Bruce Maxwell diz que foi discriminado por garçom após protesto em hino na MLB
Jogador do Oakland Athletics afirma que funcionário de restaurante, eleitor de Trump, o tratou mal no Alabama
O relacionamento de alguns atletas das ligas profissionais americanas com o presidente Donald Trump e seus simpatizantes ainda é conturbado.
O último caso de atrito, no caso de forma indireta, foi o do catcher do Oakland Athletics Bruce Maxwell, que teve seu pedido rejeitado por um garçom “pró-Trump”, em um restaurante no estado do Alabama, onde o jogador cresceu. Bruce foi o único jogador a se ajoelhar durante a execução do hino nacional norte-americano na Major League Baseball, em alusão ao protesto contra a discriminação racial iniciado pelo quarterback, ex-jogador do San Francisco 49ers, Colin Kaepernick, na NFL.
Em entrevista recente ao site TMZ, Maxwell contou que foi discriminado em sua cidade natal, logo após o ocorrido. “Não havia quatro horas que estava na cidade e já tive meu pedido negado no almoço, juntamente com o vereador de nossa cidade, que frequentou a escola comigo e também é negro. Tudo porque o garçom me reconheceu como o cara que havia ajoelhado. Ele era um eleitor de Trump e participou de sua campanha em Huntsville, Alabama”, disse o jogador.
Ele ainda completou: “o cara virou pra mim e disse: ‘você é o cara que ajoelhou (durante o hino)? Eu votei no Trump e defendo tudo o que ele defende.’”
Maxwell contou que seu amigo disse poucas e boas ao gerente do local, que tratou logo de conseguir outro garçom para atendê-los. O catcher mostrou que isso não deve ser algo isolado e que as pessoas de seu estado têm esse tipo de mentalidade, mas ele pensa diferente.
“É daí que eu venho, cara”, disse Bruce Maxwell sobre o estado do Alabama. “Como já disse, a menos que você passe por isso, você não entenderá como me sinto. Tenho 26 anos, sou muito respeitoso, educado e isso ainda acontece” desabafou o jogador.
(Foto: Thearon W. Henderson/Getty Images)