[PRÉVIA] A Divisão Leste da Liga Americana da MLB em 2020
New York Yankees tenta bicampeonato da AL Leste; sem alarde, Tampa Bay Rays pode surpreender
O New York Yankees, depois de sete anos, voltou a vencer a Divisão Leste da Liga Americana – seu 19º título de divisão. Em 2019, mesmo com parte do elenco tendo que passar pelo departamento médico, os Bronx Bombers dominaram seus adversários de divisão e ficaram perto de disputar mais uma World Series. Neste novo ano, entram como favoritos para o bicampeonato da AL Leste e sonham em vencer sua 28ª World Series. Porém, os Yankees não estão sozinhos na disputa.
Sem fazer muito alarde, Tampa Bay vai se colocando como uma força a ser considerada dentro da Divisão Leste da Liga Americana. Terminou a última temporada regular com sete jogos de desvantagem para os Yankees na classificação e se provou um adversário incômodo para os Astros na pós-temporada, vendendo caro a vaga na ALCS; neste novo ano, os Rays seguem firmes, com chances de irem ainda mais longe e frustrar os planos de novo título dos nova-iorquinos.
Boston segue com um ataque relevante, mesmo sem uma parte importante dele nos últimos anos: Mookie Betts. Sua rotação titular sofreu um duro golpe, perdendo jogadores para outros times e tendo que lidar com problemas médicos consideráveis. Sem muitas esperanças de irem aos playoffs neste ano, os Red Sox precisarão deixar o escândalo envolvendo seu ex-manager Alex Cora para trás e focar no jogo, se quiserem superar os desafios pelo caminho.
O Toronto Blue Jays ainda não entra na disputa por prêmios maiores nesta temporada incomum. Entretanto, a equipe deposita suas esperanças de um futuro brilhante em um lineup jovem e muito interessante (liderado pelo trio Vladimir Guerrero Jr, Cavan Biggio e Bo Bichette) e uma rotação de arremessadores renovada, agora contando com o ex-Los Angeles Dodgers Hyun-Jin Ryu no grupo titular.
Por fim… o que falar do Baltimore Orioles? Não há razão para acreditar em ano positivo da franquia (ter menos jogos para perder em 2020 conta?). O time é jovem, não conta mais com alguns nomes da última temporada, tem o seu principal jogador (Trey Mancini) afastado dos campos por conta da luta contra um câncer e vai demandar muita, mas muita paciência de sua legião de torcedores. Será mais uma temporada difícil dos Orioles, que não ganham a Divisão Leste da Liga Americana e não sabem o gosto de uma vitória nos playoffs desde 2014.
Dito isso, confira como vem a AL Leste em mais uma prévia do The Playoffs para a MLB 2020.
BALTIMORE ORIOLES
Campanha em 2019: 54-108 (5º na Divisão Leste da Liga Americana)
O Baltimore Orioles vem de temporadas pífias nos últimos três anos, sempre segurando a lanterna da divisão e chegando ao ponto de registrar algumas de suas piores campanhas em temporadas com 162 jogos; foram apenas 47 vitórias em 2018 e outras 54 em 2019. Em um difícil processo de reconstrução, o time não tem mais as presenças de nomes conhecidos como Jonathan Villar (agora nos Marlins) e Dylan Bundy (nos Angels), perdendo ainda Mark Trumbo (agente livre) e não podendo contar com Trey Mancini, seu principal jogador ofensivo, afastado a fim de se recuperar de um câncer.
A franquia dispõe de um elenco formado por jogadores com algum nível de experiência na MLB e de jovens promessas, exigindo muita paciência dos torcedores. Chegaram reforços em Baltimore, como o shortstop Jose Iglesias e o arremessador Wade LeBlanc, mas não há nenhuma adição de maior peso.
O ataque dos Orioles foi o 10º pior da liga em aproveitamento no bastão (24,6%, mesma porcentagem de Phillies e Brewers) nem de longe impressionando; o WAR do time de Baltimore (6.4) foi o terceiro pior de toda a MLB, ficando na frente apenas de Tigers (-2.6) e Marlins (2.6), bem longe da estatística dos odiados Astros (40.8), dos Dodgers (34.8) e dos Yankees (32.7).
A responsabilidade de tentar injetar ânimo no lineup dos Orioles – sem Mancini – vai cair nos ombros de Renato Nunez, Hanser Alberto, Austin Hays e Anthony Santander. Chris Davis precisa aparecer também, é bom destacar.
No montinho, o canhoto John Means vivenciou uma boa temporada de novato em 2019 (nomeação como All-Star, 12 vitórias creditadas) e ainda possui potencial de crescimento, caso saiba aproveitar. Outro nome a se mencionar é o do destro Alex Cobb, que se recupera de cirurgias recentes e pode ter muito a oferecer, se permanecer saudável. Além deles, Asher Wojciechowski, Wade LeBlanc e Kohl Stewart completam o conjunto de arremessadores, que ainda depende de melhorias. Os Orioles não possuem grandes aspirações para 2020, com projeções (nada otimistas) girando em menos de 25 vitórias.
Provável lineup: Hanser Alberto (2B), Jose Iglesias (SS), Anthony Santander (LF), Renato Nunez (DH), Chris Davis (1B), Austin Hays (CF), Rio Ruiz (3B), D.J. Stewart (RF), Pedro Severino (C)
Melhor rebatedor: Renato Nunez, com alto número de home runs (31) na sua primeira temporada completa em Baltimore, mostrou muito potencial e deve disputar o protagonismo no lineup com Hanser Alberto. Em 599 aparições no home plate em 2019, Nunez apresentou uma média de 23,9% de strikeouts sofridos e rebateu um home run a cada 5,1 at-bats.
Provável rotação: John Means, Alex Cobb, Asher Wojciechowski, Wade LeBlanc, Kohl Stewart
Provável closer: Mychal Givens (11 saves em 2019, ERA de 4.57)
Melhor arremessador: John Means, melhor arremessador da rotação em 2019, com ERA de 3.60 e WHIP de 1.14. Vindo de sua primeira temporada completa como titular e sendo nomeado como All-Star na Liga Americana, tem condições de evoluir seu nível de jogo e ser o líder de uma rotação repleta de altos e baixos.
Manager: Brandon Hyde (desde 2019/54 v-108 d)
Briga por: fugir de segurar a lanterna (missão quase impossível…)
Projeção de posição na divisão: 5º lugar
Foto: Reprodução Twitter/Baltimore Orioles
TORONTO BLUE JAYS
Campanha em 2019: 67-95 (4º lugar na Divisão Leste da Liga Americana)
O Toronto Blue Jays terminou a temporada 2019 com o quinto pior retrospecto da MLB. Entretanto, o incomum ano de 2020 traz um ambiente mais animado ao time de Toronto. Vladimir Guerrero Jr entra em sua segunda temporada como profissional, tendo potencial para grandes feitos na liga. Falando de potencial, os canadenses esperam que os infielders Bo Bichette e Cavan Biggio continuem crescendo neste novo ano. Quem também deve dar as caras no time principal dos Blue Jays durante a temporada é Austin Martin, selecionado pela franquia na primeira rodada do Draft de 2020.
Entre os arremessadores, Toronto garantiu a aquisição do sul-coreano Hyun-Jin Ryu; Ryu vem de um dos melhores anos da carreira na MLB, jogando pelos Dodgers. A rotação canadense ainda tem as adições de Tanner Roark (ex-Reds e A’s) e Chase Anderson (ex-Brewers). Junto de Ryu, Roark e Anderson, Matt Shoemaker precisa recuperar o ritmo de jogo após uma lesão encerrar sua última temporada precocemente e Trent Thornton tem a chance de se provar como um bom nome – em Toronto ou em outra equipe.
No atribulado bullpen, a novidade é a chegada do japonês Shun Yamaguchi, vindo do Yomiuri Giants (NPB). Yamaguchi, dependendo de como o jogo evoluir, poderá disputar uma vaga na rotação titular e ainda contribuir fechando partidas, se observarmos seu retrospecto de 112 saves na liga japonesa.
No ataque, os Blue Jays contam com um dos lineups mais empolgantes da liga. Esse lineup, que tem a presença do trio Guerrero Jr/Bichette/Biggio (além de outros nomes relevantes), terá a responsabilidade de produzir muitas corridas e oferecer apoio para o trabalho dos arremessadores. As aquisições mais expressivas foram as de Travis Shaw, vindo de Milwaukee a fim de substituir Justin Smoak, e Joe Panik (ex-Giants).
Provável lineup: Bo Bichette (SS), Cavan Biggio (2B), Lourdes Gurriel Jr (LF), Vladimir Guerrero Jr (1B), Teoscar Hernández (RF), Randal Grichuk (CF), Travis Shaw (3B), Rowdy Tellez (DH), Danny Jansen (C)
Melhor rebatedor: Vladimir Guerrero Jr, é a “cara” dos Blue Jays e tem tudo para formar um trio perigoso ao lado de Biggio e Bichette. Em 2019, seu ano de estreia na MLB, Guerrero obteve números não tão impressionantes assim (15 HR’s, 106 OPS+, .272 AVG, .772 OPS). Por outro lado, mostrou do que é capaz com uma atuação de tirar o fôlego no Home Run Derby, em Cleveland; a semifinal contra Joc Pederson foi simplesmente sensacional.
Provável rotação: Hyun-Jin Ryu, Tanner Roark, Chase Anderson, Matt Shoemaker, Trent Thornton
Provável closer: Ken Giles (23 saves em 2019, ERA de 1.87)
Melhor arremessador: Hyun-Jin Ryu. O sul-coreano é muito, muito bom… quando saudável. A recente aquisição do time canadense vem de uma das melhores temporadas da carreira, sendo um forte concorrente na briga pelo prêmio Cy Young na Liga Nacional. Obteve sua primeira nomeação como All-Star, acumulando números bem interessantes (14-5, 2.32 ERA, 1.01 WHIP). Ryu tem tudo para impulsionar positivamente a remodelada rotação dos Blue Jays, que precisam evoluir depois dos 4.79 de ERA em 2019 (oitava marca na Liga Americana e 21ª na MLB).
Manager: Charlie Montoyo (desde 2019/67 v-95 d)
Briga por: com sorte e alguns movimentos durante o ano, brigar por vaga no Wild Card
Projeção de posição na divisão: 4º lugar
Foto: Reprodução Twitter/Toronto Blue Jays
BOSTON RED SOX
Campanha em 2019: 84-78 (3º lugar na Divisão Leste da Liga Americana)
Em 2018, o Boston Red Sox venceu a World Series contra o Los Angeles Dodgers. Desde então, o astral mudou. Alex Cora, manager dos Red Sox em ’18, foi pego no escândalo do roubo de sinais e o time teve que lidar com as suspeitas de ter trapaceado como o Houston Astros; no fim das contas, a punição de Boston foi mais leve que a de Houston.
Se já não bastasse o escândalo e a saída de Cora, a torcida dos Red Sox viu Mookie Betts e David Price irem para os Dodgers, Rick Porcello ir aos Mets e Chris Sale passar pela temida cirurgia Tommy John, que o tira da curta temporada 2020.
A remendada rotação titular dos “Meias Vermelhas” nos últimos dias levou um susto: Eduardo Rodriguez, cotado para ser o arremessador no Opening Day, recebeu diagnóstico positivo de COVID-19 e foi colocado na IL. Rodriguez teve bom desempenho na última temporada, mas não parece ser capaz de entregar temporadas com muitas entradas jogadas.
Sem Sale e E-Rod, Nathan Eovaldi acaba sendo alçado ao posto de ace. Entretanto, seus números não fazem jus à condição de ace. Em 2019, Eovaldi disputou apenas 12 jogos como titular e seu ERA ficou bem elevado (5.99).
Roenicke poderia lançar mão de Collin McHugh no grupo titular, porém McHugh – experiente na posição de long reliever durante seu tempo nos Astros – anunciou que abriu mão de jogar esse ano devido à preocupação com o coronavírus.
As baixas na rotação titular dos Red Sox machucaram e o bullpen precisa melhorar sua performance, sob o risco de dificultar o trabalho do novo manager Ron Roenicke nesse setor; vale destacar que o time de relievers de Boston foi o pior de toda a liga em 2019 no quesito “blown saves” (31).
Mesmo sem a presença de Mookie Betts no lineup, o Boston Red Sox possui muito potencial ofensivo ainda – ponto importante nas pretensões do time de Boston. O ótimo ataque é liderado por J.D. Martinez, Xander Bogaerts, Rafael Devers e Andrew Benintendi, recebendo a novidade ex-Dodgers Alex Verdugo.
Provável lineup: Andrew Benintendi (LF), Xander Bogaerts (SS), Rafael Devers (3B), J.D. Martinez (DH), Alex Verdugo (RF), Christian Vazquez (C), Mitch Moreland (1B), Jackie Bradley Jr (CF), Michael Chavis (2B)
Melhor rebatedor: Difícil, hein? Vou de J.D. Martinez, apesar da concorrência ser grande. No ano passado, os números do rebatedor designado dos Red Sox ficaram um pouco abaixo das marcas impressionantes de 2018, mas isso não diminui em nada sua qualidade. Martinez (2019: 36 HR’s, .304 AVG, .939 OPS, 3.4 WAR) é uma força a ser considerada e parte das esperanças de Boston residem nele.
Provável rotação: Nathan Eovaldi, Martin Perez, Ryan Weber, Brian Johnson; colocado na IL por causa da COVID-19, Eduardo Rodriguez também deve integrar o grupo quando estiver recuperado.
Provável closer: Brandon Workman (16 saves em 2019, ERA de 1.88)
Melhor arremessador: Eduardo Rodriguez, vindo de um ano produtivo – apesar dos Red Sox ficarem de fora dos playoffs. Rodriguez terminou 2019 com 19-6, 3.81 ERA e 213 strikeouts obtidos ao longo de 203.1 entradas arremessadas, concorrendo ao prêmio Cy Young na Liga Americana.
Manager: Ron Roenicke (desde 2020/sem retrospecto)
Briga por: vaga no Wild Card
Projeção de posição na divisão: 3º lugar
Foto: Reprodução Twitter/Boston Red Sox
TAMPA BAY RAYS
Campanha em 2018: 96-66 (2º lugar na Divisão Leste da Liga Americana, eliminado pelo Houston Astros na ALDS)
O Tampa Bay Rays chega no estranho ano de 2020 com um objetivo bem claro: fazer frente ao New York Yankees. A profundidade e flexibilidade do elenco explicam as temporadas com 90 ou mais vitórias nos últimos dois anos, incluindo uma ida aos playoffs em 2019, se mostrando um adversário complicado para os Astros na ALDS.
Com o bom trabalho do manager Kevin Cash e a maturidade dos jovens talentos, os Rays podem beliscar o título da AL Leste se os Yankees não tomarem cuidado ou se voltarem a ter problemas relacionados à saúde do elenco.
O time do estado da Flórida não fez aquisições muito chamativas durante a offseason, trazendo nomes como Hunter Renfroe e o japonês não muito conhecido Yoshitomo Tsutsugo. Também ocorreram algumas saídas. Tommy Pham, Avisaíl Garcia, Travis d’Arnaud e Eric Sogard são alguns dos jogadores que não defendem mais a camisa dos Rays.
Os arremessadores de Tampa Bay formam uma rotação repleta de muito potencial. Ainda há algumas questões a serem respondidas, principalmente quanto ao que podem fazer Yonny Chirinos e Ryan Yarbrough. Por outro lado, apesar das atribulações vividas no ano passado, Blake Snell tem tudo para recuperar a forma e mostrar um desempenho como o de 2018, quando venceu o prêmio Cy Young na Liga Americana. Charlie Morton jogou muito bem e Tyler Glasnow brilhou em 2019, antes de se lesionar. Em Snell/Morton/Glasnow podemos encontrar problemas físicos, mas muito talento também. No bullpen, a baixa fica por conta da saída de Emilio Pagan rumo aos Padres.
O grupo de rebatedores dos Rays é bem flexível. Terão uma missão difícil este ano: suplantar os lineups de Yankees, Astros e – eventualmente – Dodgers. Entretanto, o manager Kevin Cash tem um grupo muito bom nas mãos, liderado pelo trio Yandy Díaz, Austin Meadows e Brandon Lowe.
Provável lineup: Austin Meadows (RF), Yandy Díaz (3B), Ji-Man Choi (1B), Hunter Renfroe (LF), Yoshitomo Tsutsugo (DH), Brandon Lowe (2B), Mike Zunino (C), Kevin Kiermaier (CF), Willy Adames (SS)
Melhor rebatedor: Austin Meadows. O outfielder teve um ano de 2019 excelente, apresentando algumas das melhores estatísticas do corpo de rebatedores na ocasião (33 HR’s, 142 wRC+, 4.0 WAR, .922 OPS, .291 AVG). Se ele repetir a dose, vai ser uma peça de extrema importância na campanha dos Rays para impedir o título de divisão dos Yankees.
Provável rotação: Charlie Morton, Blake Snell, Tyler Glasnow, Ryan Yarbrough, Yonny Chirinos
Provável closer: Nick Anderson (1 save em 2019, ERA de 3.32)
Melhor arremessador: Blake Snell, que vem de uma temporada longe do ideal. Snell venceu o prêmio Cy Young em 2018 e viu seu desempenho cair no ano seguinte por conta de algumas lesões. Apesar disso, depois de ver o que produziu na sua melhor temporada, é bem plausível acreditar no seu retorno à melhor forma, motivado pela chance de ir longe na disputa por uma World Series.
Manager: Kevin Cash (desde 2015/414 v-396 d)
Briga por: vaga nos playoffs via Wild Card/título da divisão
Projeção de posição na divisão: 2º lugar
Foto: Reprodução Twitter/Tampa Bay Rays
NEW YORK YANKEES
Campanha em 2019: 103-59 (Campeão da Divisão Leste da Liga Americana, eliminado pelo Houston Astros na ALCS)
Sim, os Yankees não têm mais o mesmo elenco com o qual venceram a AL Leste e quase chegaram na World Series do ano passado. Mesmo assim, a franquia mudou pouco, trouxe um dos melhores arremessadores do beisebol e quer o bicampeonato da divisão (feito para o qual chega como favorita). O time deseja enormemente faturar seu 28º Comissioner’s Trophy na história, conquista esta que poderia solidificar ainda mais os nova-iorquinos como maiores campeões da MLB.
O lineup de Nova York não tem mais a presença de Cameron Maybin e Austin Romine (agora jogadores dos Tigers), Edwin Encarnación (no Chicago White Sox) e Didi Gregorius (agora no Philadelphia Phillies). Aaron Judge e Giancarlo Stanton aproveitaram o atraso no início da temporada para se recuperarem fisicamente; caso se mantenham saudáveis, ajudarão os Yankees a manter seu poder de fogo no bastão.
Junto com Judge e Stanton, temos vários outros excelentes nomes (Gary Sanchez, Gleyber Torres, Brett Gardner, DJ LeMahieu…) fazendo deste corpo de rebatedores, um adversário ainda bem difícil de se enfrentar. Entretanto, cabe aqui destacar que os Yankees precisam muito da produção de seu setor ofensivo, sob o risco de cair em situações como as da ALCS contra os Astros, quando o ataque perdeu inúmeras oportunidades de gerar corridas.
No montinho, o manager Aaron Boone dispõe da grande contratação Yankee da última offseason: Gerrit Cole. Um dos melhores arremessadores da rotação dos Astros nos últimos anos, Cole chega na condição de ace e deve incomodar muito os rebatedores adversários. Na rotação titular, os nova-iorquinos também contam com Masahiro Tanaka, James Paxton, J.A. Happ e Jordan Montgomery, possível quinto componente do grupo. Luis Severino segue se recuperando da cirurgia Tommy John, ficando de fora desta temporada; Domingo Germán cumpre suspensão por violência doméstica e só estará disponível nos playoffs – se lá o New York Yankees estiver.
O bullpen da franquia não tem mais a presença de Dellin Betances, agora no outro time de Nova York (os Mets). Fora isso, o setor – no papel, pelo menos – é capaz de botar medo nos adversários. Podem ter problemas quando a ação começar? Sim. Porém, Aroldis Chapman (recentemente diagnosticado com COVID-19), Zach Britton, Adam Ottavino, Tommy Kahnle e Chad Green não devem subestimados.
Provável lineup: DJ LeMahieu (2B), Aaron Judge (RF), Gleyber Torres (SS), Giancarlo Stanton (DH), Gary Sanchez (C), Brett Gardner (LF), Luke Voit (1B), Aaron Hicks (CF), Gio Urshela (3B)
Melhor rebatedor: Fica complicado escolher o melhor entre tantas opções ótimas. Vou de Aaron Judge (sem querer desmerecer os outros jogadores). Lutando contra algumas lesões nos últimos dois anos, Judge não conseguiu repetir até agora a performance simplesmente sensacional de 2017, quando rebateu expressivos 52 home runs. Mas, mantendo-se saudável, é um rebatedor dotado de muito potencial.
Provável rotação: Gerrit Cole, Masahiro Tanaka, James Paxton, J.A. Happ, Jordan Montgomery
Provável closer: Aroldis Chapman (37 saves em 2019, ERA de 2.21)
Melhor arremessador: Gerrit Cole. Simples e direto!
Manager: Aaron Boone (desde 2018/203 v-121 d)
Briga por: título de divisão e World Series
Projeção de posição na divisão: 1º lugar
Foto: Reprodução Twitter/New York Yankees
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