Comissário da MLB ataca sindicato de jogadores
Crise entre MLB e MLBPA ganhou novo capítulo com posicionamento de Rob Manfred
O cabo de guerra entre a MLB e a MLBPA, associação dos atletas que atuam na liga, está longe de ter um fim. Com os dois lados criticando-se mutuamente em caso que tem como pano de fundo a lentidão na contratação de agentes livres nas últimas duas temporadas, a última estocada partiu de Rob Manfred, comissário da MLB, tendo como destino Tony Clark, o todo-poderoso representante do sindicato dos jogadores e que. após falar bastante, teve de ouvir.
Manfred aproveitou uma coletiva para criticar Clark e as reclamações contra ele que circularam pela imprensa nos últimos meses. “Aconselho que Clark e os jogadores guardem seus argumentos para a mesa de negociação”, afirmou o comissário um dia após a MLBPA divulgar comunicado criticando fala anterior de Manfred, segundo quem não existe qualquer correlação entre a redução no orçamento salarial de algumas equipes e a falta de equilíbrio técnico entre as franquias.
O atual acordo coletivo de trabalho termina em 2021 e, pela primeira vez em quase 25 anos, o mundo do beisebol teme por uma nova greve na MLB. As diferenças de opiniões entre os dois lados são grandes, e alguns jogadores já falam abertamente nesta possibilidade, incluindo o arremessador Adam Wainwright, do St. Louis Cardinals, com outro especialista no montinho, Pat Neshek, do Philadelphia Phillies, avaliando o acordo fechado em 2017 como ruim.
Manfred defendeu seu ponto de vista sobre a competitividade da MLB durante a coletiva. “Desde 2000 não há uma franquia repetindo a conquista da World Series no ano seguinte, e acredito que esse é um indicativo do grande nível de balanço competitivo que temos”, destacou ele. Para o comissário, outro aspecto a ser destacado é a chegada de jovens astros como Ronald Acuña e Shohei Ohtani, que trazem público e audiência jovem ao beisebol norte-americano.
O comissário falou também sobre a expansão internacional da liga, especialmente as partidas na Europa entre New York Yankees e Boston Red Sox. “É o calendário internacional mais agressivo que temos. Estaremos no México em três ocasiões diferentes e, claro, o destaque de 2019 são os duelos em Londres. É uma iniciativa realmente importante para a Major League Baseball em termos de crescimento, e estamos ansiosos. Continuaremos esforçando-nos para levar o beisebol a locais em que não é rotineiramente praticado aqui nos Estados Unidos”, finalizou ele em menção às partidas em Williamsport, Pennsylvania, e Omaha, Nebraska, sedes respectivamente da Little League World Series e da College World Series.
Crédito das imagens: Divulgação/MLB e Elsa/Getty Images