Mesmo antes da MLB anunciar oficialmente o acordo para a realização de uma temporada “abreviada” em 2020, na última terça-feira (23), múltiplas equipes já estavam divulgando diagnósticos de atletas e staff que testaram positivo para o coronavírus.

Este fato parece estar criando uma preocupação na mente de Mitch Garver, catcher do Minnesota Twins. Embora esteja feliz por estar voltando a jogar, ele parece questionar a seriedade da liga quanto à ameaça que o vírus apresenta.

“Você vê tudo que está acontecendo na liga agora. Os times estão começando a mostrar os caras que estão testando positivo. Eu acho que vamos começar a ver cada vez mais relatórios sendo divulgados por todas as equipes”, afirmou Garver ao repórter Dan Hayes, do The Athletic.

“A maior preocupação é como você mantém toda sua equipe saudável e ainda consegue focar em beisebol? Como você deixa de lado os efeitos da doença e consegue focar no jogo em si?”, questionou o camisa 8.

“Porque uma grande parte do país está preocupada com o vírus, com os sintomas que você pode ter e com os potenciais efeitos a longo prazo, mas parece que o mundo do beisebol só está pensando em como voltar a campo”, explicou o atleta.

A equipe de Garver está longe de estar imune à doença. Derek Falvey, presidente de operações de beisebol dos Twins, afirmou nesta quinta-feira (26) que alguns atletas do time já testaram positivo e que estão se tratando e melhorando, em isolamento, de acordo com a The Canadian Press.

Garver tem sido um dos poucos atletas dos Twins que está treinando e trabalhando no Target Field, estádio da equipe. Ele contou que se sente seguro nesta situação.

Os protocolos rigorosos de saúde determinados para a temporada já estão sendo utilizados para os jogadores que estão treinando na casa de suas equipes.

Embora não tenha expressado medo em jogar em 2020, o catcher deixou bem clara sua preocupação com diversos fatores extra-campo que estão fora do controle das equipes e dos atletas.

“Quando nós passarmos por isso, que Deus proíba que qualquer um fique doente e tenha sérios problemas. Mas quantos testes positivos são ‘demais’? E se alguém for hospitalizado? E se alguém da família de um jogador for hospitalizado e o atleta se tornar mentalmente afetado? Como podemos focar no beisebol quando você está preocupado com certas orientações sobre o que você pode ou não pode fazer e sobre os potenciais efeitos de você fazer algo errado?”, finalizou Garver.

(Foto: Divulgação/Facebook Minnesota Twins)