Luiz Gohara é o jogador brasileiro que mais cresceu no beisebol norte-americano nesta temporada. Trocado pelo Seattle Mariners com o Atlanta Braves antes do Spring Training, o jovem arremessador de 21 anos recém-completos iniciou 2017 com o Florida Fire Frogs, do Single-A Avançado, chegou ao Double-A e na última semana de julho subiu para o Gwinnett Braves, time do Triple-A e último passo antes da Major League Baseball.

Na quarta-feira (2), Gohara fez seu primeiro jogo em sua nova casa, o Coolray Field. O arremessador foi titular na vitória por 5 a 2 sobre o Norfolk Tides, e brilhou com seis entradas muito seguras, cedendo apenas uma corrida, cinco rebatidas, um walk e conseguindo oito strikeouts. Após a partida, ele conversou com o repórter Gustavo Tomazeli, da Rádio ESPORTESNET, sobre seu ano e a chance de chegar à MLB ainda em 2017.

Gohara comentou sua atuação contra o Norfolk Tides. “Me sentia muito bem desde o começo, percebi que tudo corria no caminho que eu queria trabalhar”, explicou ele.  Sobre a chegada ao Triple-A dos Braves, ele se mostrou feliz e recordou as barreiras que teve de vencer, ressaltando que a caminhada foi difícil, mas após batalhar, ele conseguiu superar os altos e baixos e chegar ao último degrau antes da MLB.

Perguntado sobre a decisão do Seattle Mariners, franquia que o trouxe aos Estados Unidos em 2012 e que defendeu até o ano passado, ele explicou a situação. “A troca não define muito um jogador, é mais o trabalho que ele faz para chegar até onde quer. A troca deu uma balançada, mas eu continuei firme, meu propósito é chegar à MLB até o final do ano, e estou trabalhando muito para isso”, afirmou o jovem.

No entanto, ele garantiu que não houve qualquer contato de integrantes do front office do Atlanta Braves com ele sobre um eventual chamado até o fim da temporada. Atualmente, o brasileiro é o oitavo melhor prospecto da franquia segundo avaliação da MLB.

Gohara também manifestou desejo de defender o Brasil nas eliminatórias do próximo World Baseball Classic, entre 2020 e 2021.

“Seria um grande prazer jogar pelo Brasil, isso me encantaria muito, tem que honrar o país e lutar bastante, ao lado de todo mundo”, garantiu o agora jogador do Gwinnett Braves.

Crédito das imagens: Gustavo Tomazeli/Rádio ESPORTESNET