o “pivôzão” Paul nos minutos iniciais. Varejão (10), Leandrinho (11) e Marcelinho Huertas (8) foram os “menos piores” em quadra e até acertaram alguns pontos. Mas, Pau e seus companheiros continuaram na frente.
Ainda havia esperança. Mas, depois do intervalo, a situação foi por água abaixo. Piorou. Se é que havia como piorar.
O Brasil parecia ter tomado sonífero e desistido. Não tinha garra, organização… Nem a marcação, que havia sido o diferencial nos jogos anteriores, funcionou. Deixaram os espanhóis deitarem e rolarem em quadra. Este parecia até estar brincando de tourada com os brasileiros. Não foi surpresa o jogo acabar em 82 a 63.
O próximo desafio será contra a Sérvia, outro adversário duro nessa primeira fase do grupo A. Mas o Brasil tem um dia para descansar e colocar a cabeça no lugar. Repensar e muito sobre a falta de garra, de confiança, de coragem, de determinação, de marcação, de pontarias certeiras… Ou seja, de voltarem ao normal.
O quarto jogo será na quarta-feira (03/09), às 13h, em Granada, contra os sérvios. O Brasil precisa ganhar para voltar a ter moral no Mundial de Basquete e continuar sonhando com uma medalha.