Com 6 integrantes, classe de 2018 do Hall da Fama do Beisebol é introduzida
Seis ex-jogadores receberam a honra eterna neste domingo em Cooperstown
Seis novos ex-jogadores foram induzidos ao Hall da Fama do Beisebol norte-americana neste domingo (29), em Cooperstown, cidade do estado de Nova York. Seus nomes foram confirmados em janeiro, mas somente agora eles estão oficialmente eternizado na galeria de lendas do esporte. São eles: Jim Thome, Trevor Hoffman, Chipper Jones, Vladimir Guerrero, Alan Trammell e Jack Morris.
De acordo com o site da MLB, mais de 53 mil pessoas acompanharam a cerimônia, o que é a segunda maior marca da história do evento. Além disso, 57 membros do Hall da Fama estiveram lá, um recorde.
Ball 'til we Hall. #HOFWKND pic.twitter.com/bs2RQwOl9v
— MLB (@MLB) July 29, 2018
Aparecendo pela primeira vez entre os candidatos da Baseball Writers’ Association of America (BBWAA), entidade que reúne os jornalistas que cobrem a MLB nos Estados Unidos e que votam nesta eleição, Jones, histórico terceira base do Atlanta Braves durante grande parte das décadas de 1990 e 2000, recebeu 410 votos, 97,1% do total de 422 eleitores. Outfielder e rebatedor designado de Montreal Expos, Los Angeles Angels e Texas Rangers, Guerrero veio na sequência, com 392 votos, ou 92,9%. Outro estreante na lista, Thome, que brilhou como rebatedor designado e primeira base por Cleveland Indians, Philadelphia Phillies e Chicago White Sox, recebeu 379 votos, 89,8% do total, enquanto Hoffman, lendário closer do San Diego Padres, apareceu em 337 cédulas, 79,9% do total.
Já Alan Trammell, shortstop, e Jack Morris, arremessador, chegaram ao Hall da Fama de maneira mais árdua. Eles foram eleitos por um grupo denominado “Comitê da Era Moderna do Beisebol”, que basicamente relativiza a importância de alguns jogadores que ainda não entraram no Hall da Fama e dá uma nova chance a eles numa votação que não passa pela BBWAA.
“Como você pode descrever uma emoção como essa? Eu queria pular pra cima e pra baixo e correr e gritar, mas eu não acho que seria apropriado no corredor de um avião”, disse Trammell sobre quando e onde soube que era um membro do HoF.
A cerimônia inclui a apresentação das placas com o rosto de cada jogador que ficarão para sempre no museu do HoF. Na imagem, cada um escolhe com o boné de qual time será eternizado, o que em alguns casos é uma decisão difícil, para atletas que fizeram história em mais de uma franquia. É o caso de Guerrero, que optou pelo Los Angeles Angels apesar de sua história com o Montreal Expos. Seu discurso oficial neste domingo foi em espanhol, para a alegria de dezenas de dominicanos presentes em Cooperstown.
“Sei que nunca falei muito, mas é que sempre deixei que o bastão falasse por mim”, brincou o craque, que agora vê seu filho, Vladimir Guerrero Jr., listado como melhor prospecto da MLB e prestes a ser promovido pelo Toronto Blue Jays para jogar nas Grandes Ligas.
Trammell e Hammell representam o Detroit Tigers pela primeira vez no HoF desde 1992. Os dois conquistaram a World Series de 1984 com a franquia de Michigan. Thome está com o boné do Cleveland Indians em sua placa. Hoffman entra no Hall como jogador do San Diego Padres, é claro. Fechando a lista, Jones representa obviamente o Atlanta Braves, assim como fez em toda sua carreira.
“Vocês (torcedores dos Braves) são a razão pela qual nunca quis jogador em outro lugar. Não posso ter um orgulho maior do que ir para o Hall da Fama hoje com um ‘A’ de Atlanta no meu boné”, afirmou o ídolo durante seu discurso.
A próxima eleição para o Hall da Fama do Beisebol acontece no final do ano e a classe de 2019 será revelada em janeiro. Nomes como Mariano Rivera, Roy Halladay, Andy Pettitte, Lance Berkman se tornam elegíveis a partir de agora.