Com grande jogo de Scola, Argentina domina França e volta à final depois de 17 anos
Com 28 pontos, ala-pivô de 39 anos é cestinha do duelo contra os franceses e adversário na finalíssima será a Espanha
Bom aproveitamento nos tiros de três e uma defesa implacável. Assim a Argentina carimbou o seu passaporte para a final da Copa do Mundo de Basquete FIBA ao derrotar a França por 80 a 66, nesta sexta-feira, na China.
Os hermanos chegam pela terceira vez à decisão do Mundial, sendo que a última vez tinha sido em 2002, nos EUA, quando perderam para a Iugoslávia (hoje Sérvia). Seu adversário na finalíssima em solo chinês será a Espanha, que passou pela Austrália na outra semifinal, em duelo de duas prorrogações. Quem vencer levantará o caneco pela segunda vez em sua história.
Com Manu Ginóbili e Kobe Bryant sentados ao lado da quadra, Luís Scola, Facundo Campazzo e Gabriel Deck comandaram os albicelestes na classificação. Ala-pivô do Shanghai Sharks, Scola foi o cestinha do jogo com 28 pontos e 13 rebotes (duplo-duplo). Já Campazzo foi responsável por 12 pontos, pegou 7 rebotes e deu 6 assistências, enquanto o ala Deck anotou 13 pontos.
Pelo lado francês, Evan Fournier e Frank Ntilikina, dois jogadores de NBA, anotaram 16 pontos, enquanto Nando De Colo foi responsável por 11 pontos.
O JOGO
O primeiro quarto começou com os hermanos dominando as ações, chegando a abrir 10 a 2 antes da metade do período, obrigando o técnico Vincent Collet pedir tempo para arrumar a casa. O destaque dos 10 minutos iniciais ficou para Luís Scola, que anotou 10 pontos e os argentinos terminaram com três pontos de vantagem: 21 a 18.
Na parcial seguinte, a França começou melhor e anotou seis pontos seguidos contra dois da Argentina. Com três minutos do quarto seguinte, a França enfim liderou em algum momento. Fournier foi para a cesta e colocou 24 a 23 no marcador. A frente francesa durou pouco. Campazzo foi ousado ao olhar para um lado e fez o passe para Gabriel Deck, que estava do outro lado. Os dois pontos de Scola no lance livre deixaram os sul-americanos com seis pontos de vantagem.
As duas equipes trocaram munições, com os franceses ficando a dois pontos, graças a cesta de Ntilikina, mas Campazzo anotou mais cinco, com direito a um tiro de três a poucos segundos do final. Os hermanos foram para o intervalo com 39 a 32 no score.
No terceiro período, as duas equipes converteram mais os tiros de três pontos. Albicy e os três lances livres de Fournier colocaram a França no jogo, mas Vildoza e Scola deixaram os argentinos com uma confortável vantagem de 14 pontos a menos de 6 minutos para o fim.
Além da superioridade no ataque, os hermanos se postavam bem na defesa, cometendo poucas faltas e obrigando o adversário a errar no ataque. Fournier tentou recolocar os europeus na parada, mas Gabriel Deck tratou de colocar as coisas em ordem, aumentando a vantagem para 15 pontos. Ntilikina buscou dar vida aos europeus com uma bola de três, mas Campazzo estava em jornada inspirada e converteu mais duas bolas de três. A França, respondeu na mesma moeda, mantendo o domínio no duelo e bom aproveitamento nos tiros de três pontos.
Nos segundos finais, o francês dos Knicks fez bela bandeja e diminuiu um pouco o prejuízo, deixando os europeus com prejuízo de 12 pontos.
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Os 10 minutos finais tiveram M’Baye matando uma bola de três pontos, dando um respiro aos franceses e a diferença caindo para nove. Mas pouco depois, Laprovittola ficou livre no perímetro e mandou um tirambaço para não permitir uma reação imediata do adversário. Ntilikina jogava sozinho com mais uma pontuação e passe para a cravada de Gobert, e a pontuação despencava para oito. No entanto, Scola recebeu de Laprovittola e os 10 pontos se mantinham.
A menos de sete minutos, os argentinos ficaram pendurados em faltas, mas os franceses tiveram pouco aproveitamento nos lances livres, convertendo apenas dois em seis tentativas nos últimos dois minutos. Com dois pontos de Deck e cinco de Scola, a vantagem argentina subiu para 15 pontos e a classificação era questão de tempo, pois os franceses continuavam errando lances livres.
Fournier buscou dar um respiro aos europeus com mais uma bola de três, mas o dia era azul celeste e branco e Deck anotou os últimos pontos. A Argentina está na final, para festa do torcedor, que marcou presença no ginásio em Pequim.
As duas equipes voltam às quadras chinesas neste domingo (15). Os argentinos farão a final contra a Espanha. Já a França tentará o terceiro lugar contra a Austrália.
Foto: Divulgação/FIBA