Novo acordo começa a banir tabaco na MLB
Novo acordo coletivo proíbe que tabaco seja marcado por futuros atletas da MLB
Os jogadores que chegarem à Major League Baseball a partir da próxima temporada serão mais saudáveis graças a um polêmico e pouco citado item do novo acordo entre o sindicato de jogadores e os donos das franquias, fechado no meio da semana e válido pelos próximos cinco anos. A partir de 2017, os novos atletas estão proibidos de mascar tabaco, tradição que já foi uma das marcas da MLB.
O acordo prevê a manutenção do uso, caso queiram, pelos jogadores que atuaram na liga até 2016, mas inclui punições para novatos que tentarem mascar ou utilizar o tabaco de outra forma nos próximos anos. A medida foi comemorada por associações que lutam contra o uso do tabaco e até mesmo por atletas, incluindo Huston Street, reliever do Los Angeles Angels. “Eu acho que a decisão de banir o tabaco é lógica, e agradeço por ela. Entendo a liberdade de escolha, mas escolher morrer mais jovem não é algo que eu apoie”, explicou ele à Associated Press.
Atualmente, 12 cidades que abrigam franquias da MLB adotam leis contra o tabaco ou estão discutindo medidas semelhantes, e a proibição pode impactar o uso entre a juventude durante os próximos anos. “A medida, ao lado das leis restritivas em 12 cidades-sede de franquias, coloca o baseball no caminho para ser um ambiente livre de tabaco no futuro próximo”, apontou Matthew L. Myers, presidente da Campanha para Livrar as Crianças do Tabaco.
Segundo ele, a expectativa era pelo banimento definitivo, o que não ocorre por conta da permissão para que os atuais integrantes da MLB usem o tabaco, mas ainda assim a medida é importante porque trata-se da primeira ocasião em que há um claro compromisso contra o uso. Para Dave Groeschner, responsável pela preparação atlética do San Francisco Giants, a medida deve ser vista como um bom começo.
O uso de tabaco por jogadores voltou à tona após a morte de Tony Gwin, integrante do Hall da Fama, em 2014. Maior ídolo da história do San Diego Padres, ele foi vítima de câncer na glândula salivar, motivando sua família a abrir um processo contra a indústria do tabaco. Após a morte de Gwin, Chris Sale, astro do Chicago White Sox, deixou de mascar. Amigo e ex-colega de Gwin, o técnico dos Giants, Bruce Bochy, chegou a buscar a hipnose para parar de mascar, há cinco anos, e desde então luta contra recaídas do hábito.
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