Cerca de dez dias depois da denúncia do New York Yankees, nesta sexta-feira (15), Rob Manfred, comissário da MLB, anunciou que multará o Boston Red Sox pelo uso de um Apple Watch para roubar sinais dos catchers rivais.

As investigações, no entanto, não encontraram evidências da acusação contrária, na qual o time do Fenway Park apontava que os nova iorquinos estariam usando para a mesma finalidade imagens da YES Network, emissora que detém os direitos de transmissão da franquia e pertence ao mesmo conglomerado que controla o clube.

Isentos neste caso, os Yankees acabaram multados em um valor menor devido ao uso indevido do telefone do dugout, sem relação ao roubo de sinais.

Os valores das multas não foram revelados, mas a MLB declarou que a quantia total será doada a programas de assistência aos afetados pelo furacão Irma, que causou estragos no Estado da Flórida na última semana.

No mesmo texto em que confirma as penalidades, Manfred reitera que o roubo e a decodificação de sinais não é ilegal. Porém, “o estatuto proíbe o uso de equipamentos eletrônicos durantes os jogos e estabelece que nenhum desses dispositivos ‘podem ser usados com o objetivo de roubar sinais ou transmitir informações que darão vantagens a um clube'”.

Apesar de Boston assumir o roubo de sinais após a denúncia, a MLB afirmou que o esquema aconteceu sem a anuência dos donos e da diretoria. Nada, porém, foi dito sobre o técnico John Farrell. “Recebi absolutas garantias dos Red Sox que não haverá mais violações deste tipo no futuro”, publicou Manfred.

Segundo matéria do jornal The New York Times, publicada em 5 de setembro, funcionários dos Red Sox com acesso à transmissão da partida pela TV identificavam os sinais combinados entre catcher e pitcher e mandavam as indicações ao Apple Watch de um membro da comissão técnica no dugout. A informação era passada a alguns jogadores, como Dustin Pedroia e Brock Holt, que então avisavam o companheiro que estivesse rebatendo.

(Foto: Reprodução/ Twitter/ RedSox; Divulgação/ MLB)