Mets e Terry Collins fecham extensão de contrato por mais dois anos
Após levar NY à primeira WS desde 2000, treinador assina possível último vínculo de sua carreira
Dois dias depois de perder a World Series, o New York Mets fechou uma extensão de dois anos de contrato com o técnico Terry Collins, nesta terça-feira. A informação ainda não é oficial, porém a franquia marcou uma entrevista coletiva para a tarde desta quarta no Citi Field.
Collins tinha vínculo até o final deste ano com os Mets. O clube decidiu exercer sua opção no contrato e ainda aumentou o salário do treinador. A imprensa americana dá esse novo acerto com um prêmio a Terry por ter levado o time ao seu primeiro titulo da NL East desde 2006 e à primeira World Series desde 2000.
Muito provavelmente este será o último contrato de Terry Collins. Em outras entrevistas, o comandante deixou claro que gostaria de trabalhar até os 70. Atualmente com 66, ele ficaria nos Mets até os 68.
Antes de ir para o Brooklyn, o técnico havia trabalhado no Houston Astros, de 1994 a 1996, e no Los Angeles Angels, entre 1997 e 1999. Após onze anos afastado, aceitou o trabalho nos Mets em 2011. A temporada de 2015 foi sua primeira com uma campanha positiva no Citi Field.
Caso cumpra seu novo contrato até 2017, ainda que não chegue aos playoffs, Terry Collins pode se tornar o técnico mais longevo da história da franquia. O atual detentor da marca é Davey Johnson, que liderou por 1.012 partidas entre 1984 e 1990. Logo atrás está Bobby Valentine, de 1996 a 2002, com 1.003 jogos. Contando o ballgame de domingo, Collins aparece na terceira colocação, com 810, sendo 394 vitórias e 416 derrotas.
Com um histórico de enfrentamento com jogadores, sendo esta a causa de suas saídas de Houston e Los Angeles, Collins passou a trabalhar de maneira diferente nos Mets. Desde 2011, dá mais liberdade a seus jogadores, concede maior confiança e os ouve em aspectos do jogo.
Um exemplo desta sua nova faceta foi a permissão que deu a Matt Harvey voltar e arremessar a nona entrada do Jogo 5 da World Series. Dois rebatedores depois, os Royals diminuíram vantagem para 2 a 1 e deixaram um corredor em posição de anotar a corrida do empate.
Ainda que a Série Mundial tenha sido comprometida por essa opção, ele próprio já revelou que não se arrepende de ter tomado. “A decisão de deixar Matt doeu muito durante a noite, mas no outro pensei nela, refleti sobre toda a temporada e tenho de seguir em frente”, revelou o treinador nesta terça-feira.
“Como disse na coletiva [pós-jogo], eu acredito em meus jogadores, eu confio neles e tento apoiá-los da melhor maneira possível, e tomei a decisão de continuar com o cara e nós não conseguimos, portanto, seguimos em frente. Você tem que se prepara para o próximo ano, e é isso que estou fazendo.”