Pandemia causa redução de US$ 2,5 bilhões em folhas salariais na MLB
Houve uma queda de cerca de US$ 2,5 bilhões nas folhas salariais da MLB após a temporada ter sido reduzida por conta da pandemia da COVID-19
As folhas salariais da MLB em 2020 foram de, ao todo, US$ 1,75 bilhão, uma redução em relação a 2019 (US$ 4,22 bilhões) por conta da temporada atípica causada pela pandemia do coronavírus. Além disso, o Los Angeles Dodgers teve a folha salarial mais baixa entre as equipes que lideraram esse quesito nos últimos 20 anos.
Em termos de salário-base dos elencos de 40 jogadores, o número total foi de US$ 1,54 bilhão de acordo com informações da MLB divulgadas pela Associated Press. Esse número foi de US$ 3,99 bilhões em 2019.
Os bônus de assinatura proporcionais totalizaram US$ 120,6 milhões, uma pequena queda em relação aos US$ 122,8 milhões de 2019. Além disso, o valor de bônus recebidos caiu de US$ 26,9 para US$ 25 milhões.
No entanto, o valor pago pelos clubes em buyouts por não exercerem opções de renovação dos contratos subiu. As equipes pagaram em rescisões nesta offseason US$ 58,2 milhões, mais do que o dobro dos US$ 26,9 milhões gastos de 2019 para 2020.
As folhas salariais das equipes da MLB
O Los Angeles Dodgers foi campeão pela primeira vez desde 1988, e teve a folha de pagamento mais cara da liga pela primeira vez desde 2017. Os Dodgers pagaram US$ 98,5 milhões, o menor valor desde o New York Yankees em 2000 quando lideraram com US$ 95,3 milhões.
Os Yankees ficaram em segundo lugar com US$ 83,6 milhões, seguidos pelo New York Mets com US$ 83,4 milhões. O Houston Astros (81,4 milhões) e o Chicago Cubs (80,6 milhões) completam o top 5. O San Diego Padres ficou em 6º com US$ 76,3 milhões, sendo seguido pelo Washington Nationals (76,2 milhões), o Texas Rangers (75,2 milhões), e o Los Angeles Angels (69,9 milhões).
Apenas dois anos após vencer a World Series, o Boston Red Sox caiu do primeiro lugar para o 13º com US$ 63,3 milhões. Muito por conta da troca que enviou Mookie Betts e David Price aos Dodgers.
O campeão da AL, Tampa Bay Rays, teve a terceira folha salarial mais baixa da liga, com US$ 29,4 milhões. Apenas o Pittsburgh Pirates (24,1 milhões), além do Baltimore Orioles (23,5 milhões) tiveram salários mais baixos.
Temporada reduzida pela pandemia e seus impactos
Os salários base foram reduzidos para 60/162 do total, devido à temporada reduzida por conta da pandemia do coronavírus. A temporada estava agendada para se iniciar no dia 26 de março, mas começou apenas no dia 23 de julho após longas discussões entre a liga e os jogadores, por conta dos riscos a se jogar em meio a uma pandemia. Com isso, cada equipe jogou apenas 60 jogos ao invés dos 162 de uma temporada normal. Se os salários tivessem sido pagos integralmente, com um número normal de promoções das ligas menores, as folhas salariais provavelmente teriam subido cerca de 4% em relação ao último ano.
A luxury tax foi suspensa para 2020, mas apesar disso três times estavam projetados para terminar acima do limiar de US$ 207,8 milhões: os Yankees (239,8 milhões), os Astros (224,3 milhões) e os Cubs (216,3 milhões). Além disso, os Phillies e os Dodgers ficaram no limite com 207,6 milhões e 204,3 milhões, respectivamente.
Os Yankees evitaram o que seria uma taxa de cerca de US$ 10 milhões, enquanto isso os Astros evitaram uma taxa de US$ 3,2 milhões e os Cubs US$ 2,4 milhões. Caso tivessem que pagar proporcionalmente, os Yankees pagariam cerca de US$ 4 milhões, os Astros US$ 1,2 milhão e os Cubs US$ 918 mil. Ainda assim, essas equipes terão o cálculo de compensação como se tivessem pagando a luxury tax. Ou seja, caso alguma dessas franquias assine com um agente livre que rejeitou a oferta qualificada de outra equipe, teria de abrir mão de sua segunda e quinta escolhas mais altas do draft de 2021. Além disso, perderiam US$ 1 milhão para assinar com jogadores internacionais.
(Foto: Michael Reaves/Getty Images)