A Major League Baseball anunciou, nesta terça-feira (13/11), que vai investigar as denúncias de discriminação racial feitas por uma ex-funcionária do Seattle Mariners, contra o quadro de funcionários da franquia na última segunda-feira (12).

De acordo com nota emitida pelo escritório do comissário Rob Manfred, a MLB está ciente das alegações feitas pela ex-funcionária e que de acordo com as políticas da Liga vai iniciar a investigar o caso.

Por sua vez, os Mariners foram rápidos em negar as acusações feitas por Lorena Martin, ex-diretora de alto-desempenho do clube. Em comunicado, a equipe disse que Lorena foi demitida no dia 10 de outubro, mas não falou o motivo do desligamento da funcionária, e que na ocasião ela não mencionou nada sobre o assunto.

Martin anunciou em uma mídia social que já havia reportado vários incidentes de discriminação para o departamento de recursos humanos e para o alto escalão da franquia durante toda a temporada. As acusações envolvem o general manager Jerry DiPoto, o manager Scott Servais e o diretor de desenvolvimento de jogadores Andy McKay, que de acordo com a moça, se referiam aos jogadores latinos, especialmente os da República Dominicana, como burros e estúpidos.

Em sua denúncia, a ex-funcionária alega que a franquia “está demitindo treinadores por tentarem fazer a coisa certa e por causa de sua cor e/ou raça”. Lorena Martin relatou alguns incidentes específicos na noite de segunda-feira (12/11), para o The News Tribune, onde ela se recusou a acatar alguns pedidos de McKay e DiPoto a ofendia: “ Você sabe o que você é? Você é uma latina arrogante”. Quando se defendia das ofensas, McKay a ofendia novamente a chamando de idiota.

Na acusação, Martin alegou que Servais falou para ela que não se vê gestores ou catchers latinos porque “eles não são brilhantes o suficiente. Eles são burros.” Além disso, o manager disse que a razão de ela não poder participar de uma reunião de diretoria com os jogadores era por ela ser uma mulher.

(Fotos: twitter Mariners)