[TESTAMOS] O realismo do novo MLB The Show 21 impressiona
Jogo da San Diego Studio chegou ainda mais próximo da realidade e traz experiencia completa para o fã da MLB nos games
Na última semana, a San Diego Studio lançou o novo MLB The Show 21, desta vez com uma grande novidade. Depois de muitos anos exclusivo como um game dos consoles PlayStation (PS4 e PS5) – afinal a produtora do jogo é uma divisão da Sony Interactive Entertainment – o jogo também chegam paras os consoles da Microsoft (Xbox One, Xbox Series X e Xbox Series S).
E graças ao um agrado da PlayStation com o The Playoffs, que nos cedeu um código para baixar o jogo completo, pudemos testar a novidade no PS4 e não ficamos decepcionados.
O jogo está muito mais próximo da realidade do que era antigamente. Por exemplo, o gameplay no campo externo – um sério problema em edições passadas – é muito mais agradável. Antes era impossível roubar um home run e conseguir um flyout era irritantemente constante. Na edição 20, a SDS já havia conseguido trazer o efeito do vento às rebatidas, mas neste ano ficou aprimorado, um flyout não é mais automático e rebatidas pra bases extras ficaram bem mais plausíveis se você conseguir fazer um bom contato com a bola.
Já quanto a roubar um home run, ainda é difícil, mas dependendo de sua habilidade e da capacidade de defesa do jogador que você estiver controlando, é finalmente possível. Basta se posicionar corretamente e ter um bom timing para pular na bola. Eu jogo o MLB The Show desde a versão 10 – no PS2 – e nunca havia conseguido roubar um home run, mas poucas horas jogando a versão 21, consegui roubar um de Christian Yelich, do Milwaukee Brewers, com Jason Heyward, do Chicago Cubs.
Outra novidade na jogabilidade é o Pin Point Pitching. Que é basicamente uma nova forma de fazer arremessos, dando a opção de sair do modo de dois cliques – que ainda é possível utilizar se for de sua preferencia – para fazer o lançamento de uma forma que se aproxima da dificuldade de um pitcher da vida real.
O sistema consiste em fazer o desenho que aparecer na tela com o joystick de seu controle – como se fosse uma tela de desbloqueio do celular – os desenhos vão variar para cada tipo de arremesso e para cada tipo de mecânica de cada arremessador. A ideia é muito interessante e traz um nível de realismo no arremesso muito grande, mesmo quando jogando no nível de iniciante.
O único problema é que você vai demorar muito para totalmente controlar essa nova mecânica se você não for um jogador experiente ou com pouca habilidade no joystick. Arremessadores submarinos, como Tyler Rogers, do San Francisco Giants, foram simplesmente impossíveis de acertar a strike zone.
(Foto: Reprodução Twitter/MLB The Show)
ROAD TO THE SHOW
O modo “Road To The Show” continua como um dos mais interessantes do jogo. Diferentes de outros anos, em que você criava seu jogador logo de cara, o modo já começa com o momento em que você é draftado por uma franquia da MLB. É possível escolher qual franquia irá te selecionar logo na primeira conversa do modo, mas deixar o destino decidir me pareceu mais interessante – acabei sendo selecionado pelo Detroit Tigers.
Com o time definido, o jogo irá te botar para conversar com o treinador do time do time de double-A da franquia que te escolher e ele irá indicar a grande novidade do modo. O TIME QUER QUE VOCÊ SEJA UM TWO-WAY PLAYER COMO SHOHEI OTANI. Obviamente você pode declinar essa opção e escolher ser apenas um pitcher ou um rebatedor – podendo também escolher sua posição no campo.
Caso você opte por ser um two-way player, um pouco mais pra frente no jogo você será perguntado se quer ser um arremessador titular ou se deseja jogar como closer.
O desenvolvimento do jogador também é muito divertido. Conforme você vai avançando no calendário, o modo te dá chances de treinar além do campo – às vezes de forma automática, às vezes de forma manual, com minigames divertidos, tirando a monotonia para fazer seu jogador nível 56 se transformar em um cara com rating 99.
DIAMOND DYNASTY
Confesso que não joguei muito o modo Diamond Dynasty nas edições passadas, por não ter muita paciência para começar com um time ruim e ir evoluindo ele com o tempo, conforme você vai conseguindo abrir packs e mais packs. Mas graças ao código enviado pela PlayStation, recebemos um Diamond Pack que continha vários jogadores interessantes, inclusive dois packs para selecionar dois astros lendários – optei por ter Jackie Robinson e Aaron Hank em meu lineup. Sem sombra de dúvidas darei uma chance a essa modalidade este ano.
A grande novidade entretanto está ligada ao modo Road To The Show. Pela primeira vez o usuário poderá utilizar seu jogador personalizado nos dois modos, facilitando o desenvolvimento do seu personagem próprio.
FRANCHISE MODE
Assim como em todo o jogo, a interface utilizada pela San Diego Studio ajudou muito a jogabilidade deste modo – que é o meu favorito. Agora não é preciso mudar várias telas para conseguir mexer em seu lineup, ver seus jogadores machucados, fazer trocas ou iniciar uma partida. Está tudo ali, na primeira tela, com fácil visualização.
O fato do jogo também incluir prospectos reais – não todos, mas uma boa quantidade deles – é sem dúvidas muito divertido. Não demorei muito para fazer uma troca para trazer Eric Pardinho para o Chicago Cubs, e agora estou tentando evoluir seu rating para levar o brasileiro para a MLB no game.
Outra novidade dentro do modo é o Stadium Creator, que permite a você criar um estádio do zero! Montar os arredores do estádio, dimensões do outfield, telão, arquibancada – tudo, literalmente tudo que se possa imaginar. Infelizmente não pude testar essa novidade porque ela está disponível apenas para os consoles da nova geração – PS5, Xbox Series X e XBox Series S – mas a ideia é maravilhosa.
Para aqueles que sonham em resolver os problemas de estádio do Oakland A’s ou do Tampa Bay Rays – chegou a hora. No meu caso terei que esperar mais um agrado, porque o PS5 ainda está fora da minha capacidade financeira – fica a dica Sony!