Ex-closer Felipe Vazquez nega ter confessado crime
Acusado de manter relações sexuais com menor, Felipe Vazquez questiona atuação policial durante prisão
O complicado caso judicial envolvendo Felipe Vazquez, ex-closer do Pittsburgh Pirates preso em 2019 e acusado de abusar sexualmente de uma menina de apenas 13 anos, ganhou novos capítulos nesta terça-feira (1). Em depoimento prestado ao juiz Scott Mears, do condado de Westmoreland, na Pensilvânia, o jovem de 29 anos disse que não confessou o crime aos policiais que o abordaram, e garantiu que temia ser baleado caso não cooperasse com as investigações.
O venezuelano prestou depoimento em inglês e, ao descrever sua infância e adolescência, disse que perdeu a confiança nas autoridades ao ver seu primo ser baleado nas costas, o que ajuda a explicar o receio do que ocorreria com ele se não ajudasse. Vazquez explicou a suspeita, decorrente do julgamento iniciado em julho, de que a conversa com os policiais, após ser detido em sua casa em Pittsburgh em setembro do ano passado, foi irregular.
De acordo com o ex-closer, os oficiais entraram em sua casa antes das 8 da manhã para uma busca. Posteriormente, durante um interrogatório, ele diz ter sido forçado a entregar o telefone celular, computador e as chaves da casa. Além disso, segundo o venezuelano, não foi dada a ele a oportunidade de telefonar para um advogado ou para os Pirates. Os policiais da Pensilvânia disseram, relatou Vazquez, que ele seria detido por agentes da Flórida na sequência, o que o fez entender que já estava sob custódia das autoridades.
No entanto, ele afirma que os oficiais dos dois estados não apresentaram a ele seus direitos (conhecido nos Estados Unidos como ‘Miranda warnings’). A versão é bem diferente daquela apresentada pelos policiais dos dois estados. Nela, o então jogador dos Pirates estava calmo, cooperou com os agentes e só pediu a presença de um advogado após o anúncio da prisão. Desde então, há quase um ano, ele permanece atrás das grades, sem possibilidade de fiança, aguardando julgamento que deve ocorrer apenas no começo de 2021, conforme anunciado pelo juiz Scott Maers.
Felipe Vazquez responde judicialmente por ter mantido relações sexuais com a jovem em 2017, quando ela tinha apenas 13 anos, em Scottsdale, Arizona, e dois anos mais tarde, após ela mudar-se para a Flórida. Ele também foi indiciado por manter fotos sexualmente explícitas da garota em seu telefone celular. Em uma audiência anterior, os advogados dele alegaram que, quando o encontro ocorreu, a jovem apresentou o que seria uma identidade falsa em que indicava ter 18 anos.
Crédito das imagens: Reprodução Twitter/Pittsburgh Pirates