Isiah Kiner-Falefa: jogar fora de casa durante pandemia é ‘quase como uma prisão’
O jogador do Texas Rangers contou como tem sido atuar fora de casa nesta temporada devido ao coronavírus
O atleta do Texas Rangers Isiah Kiner-Falefa falou sobre como tem sido jogar fora de casa em meio à pandemia da COVID-19. Ele disse que os surtos da doença no Miami Marlins e no St. Louis Cardinals, além de Mike Clevinger e Zach Plesac quebrando os protocolos, fizeram com que a MLB tornasse ainda mais rígidas as medidas de prevenção à doença.
“A MLB tem uma pessoa andando pelo hotel para garantir que não façamos nada. Tendo como base outras equipes e o que fizeram e como isso alterou a temporada” Falefa disse ao repórter Josh Clark, da 105.3 FM The Fan.
“Então a MLB tem sido bastante rigorosa. É quase mais legal estar em casa porque você pode ter mais gente por perto. Estar fora de casa é quase como uma prisão. Você não pode sair do seu quarto, até se for para ir ao lobby você pode ter problemas. Eu acho que neste ano a questão física tem sido ok, mas mentalmente está começando a ter seus efeitos em muita gente. Estou curioso pra ver até onde isso vai.”
Um surto de coronavírus no elenco dos Marlins em abril fez com que mais de 20 jogadores se contaminassem e a MLB fortaleceu os protocolos de segurança. No mesmo período que as novas recomendações chegaram, houve um outro surto, desta vez nos Cardinals, que perderam mais de duas semanas de jogos.
Uma das mudanças foi a que Kiner-Falefa disse sobre o supervisor que viaja junto da equipe e observa os movimentos dos jogadores.
“Eles se escondem bem”, contou o versátil infielder e catcher. “Nós não sabemos direito o que eles fazem. Eu sei que tiveram alguns de nossos jogadores que foram ao lobby, tiraram a máscara por um momento, voltaram ao quarto e receberam uma mensagem dizendo que eles foram pegos”.
Menos jogos foram adiados desde que a liga implementou os supervisores. O Oakland Athletics e o New York Mets tiveram casos nas delegações, mas não chegaram a ter um surto da doença nas equipes.
“É um pouco assustador, mas ao mesmo tempo é bom para garantir que não vamos transmitir o vírus e ficar a salvo”, Kiner-Falefa encerrou dizendo.
(Foto: Ronald Martinez/Getty Images)