Ex-escolha top de draft da MLB se junta a time de futebol americano universitário
Após largar o beisebol, ex-outfielder prospecto agora tenta agora carreira no college football como quarterback
Nos esportes americanos, vemos com certa frequência a escolha que um atleta faz por uma determinada modalidade para qual irá se dedicar de maneira integral. Isso normalmente acontece na faculdade ou no high school (ensino médio), onde os estudantes podem jogar em várias frentes. Mas esse não foi o caso de Donavan Tate, ex-escolha n° 3 do draft da MLB de 2009 e prospecto selecionado pelo San Diego Padres.
Tate, 26, se juntará ao Arizona Wildcats como walk on (jogador que não foi recrutada pela univerisidade ou recebeu bolsa de estudos) e jogará a posição de quarterback. O anúncio da chegada do ex-outfielder foi feito pelo técnico da equipe, Rich Rodriguez nesta quarta-feira”Eu o chamo de [jogador] nato”, disse o treinador.
Listado no Top 100 de recrutas do futebol americano em 2009 pelo Rivals.com, site especializado em scout de jovens atletas do high school, Tate assinou uma carta de comprometimento para estudar em North Carolina e fazer parte do programa de college football e beisebol da instituição.
No entanto, o San Diego Padres ofereceu a ele um bônus de contrato de US$ 6,25 milhões se ele se declarasse para o draft da Major League Baseball. E foi o que ele fez. Porém, o prospecto não rendeu como a franquia do sul da Califórnia esperava. Em seis anos nas ligas menores, Donavan Tate teve um aproveitamento no bastão de 22,6%, com 10 home runs, 104 corridas impulsionadas em 299 jogos na classe Single A. Ele nunca subiu para uma classe mais competitiva.
Além das baixas produções dentro de campo, lesões graves e problemas com drogas minaram a carreira do promissor outfielder. Em 2011, Tate foi pego no exame antidoping por uso de cannabis sintética (dervado da maconha) e foi suspenso por 50 jogos. A temporada de 2012 foi o ponto mais baixo da carreira para ele.
“Até esse ponto, eu me considerava um alcóolatra”, disse o ex-defensor externo para o jornal San Diego Union-Tribune em 2015. “Eu amava beber e bebia muito. Eu beberia o dia todo e todos os dias se eu pudesse. Eu bebia, fumava maconha”, revelou Tate.
O agora quarterback terminou sua carreira no beisebol em 2014, depois de romper o tendão de Aquiles e perder toda atemporada das minor leagues. E no Arizona Wildcats ele enfrentará concorrência forte na disputa pela titularidade. A equipe conta com retorno do starter do ano passado Brandon Dawkins e Khalil Tate, além dos novatos K’Hari Lane e Rhett Rodriguez, filho do técnico Rich Rodriguez.
(Foto: Divulgação MLB)